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Política

Como votar no dia 30?

O já antigo drama do 2º turno em Belém se repete: em quem votar?

Votar em Zenaldo Coutinho é premiar a esperteza do chefe do poder executivo municipal que mais abusou de obras eleitoreiras, executadas no último momento para influir sobre o ânimo do eleitor, com base na recomendação de que a última imagem é a que fica. Uma aposta no oportunismo e na desmemória.

Votar em Edmilson Rodrigues é trazer de volta quem, na época em que representou uma esperança de mudança e por ela foi eleito, se revelou um político oportunista com retórica de esquerda. Quebrou o elitismo dos tucanos, mas seu populismo teve o castigo merecido ao ser classificado pelo seu colega de formação, o arquiteto Paulo Chaves, como obra de 1,99 (Ijá a do eterno secretário de cultura é de 111.999.999,00).

A marca cabe em realizações como o primeiro viaduto da cidade,apelidado  – com propriedade – de tobogã de carros; o bondinho inviável; as barracas de sol dos ambulantes no comércio; a desconexa passarela do samba de pé quebrado; e tudo mais que retocou alguma coisa e melhorou outra, sem tirar Belém da curva de descida no universo das capitais brasileiras. Tendência que se manteve com Duciomar Costa, do PTB, e Zenaldo Coutinho, do PSDB.

Não querendo renovar um mandato desperdiçado para o tucano nem trazer de volta uma gestão que o tempo reprovou, o que fazer com o voto no dia 30? Anulá-lo para protestar contra essa falta de uma verdadeira opção pela oportunidade de fazer algo novo e de profundidade em Belém.

E você, leitor: o que pretende fazer? Vamos protestar juntos dessa forma?

O convite está feito.

Discussão

47 comentários sobre “Como votar no dia 30?

  1. Em 2015, o Zenaldo era o prefeito mais ACESSORADO do Brasil (103 assessores, 21 chefes, 9 técnicos e 37 operacionais.), sem contar os assessores da semad, comandada por seu irmão Augusto Cesar Neves Coutinho (100 assessores contratados (23 dos quais cedidos ao gabinete do irmão), além de 32 chefes, 5 técnicos e 44 operacionais.) Incrivelmente à frente de Fernando Haddad, que comandava a maior cidade do país. Alguém pode atualizar esses dados??

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    Publicado por sidney | 3 de outubro de 2016, 11:20
  2. Lúcio,

    Quase 27% da população já se manifestou contra a politicagem local. Cerca de 27% dos eleitores não compareceu, votou nulo ou votou em branco. Talvez a melhor resposta a esse estado lastimável de coisas seja ir as urnas e votar em branco. Nem voto útil pode ser dado, pois os dois candidatos são completamente inúteis para gerenciar Belém. Espero que a Úrsula não apoie ninguém para não ter que se justificar depois. Ela acabaria se queimando com os seus eleitores ao apoiar um dos dois candidatos a afundador-mor da cidade.

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    Publicado por Jose Silva | 3 de outubro de 2016, 11:27
  3. O problema do voto nulo ou em branco é que alguém vai ser obrigatoriamente eleito com votos válidos, então, na minha opinião prefiro escolher o menos pior que é o Ed50 (tons de cinza).

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    Publicado por Nilson | 3 de outubro de 2016, 12:05
  4. Mostra claro a indisponibilidade do blogueiro com o candidato Edmilson. Talvez pela acao judicial que ingressou (blogueiro nao gosta de ser contrariado, falta humildade?). Claro que as obras principais do Edmilson nao sao as elencadas pelo blogueiro. Esquece de grandes obras na educacao e na saude. Minha cunhada diretora de escola municipal relembra, com lagrimas nos olhos, como na epoca do Edmilson era bom trabalhar, nao falta material, atencao aos estudantes, merenda escolar. Um amigo relembra que quando foi nomeado como servidor publico em concurso realizado pelo Gueiros, o posto de saude de Icoaraci em que trabalhava nao faltava remedios, foram varios medicos contratados para atender a população. Obras fisicas, pode se citar outras, reforma do Ver o Peso, Mercado de Sao Bras, Orla de Icoaraci, Rodovia Augusto Montenegro, Almirante Barroso, Pronto Socorro do Guama, Fundo Ver o Sol, etc. comparar a a administracao do Zenaldo e Edmilson é brincadeira.

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    Publicado por Amilcar Barros | 3 de outubro de 2016, 12:23
    • Fui processado 34 vezes de 1992 para cá. Nunca deixei de escrever sobre o que me parece ser a verdade dos fatos porque nenhum dos que me processaram conseguiu provar o contrário. É só o que me interessa. As pessoas passam. A história prossegue. É atrás dela que vou, no meu passo curto de jornalistas, mas mirando-a sempre. Mesmo quando não a vejo, é o seu rumo que procuro.

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      Publicado por Lúcio Flávio Pinto | 3 de outubro de 2016, 14:40
  5. Sou contra o voto nulo ou abstenção. ….fica aquele cheiro que o cara morreu, e deixa que os outros decidam por ele…..nenhum ser humano é idêntico a outro….se um é péssimo….o outro é ruim…mas são diferentes…..Zenaldo faz uma campanha igual a de 2012…..só dizendo que vai fazer….vai fazer a estrada nova….vai fazer Brt….vai fazer pronto Socorro. …..a única obra que é o símbolo da campanha é um arremedo de 1/5 do Brt, que é verba Federal……
    Edmilson fez obras de 1,99 pois não pode fazer obras caríssimas….mas fez muito pelas baixadas e subúrbios…com saneamento e asfalto e iluminação. ……
    Entre o ruim e o menos ruim….vou ficar com Edmilson….o PSDB está a anos no poder. ..desde Almir Gabriel….e somos os últimos em tudo……já deu.

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    Publicado por sergio | 3 de outubro de 2016, 12:55
  6. Por mim, entregava metade da cidade para cada um deles.

    E ficava esperando qual das duas ia terminar pior depois de quatro anos.

    O páreo seria duro.

    Não perguntem em qual metade eu queria morar.

    E como castigo ou prêmio, cada qual moraria na sua metade sem direito de sair, também por 4 anos após a gestão. Uma espécie de quarentena.

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    Publicado por Sou daqui. | 3 de outubro de 2016, 13:24
  7. Se todos os eleitores que não votaram em Edimilson nem em Zenaldo votarem nulo, este ultimo será reeleito. E como é de costume os candidatos trabalham menos após reeleitos e no caso de Zenaldo, sem chances para uma eventual candidatura ao governo em 2018, aí que a cidade vai ser afundada de vez.

    Diante dos fatos, por exclusão, meu voto vai ter que ir ao candidato Edmilson.

    Entendo que Ursula deveria sim fazer campanha no segundo turno: “Se não pode vencer o inimígo, una-se à ele.

    Ela poderia apoiar naturalmente o Edmilson, sem ser contraditória. É a oporunidade que temos de ter uma pessoa que de fato é competente em uma secretaria municipal. Quem sabe na secretaria de cultura, turismo, meio ambiente ou educação. É uma grande oportunidade pra alavancar um deste aspectos de nossa sociedade.

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    Publicado por Fabiano | 3 de outubro de 2016, 13:41
  8. Vou votar no Edmilson.Nao anulo meu voto.

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    Publicado por Ricardo Conduru | 3 de outubro de 2016, 13:47
  9. Lúcio, faltou mencionar que o Edmilson batizou o tobogã de “Carlos Marighella”, guerrilheiro baiano.

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    Publicado por bernstil | 3 de outubro de 2016, 14:55
  10. Se forem citar e enumerar todas as bizarrices dos nossos prefeitos,…..vamos longe.

    Mas uma das melhores do Ed é se voltar aquela comilança e o resultado dela na Assis de Vasconcelos, aos domingos.

    Limpeza ?? Limpeza pra que??

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    Publicado por Sou daqui. | 3 de outubro de 2016, 15:25
  11. Aos Romeiros deste próximo Domingo.
    Cuidado ao andar na praça da Republica. Pedras soltas em todo o percurso.
    Reclamações ligar para o Zenada.

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    Publicado por Sou daqui. | 3 de outubro de 2016, 15:28
  12. Faltou dizer que o Edmilson foi o tempo todo boicotado pelo governo Almir, inclusive nos repasses do FPM

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    Publicado por Orlando Cardoso | 3 de outubro de 2016, 15:41
  13. Voto em Branco significa que o eleitor não concorda com nenhum candidato. Votar nulo significa que o eleitor não concorda com o sistema político, Votar num desses dois significa que o eleitor é totalmente desinformado.

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    Publicado por Ivaldo Silva | 3 de outubro de 2016, 15:55
  14. Coitadinho do Ed, sofreu nas mãos do Almir Gabriel.

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    Publicado por Sou daqui. | 3 de outubro de 2016, 16:12
  15. Lúcio, sabemos o tamanho das insatisfações com a administração municipal atual, bem como com todas as outras passadas aqui por Belém, ali e acolá no país inteiro. Permita-me dar minha humilde opinião sobre o porquê de ser tão difícil anular o voto numa ocasião dessas; eu mesmo já tentei e não consegui. Vejo que agora também ainda não é meu momento de protestar anulando o voto, e deixar favorecer o que acho pior. Isso, para mim, de anular o voto, que fique bem claro, não é manifestação, é omissão, só justificável em casos graves, em que as partes concorram em igualdade para um mal maior. Vejamos.
    O fenômeno do crescimento urbano espantoso que vimos nas últimas décadas é fenômeno complexo, cujas origens remontam ao êxodo rural pós-revolução industrial, às ainda altas taxas de natalidade, à mentalidade crescente de que o ente federativo é cada vez mais responsável por cada vez mais coisas, ocupando gradativamente o lugar do cidadão, causando assim o distanciamento do ideal de cidade que queremos, porque justamente delegamos aos outros essa responsabilidade (você mesmo já escreveu sobre a constância cada vez maior com que as pessoas jogam lixo nas ruas e cada vez mais as mais elementares regras de cidadania são desrespeitadas, porque “a prefeitura isso, a prefeitura aquilo… etc.”). A consequência desse pensamento é a sobrecarga dos equipamentos urbanos de atendimento ao cidadão, tal qual o melhor restaurante da cidade tendo de atender a uma clientela do Círio, ao lado da Basílica, no domingo da procissão, não mais poderá ser julgado como o melhor restaurante na ocasião. Sabemos que a qualidade do serviço jamais será a mesma que a que o fez ser reconhecido.
    No caso dos prontos-socorros de Belém, em algumas oportunidades que tive de ter de entrar neles ultimamente, até por dever de meu ofício, vi a notável quantidade de pessoas que vem do interior em busca de atendimento melhor – ora, não há condições em suas cidades, as quais, muitas vezes, além da péssima administração dos recursos, muitas vezes têm somente os já escasso FPM. Portanto, qualquer prefeito poderia construir o hospital mais moderno possível em Belém que a demanda comprometeria todo o trabalho, seria o cachorro correndo atrás do próprio rabo. O pronto-socorro da 14, p. ex., ficou um brinco quando foi reformado poucos meses atrás. Na semana seguinte da reinauguração estive lá para resolver um problema e a superlotação já era mais perversa que antes. Um absurdo de gente! Nada suporta aquilo tudo. Por quê? Porque existe uma lei infalível: a lei da sobrevivência. As pessoas procuram o melhor para sobreviverem, e os excessos da demanda acabam tornando as coisas que eram para ser melhores piores. NÃO EXISTE ALMOÇO GRÁTIS, em nenhuma hipótese. Alguém vai pagar a conta dos desequilíbrios. Temos ainda de analisar a questão sob uma outra perspectiva, a de que essa sobrecarga populacional, que praticamente inviabiliza uma boa administração, não é resultado de uma pobreza que somente se retroalimenta na própria cidade por culpa do prefeito, isto é, as cidades brasileiras não estão repletas de pessoas pobres por serem elas multiplicadoras da pobreza, mas sim porque “atraem” pessoas pobres por oferecer-lhes perspectivas melhores de vida. Elas vêm em busca de emprego (meus pais e avós, p. ex.), melhores mercados para transacionar seus serviços e produtos, melhores condições de moradia e de tecnologia para curar suas doenças. Ou seja, sob esse aspecto, as cidades brasileiras são um sucesso de crescimento econômico que proporcionaram equipamentos (embora um péssimo exemplo de desenvolvimento) que melhoraram a vida das pessoas, e nada quase se viu de igual no mundo com crescimento populacional tão expressivo ao longo de meras cinco ou seis décadas. Basta pensar no caso de Belém: a população praticamente dobrou num curto espaço de tempo. Pensar só no telhado da escola, no viaduto, no posto médico e na limpeza da rua, no aqui e agora, é ter uma visão restrita de um problema muito maior, e é pensar muito pouco diante do desafio crescente de administrar cidades com Belém.
    Em cidades como Muaná, no Marajó, p. ex., onde já estive a trabalho, é grande e cada vez maior a quantidade de pessoas que vive do orçamento público, dependentes da prefeitura, seja diretamente ou por serviços contratados. Em São Sebastião da Boa Vista, se a prefeitura deixar de pagar os servidores e fornecedores, a economia da cidade para. Todavia, o lugar onde a cultura de que o ente (Estado, Município, União) pode tudo sempre nasce nos grandes centros urbanos/culturais, ou seja, principalmente nas cidades grandes, nos centros polarizadores da ideologia que sai daqui para contaminar a mentalidade de lá do interior. Veja o exemplo de Dilma do PT: sua administração foi um desastre, mas esse não foi o único fator a depô-la. O povo está mudando, adquirindo consciência e mandando para o olha da rua políticos comprometidos mais em dar sustentação à própria mentira que realizar bons governos. Pelos exemplos na América Latina e no mundo (Venezuela, Bolívia, Equador, Cuba), o povo está mudando e vendo os males a longo prazo da ideologia esquerdista, comunista, socialista, a também o arraigado e ruinoso pensamento lusitano de que a burocracia facilita a vida das pessoas e dá segurança, enquanto é o contrário! A população está amadurecendo e percebendo o atraso que o peso do Estado e seus entes é que configuram um pesado fardo a ser suportado por todos, travando a economia e as chances das pessoas por mais oportunidades. Portanto, para eu ter de anular meu voto, seria preciso que ambos os candidatos estivessem em níveis absolutamente iguais de desaprovação, conjugando-se todos os fatores possíveis como a capacidade de administração, o grupo político ao qual pertencem, o nível de autoritarismo que cada um tende, a ideologia que representam, e concluir qual dos dois perfis seria menos desvantajoso (ou menos ruinoso para a cidade) a longo prazo, não quatro ou oito anos com a reeleição, mas em décadas.
    Tudo bem, alguém pode pensar que meu voto seria então pela tendência a um novo e longo predomínio do tucanato na administração, e isso pode ser verdade, mas não significa que seja o pior para Belém que ver a profusão de uma ideologia esquerdista, de uma mentalidade atrasada, de um plano de profissionais do ilusionismo mais preocupados com o próprio poder que com a cidade, até mesmo porque a esquerda radical já demonstrou cabalmente sua incapacidade de administrar qualquer coisa e mudar os rumos – quer mais agradar que semear o futuro (e o PSOL é aquela parcela radical do PT, entendem…?). E esse tipo de ideologia de esquerda, antiliberal, progressista, relativista, destruidora dos melhores valores, contaminou de tal forma a mentalidade das pessoas que ninguém mais parece ter responsabilidade sobre qualquer coisa que seja considerada pública, e hoje estamos vendo esse exemplo em todos os níveis de poder, onde cada vez mais as pessoas acham que têm só direitos, mas não têm deveres. As pessoas estão vendo a mentalidade esquerdista é ruim, mas ainda não sabem como sair dela, seguem votando no bonitinho(a) da TV e dando força a esse redemoinho ruim de gente que se posta como bem-intencionada, cheia de amores para dar. Mas está mudando.
    Bem, dito isso, ao meu modo de ver as coisas, o problema maior é um o problema de fundo, não está na simpatia ou antipatia pela pessoa porque isso cega, por isso não votei em candidatos superexpostos, os aventureiros caçadores e puxadores de voto, que já vinham construindo essas suas imagem e em plena campanha ao longo de suas vidas: o problema está na mentalidade, na ideologia que nos está levando na contramão do zeitgeist ético e moral consagrado nos países desenvolvidos e nas melhores cidades para se viver no mundo. Queremos sempre o salvador da pátria, o messias, e sempre nos decepcionamos depois porque não pensamos em longo prazo. Depois vem a ressaca dos eleitores, o protesto do voto nulo, que colabora com o quê, afinal? Qual o efeito prático de anular o voto, a não ser um mero ‘descargo’ de consciência?
    Assim, sob o aspecto do desafio de governar (melhor administrar) Belém, com todas essas variáveis que dificultam, só anularia meu voto se ambos os candidatos fossem iguais em todos os aspectos, sem que nenhum deles eu pudesse julgar como mais desfavorável do que o outro. Porque exatamente o povão alvo do discurso demagogo não vai anular o voto. Ele vai estar lá votando a favor de sua identidade cultural e social. Ele vai escolher, exatamente como disse Maquiavel, “um príncipe que o proteja com sua autoridade soberana” (ou que ao menos prometa, a esperança).
    Uma cidade melhor? Eu também quero. Mas a quero como quero um filho para o qual escolho o melhor, na medida do possível. Não irei jamais abandoná-lo. Não anulo meu voto. Não há empate entre os dois candidatos. Há sim um melhor para escolher (ou menos pior). O bem e o mal a longo prazo ficam a critério do eleitor.

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    Publicado por Frederico Guerreiro | 3 de outubro de 2016, 17:42
    • Obrigado por essa extensa e profunda análise, Fred.

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      Publicado por Lúcio Flávio Pinto | 3 de outubro de 2016, 18:48
      • Obrigado, Lúcio, perdoe-me a prolixidade.

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        Publicado por Frederico Guerreiro | 3 de outubro de 2016, 20:37
      • “ideologia de esquerda, antiliberal, progressista, relativista, destruidora dos melhores valores”: “Obrigado por essa extensa e profunda análise”… o blogueiro concorda com esse tipo de opinião? Isso é profundo onde?

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        Publicado por Proletário | 4 de outubro de 2016, 15:52
    • Frederico,

      Seus pontos são bons, mas o crescimento urbano estava previsto a mais de 40 anos atrás. Entretanto, durante todo esse período os governos (de todas as tendências) não fizeram nada nem para melhorar a qualidade da vida rural (visando a fixação da população no campo) e nem para melhorar a qualidade de vida urbana (zoneamentos, infra-estrututura, novos arranjos econômicos, etc.).

      As coisas foram acontecendo sem planejamento, gerando o caos que você hoje. Essa confusão foi de alguma forma fomentada pelos próprios políticos, que incentivaram invasões, migrações em massa para as cidades e outras coisas mais.

      Como você sabe, a confusão, o despero e a falta de perspectiva que faz com que as pessoas se entreguem aos messiânicos de todas as tendências. Foi assim que os políticos se beneficiaram, pois passaram a posar como os salvadores da pátria, gastando recursos públicos de forma desorganizada para atrair votos e se manterem no poder. Todos os partidos fizeram isso. Desta forma a ideologia patriarcal (ou matriarcal, vide a Mãe do PAC) não está restrita á esquerda, mas faz parte da forma tradicional de se fazer política no Brasil. Eu acredito que se não fosse pela Lei de Responsabilidade Fiscal, a situação do país estaria muito, mas muito pior.

      Na escala municipal, a ideologia deveria ser somente uma: gerenciar de forma eficiente os recursos públicos para produzir grandes ganhos na qualidade de vida da população. Fazer mais com menos! Infelizmente, nenhum dos dois candidatos tem qualquer capacidade e credibilidade de fazer isso. Eles já foram testados e se mostraram muito ruins, pois a eles falta visão do que é gerenciar uma grande cidade nos tempos modernos.

      É uma grande pena que Belém perdeu a chance de tentar algo novo. É claro que independente do resultado do segundo turno da eleição teremos um alcaide muito ruim nos próximos quatro anos. A grande questão que se coloca é se o eleitor quer legitimar ou não com o seu voto mais quatro anos de decadência na cidade. Eu, por exemplo, nunca conseguiria dormir tranquilo sabendo que o meu voto ajudou a legitimizar um prefeito incompetente.

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      Publicado por Jose Silva | 3 de outubro de 2016, 19:56
      • Certo, caro José Silva. Mas não vejo outra opção a não ser votar, escolher aquele candidato que pensamos ser o “menos pior”, então. Não há alternativa. Não acho que seja hora de abdicar de um direito tão importante, e num momento tão crítico para o país. Tudo que você disse eu concordo. Mas se temos um candidato ruim por 4 anos passados, que quer se reeleger, qual a razão para escolher um que já provou ser tão ruim quanto por 8?

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        Publicado por Frederico Guerreiro | 3 de outubro de 2016, 20:44
      • “Tão ruim quanto”. Quero saber em que momento Edmilson deixou hospital pegar fogo. Fez um bla bla bla imenso para no fim declarar voto no candidato incendiário com essa conversa mole de ameaça esquerdista. Pelo amor de Deus, séc. XX acabou em 1989.

        PSDB também não tem um claro projeto de perpetuação de poder no Pará? Pelo menos até 2030 querem ficar. Para isso eles utilizam a rodo a aquina pública para se reeleger, mesmo tendo realizados governos pífios em que protelam a obra por 4 anos e só inciam em anos eleitoral para dizer que estão trabalhando. No fim, gastam milhões e e milhões e a obra sai muito mal feita, vide a Perimetral.

        Pior de tudo é querer atribuir oportunismos e messianismo à esquerda. Desculpe, mas quem é adepto desta prática é o PSDB. Lembra de Aécio Neves? Nenhum pouco messiânico não? E Zenaldo que foi oportunista no episódio da divisão do Pará? Entrou na briga apenas para se promover, pois tinha consciência de que sempre foi um deputado medíocre. Agora, é um prefeito medíocre. Onde que não há oportunismo nisso, meu caro?

        A respeito de soluções mágicas e messianismo e enganação, Zenaldo vem discaradamente dizer que o BRT que ele não concliu adianta de algo. Todo mundo sabe que não. E ele não se elegeu com discurso de que seria solução para os problemas,que concluriria as principais obras? Não sejamos hipócritas aqui.O que ele fez e concluiu até agora? Me aponte o BRT terminado ou ao menos UM TRECHO da Estrada Nova concluido. Não consegue porque não se tem argumentos contra fatos.

        Enfim, discordo de sua opinião. Zenaldo para mim é disparadamente o pior. Voto em Edmilson por considerá-lo menos pior.

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        Publicado por Fabio Reis | 4 de outubro de 2016, 00:29
  16. Lúcio, reproduzo a seguir seu artigo publicado no Jornal Pessoal, em janeiro de 2005, após 8 (oito) anos de governo do Edmilson (1º de janeiro de 1997 a 31 de dezembro de 2004)

    Edmilson Rodrigues: longo e passageiro?
    Por Lúcio Flávio Pinto em 05/01/2005

    Fonte: Jornal Pessoal

    O maranhense Antônio Lemos foi o político que por mais tempo ocupou a prefeitura de Belém, durante 12 anos seguidos. É também o mais lembrado até hoje, quase um século depois da sua polêmica passagem pelo comando da administração municipal. O segundo lugar em longevidade já é ocupado pelo último dos prefeitos da capital paraense. Mas como será lembrado Edmilson Rodrigues, do PT, que está deixando o cargo depois de oito anos contínuos na PMB? Ele chegará a ser lembrado dentro de algum tempo mais? Ou não só o seu nome será varrido da memória coletiva como os caminhos que levam ao Palácio Antônio Lemos permanecerão por muito tempo interditados aos petistas depois de sua gestão, como aconteceu em Fortaleza?

    A julgar pela propaganda de literal fim de festa, o professor Edmilson foi o maior prefeito que Belém teve nos últimos tempos. Em entrevista a Mauro Bona, na TV RBA, ele classificou seu governo de “maravilhoso” e estabeleceu-se como marco na história de Belém, já que, antes dele, por longos 378 anos, a cidade esteve “à deriva”. Os historiadores que quiserem continuar a escrever a história do município terão que balizá-la tendo como referência AE e DE, antes e depois de Edmilson.

    Fora do seu círculo mais íntimo e do seu ego monumental, porém, a imagem que fica dele é a de um dos prefeitos mais desastrados da cidade. O final do seu governo tem muitos traços da administração a que sucedeu. Hélio Gueiros, então no PFL, saiu emburrado do Palácio Azul, deixando lixo acumulado pelas ruas. Edmilson, seu antagonista, teve que assumir sem transição, sem a troca de bastão, encontrando cascas de banana e bombas de efeito retardado pelo caminho.
    Pelo menos neste aspecto, o prefeito que sai foi mais civilizado, endossando o processo de transferência do poder ao adversário vencedor, Duciomar Costa, do PTB. Mas é provável que Belém nunca tenha passado por um natal tão sujo, maltratado, abandonado.

    A sensação é de que o orçamento acabou antes do cronograma físico. Edmilson reinaugurou o Palacete Bolonha, mas a restauração é obra só um pouco melhor do que o padrão do 1,99, característico da maior parte das suas realizações, que se tornaram efêmeras mal foram entregues. Faltou dinheiro para concluir outros serviços em andamento e capacidade de execução na realização de projetos razoavelmente bem concebidos, mas desastradamente arrematados, quando não se tornaram obras inacabadas (ou inacabáveis).

    A Via dos Mercadores devia ter sido a vitrine para exibir a administração Edmilson de mãos dadas com a candidata à sua sucessão, Ana Júlia Carepa. Mas, além dos atrasos e encarecimentos resultantes da falta de projetos específicos para o bom funcionamento do comércio velho da cidade, o prefeito inventou um penduricalho ocioso e oneroso, o bondinho, e um equipamento completamente inadequado, o das barracas metálicas. Faltou muito pouco para a prefeitura poder apresentar um projeto equiparável aos que o governo do Estado realizou na cidade, mas o que faltou comprometeu o que já havia sido feito.

    Quem passou pela Via dos Mercadores na quadra natalina pôde contemplar com horror a bagunça do comércio ambulante, sujeira acumulada em vários dias, as barracas semidestruídas ou tornadas obsoletas para o fim a que se destinavam e um bondinho que se tornou anacrônico antes mesmo de entrar em uso. O PT não conseguiu dar conta da cidade nem levar a sério sua própria plataforma de trabalho. O brinquedo trazido por Edmilson continua impedido de funcionar pela reação dos camelôs, que em sua administração gozaram de deferência desproporcional à sua representatividade. O paradoxo diz bastante sobre o modo ziguezaguente desse jeito petista de governar.

    Um símbolo dessa frustração podia ser visto no par de praças diante do prédio do pólo joalheiro, no São José Liberto de Paulo Chaves Fernandes. De um lado, a praça Amazonas concluída, mas já sofrendo os efeitos do lixo e da negligência; do outro, a praça Oswaldo Cruz fechada por tapume, dentro do qual o mato cresce viçoso. Mais um símbolo gritante está na praça Dom Caetano Brandão, o popular Largo da Sé. Faltou pouco para concluir o trabalho, mas o que a prefeitura realizou atenta contra a paisagem recuperada do projeto Feliz Lusitânia. É um contraste de pobreza e precariedade.

    O PT tem pontos positivos a apresentar da sua passagem de oito anos, como muitas outras administrações, inclusive a de Hélio Gueiros, tiveram suas realizações incontestáveis. Mas não mudou a direção que Belém está seguindo rumo ao agravamento de sua situação. Dentre nove regiões metropolitanas brasileiras estudadas pelo IBGE através da POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), ela só não é mais pobre do que Recife, conforme os resultados divulgados na quinzena passada. O rendimento médio total por família em Belém foi de R$ 1.327 ao ano, apenas seis reais acima de Recife, a última colocada, ambas com pouco mais da metade do rendimento médio por família do país, que foi de R$ 2.155.

    É claro que a tarefa de um governo municipal é agravada por essa pobreza e pela redução das transferências que o Estado lhe faz, um litígio à espera de arbitramento competente. Mas ela também se complica porque têm faltado aos administradores públicos lucidez e clarividência para enfrentar as carências estruturais do município, estabelecendo uma nova relação da capital com o restante do Estado, o país e o mundo. Empobrecida, Belém só ficará pior se encolher e se submeter a uma postura medíocre, como tem acontecido.

    Com o passivo que deixa, Edmilson Rodrigues deverá favorecer seu sucessor, o indesejado Duciomar Costa. Com um pouco mais de recursos (que o governo do Estado lhe deverá oferecer), alguma capacidade e certa aplicação, ele poderá concluir as obras em andamento, refazer as que foram mal-feitas e dar início a projetos de maior fôlego (e também os de maior ressonância) para estabelecer um contraste entre o antes e o agora.

    Se conseguir isso, o caminho de retorno de Edmilson Rodrigues a uma posição de relevo na política paraense estará bloqueado. E do PT também. Se houve uma dose de maquiavelismo na lentidão com que o atual prefeito se houve no período decisivo da eleição, recalcitrante na ajuda à correligionária desafeta, boa parte do feitiço se voltará contra o feiticeiro. Não injustamente.

    Lúcio Flávio Pinto é jornalista.

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    Publicado por bern | 4 de outubro de 2016, 08:02
  17. Caro Frederico, concordo com você em vários aspectos do seu extenso texto, mas percebi nele, em várias colocações generalizadas, traços de um típico discurso de quem herdou uma cultura política influenciada pela elite onde simplesmente anula-se qualquer forma de posicionamento político que ameça os interesses individuais “dos branquinhos engravatados” que levantam a bandeira amarela.

    Algumas Colocações generalizadas que foram, de forma cirúrgica, questionadas no comentário acima de Fábio Reis revelam que apesar da frustração com o tucanato, você ainda sim levanta a bandeira destes.

    Pior do que ter a possibilidade de mais 8 anos de um governo sem expressão que só fez obras pequenas, é ter mais 4 anos de um governo que em sua primeira gestão (que de costume é quando se faz) não fez nada…

    …Imaginem só a segunda gestão ainda mais quando este não tem aspiração ao governo do estado, pois acabou com esta possibilidade quando aproveitou a situação da divisão do estado para se promover ao cargo de Prefeito de Belém…

    O primeiro passo, sem compromisso com a população, é da o Ok para os empresários de transporte: – “Ok, agora já passou a eleição. Podem elevar o preço da passagem de ônibus”. Quanto aos outros passos, só nos restará, de fato, esperar, pelo menos 4 anos, pelo messias.

    Ah, daqui à dois anos, infelizmente, a desastrosa hegemonia do PSDB se confirmará em nosso estado em um cenários que não teremos nenhum candidato de expressão concorrendo ao governo do estado os tucanos conseguiram se manter no poder elegendo, provavelmente, Mário Couto.

    Mas do que o agora, a minha preocupação é no futuro de meus filhos nesta terra de ninguém…

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    Publicado por Fabiano | 4 de outubro de 2016, 12:01
    • Fabiano,

      Vamos a realidade. Edmilson e Zenaldo são ruins de dar dó. Os dois foram prefeitos e a qualidade de vida da população somente caiu por causa das suas administrações desastrosas (veja as estatísticas). A ideologia pode separar os dois, mas a incompetência os coloca no mesmíssino patamar.

      Aparentemente a população tem memória curta ou memória seletiva, pois continua empurrando os ditos cujos para o poder.

      Independente de quem ganhar a eleição, a administração será de ruim para péssima. Duas coisas contribuem para isso: a falta de capacidade dos dois gestores e a falência dos governos (em todos os níveis) no Brasil.

      Como você sabe, sem dinheiro não se faz nada. Dinheiro interno não há, pois o que há não paga nem esses serviços ruions que recebemos todos os dias. A solução seria buscar dinheiro externo, mas, quem, em sã consciência, daria dinheiro a esses dois?

      Com o novo prefeito, Belém completará quase 30 anos de administrações desastrosas. Não tem cidade que aguente tanta ruindade. Somente um milagre enorme da nazinha nos salvará!

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      Publicado por Jose Silva | 4 de outubro de 2016, 12:21
      • José Silva, o voto de Fabiano será contra o risco de uma hegemonia absoluta do PSDB aqui em nosso estado. Poder concentrado nas mãos de um único grupo político é algo terrível, ainda mais quando esse grupo político é altamente incompetente e preguiçoso – olhe para os três mandatos de Jatene à frente do Governo do Estado e o de Zenaldo na Prefeitura de Belém-; ou mesmo assassino: lembra de Carajás na gestão Almir Gabriel? Eu também não quero que o Pará vire um Maranhão, estado que só depois de várias décadas conseguiu se livrar da hegemonia dos Sarneys.

        Respeito sua opinião, mas eu não vejo o mesmo patamar de incompetência entre Zenaldo e Edmilson. Para mim, isso é injusto. A gestão do tucano foi muito, mas muito pior. Teve tudo para realizar uma ótima administração: poderia concluir o BRT; concluir parte da Estrada Nova; e ainda teve a vantagem de ter no Governo do Estado um correligionário seu, além do amplo apoio que o jornal dos Maioranas promove para qualquer grupo político que derrama anúncios em seus jornais.

        O que Zenaldo fez? Deixou o HPSM pegar fogo e agora vem cinicamente se gabar por tê-lo reformado após o incêndio (não era obrigação reformar após esse desastre promovido por sua gestão?); causou inúmeros transtornos e derramamento de dinheiro – muito mais que o necessário – com o BRT, obra a qual ele não conseguiu concluir nem 30%, mesmo depois de quase 4 anos de mandato; e não concluiu nenhum trecho da Estrada Nova. Protelou com todas as obras para só iniciá-las às vésperas de sua reeleição para enganar os desmemoriados, como você diz.

        Além disso tudo, sua gestão promoveu, arbitrariamente, a derrubada de inúmeras árvores – como citou aqui a Profa. Marly Silva- e ainda ficou marcada pela extrema truculência. O que dizer da Guarda Municipal recolhendo, violentamente, livros de vendedores ambulantes? Em uma cidade onde o comércio informal é uma das principais fontes de renda em meio à crise, o prefeito manda recolher, agressivamente, o produto de pessoas que ainda tentavam garantir uns trocados. O que é pior: os produtos são livros. Que prefeito preocupado com a cultura e com a população, não? Ações de fazer inveja a um Éder Mauro que, felizmente, não tem mais possibilidades de vitória.

        Para terminar, não quero falar aqui de todas as mentiras proferidas por Zenaldo a respeito da passagem de ônibus e do transporte público, pois não quero passar o dia inteiro aqui. Ao contrário dele, não gosto de ficar parado.

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        Publicado por Jonathan Pires | 4 de outubro de 2016, 13:38
      • Jonathan,

        Entendi. Deste ponto de vista, faz sentido, pois é é bom ter rotação de partidos no poder. Agora do ponto de vista prático, creio que todos concordamos que as expectativas, independente de quem seja eleito, para uma melhora significativa da qualidade de vida cidade são baixissimas…

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        Publicado por Jose Silva | 4 de outubro de 2016, 14:14
  18. Continuo procurando os investimentos nos 3 S do Zenaldo. Triste a nossa situação se esta pessoa for reeleita.

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    Publicado por Simone Pereira | 4 de outubro de 2016, 13:49
  19. Prezado José Silva,

    Que os dois candidatos são uma péssima opção para nós, não tenho dúvida. Não sou partidário nem de um e nem de outro. Aliás no primeiro turno votei na Úrsula.

    Para um segundo turno, comparar as duas opções e dizer que as duas são o mesmo lixo? A isto não me atrevo não. Pois até mesmo o lixo pode ser separado e logo perceberemos o quanto que ele tem de bom (pode ser reaproveitado) e o quanto que ele tem de ruim (não presta para nada). Concorda?

    Sou muito novo, ainda nos 30 anos, mais quando reviro o lixo do período de 1997 à 2004, além da parte que não serve para nada, encontro pequenas ações que não enchem os olhos da elite por tratar de ações que nunca viram. Por exemplo:

    Pronto Socorro do Guamá, ao contrário da maioria da população (humilde) jamais o grupo que se julga elitizada entenderá a grandiosidade de uma obra de 1,99 deste tipo;

    Saúde da família, o médico e um enfermeiro visitavam as casas das comunidades para agir de forma prevencionista. Se hoje eu precisar de atendimento terei que madrugar na fila de um posto de saúde para tentar uma vaga com um clínico geral,

    Inúmeras obras de Saneamento nas periferia, novamente, jamais serão reconhecidas por pessoas que moram no centro e que nunca precisaram sujar os seus sapatos, engraxados, de lama;

    Revitalização de Praças como a Princesa Izabel, que na minha adolescência era onde muitos jovens se reuniam em grupos e era comum ver nestes grupos os jovens empolgados falando o tempo todo de projetos que participavam no curro velho, no D’água, na casa da linguagem entre outros locais que ocupavam os nossos jovens. Aliás, a partir desta época reduziu-se as gangues em Belém. Nesta praça era comum eventos com atividades cuturais. Nela os jovens conversavam e até paqueravam…

    Reforma (praticamente uma reconstrução) de Escolas que estavam abandonadas e que hoje estão abandonadas novamente. Logo estas berço do futuro de nossa cidade… – Ah, são também obras de 1,99 pra muitos que nunca tiveram que voltar da escola com seus filhos porque quando chovia a escola enchia.

    Agora, se alguém conseguir reciclar alguma coisa do Zenaldo… por favor, me ajudem. Pois no lixo revirado de 2012 até aqui não consegui encontrar nada que se possa reciclar e matar uma “fominha”

    Enfim que os dois são lixo e sendo assim ninguém os quer mais, até concordo mas destaco que no meio do lixo tem coisas boas que geram o sustento de muitas famílias, principalmente das mais carentes.

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    Publicado por Fabiano | 4 de outubro de 2016, 14:10
    • Fabiano,

      Bons pontos. O grande problema da nossa sociedade é que ela mede os politicos pelas obras e não pela melhoria da qualidade de vida da população. As obras são MEIOS para melhorar a qualidade de vida e não FINS em si próprios.

      Essa visão é tão errada, mas tão errada, que faz com que obras importantes (como saneamento) não sejam executadas pelos políticos porque elas não são “visíveis” para a população. Poucos sabem que com bom saneamento, os gastos com saúde diminuem significativamente. É por causa disso que as pessoas preferem ver hospitais ao invés de rede de saneamento. Não é por coincidência que Belém tem uma das piores redes de saneamento do Brasil.

      Adotanto o ponto de vista de resultadsos concretos na melhoria da qualidade de vida, todos os prefeitos recentes de Belém oram reprovados, pois a qualidade de vida na cidade caiu muito em todos os níveis independente do tipo de obras que eles fizeram. Creio que se desagregarmos as estatisticas por faixas de renda, descobriremos que a qualidade da vida dos pobres caiu mais muito rápido do que a dos ricos. Alguém duvida?

      Vamos pegar o caso do Edmilson. Se todos os programas do Edmilson tivessem funcionado bem, era esperado que depois de oito anos Belém tivesse melhorado bastante nos rankings nacionais de qualidade de vida. Isso não aconteceu. Portanto, ele foi um péssimo gestor. No caso do Zenaldo, outro péssimo gestor, a queda também é visível e a nossa cidade está escorregando para a quarta divisão.

      Sendo propositivo. Deveriamos criar de forma independente um barometro de qualidade de vida da sociedade de Belem e monitorar alguns indicadores simples. Com isso, os futuros candidatos (pois o de agora não sabem nem o que é indicador) deveriam se comprometer a melhorar significativamente as diferentes dimensões da qualidade de vida. As obras deveriam ser propostas com um cálculo claro de quanto tal obra contribuiria para melhorar os indicadores de qualidade de vida. Desta forma, os planos de governo seriam desenhados dons FINS para os MEIOS e não da forma como é hoje.

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      Publicado por Jose Silva | 4 de outubro de 2016, 14:35
  20. Rsrsrs, a batalha ta boa…

    Prezado,

    Quanto às obras de Saneamento, você tem razão, pois passei a minha formação acadêmica inteira ouvindo que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS): Para cada R$ 1,00 gasto com saneamento, deixa-se de gastar R$ 4,00 com a saúde. Da mesma forma uma população com educação de qualidade tende a adoecer menos.

    Já Quanto ao resultado dos programas, estes são natimortos pois os resultado seriam a média e longo prazo. Como já falei, nasceram mortos ou nem chegaram a nascer. É só olhar para as obras de 1,99 que desde de a administração de nosso “Doutor Duciomar” forma abandonadas e sobrevivem apenas na lembrança ou fisicamente como um cemitério, museu ou sei lá o que (vide Praça Princesa izabel, Cidade criança, e outros ambientes público que hj representam uma paisagem de guerra. Guerra de de orgulho.

    As ações de lazer/cultura, saúde, saneamento (capenga por se restringir apenas a asfalto e microdrenagem sem considerar gestão de esgoto) e educação são melhor do que nada, e agregam sim à qualidade de vida.

    Como já disse em comentários anteriores: pra quem não tem outra opção para sustentar a família, o lixo é a opção quando se pode tirar algo bom dele.

    Hoje nossa situação é exatamente esta: ou morreremos de fome ou cataremos o que se pode aproveitar do lixo.

    Da segunda opção, mesmo longe do ideal, podemos ir tomando um miojo até o Messias aparecer. Bom, é bem melhor do que morrer de fome esperando por um milagre da Nazinha.

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    Publicado por Fabiano | 4 de outubro de 2016, 15:53
    • Pois é. Esse é o grande paradoxo. Viver de lixo em uma terra de abundância. Viva nós! Conseguimos o impossível!

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      Publicado por José Silva | 5 de outubro de 2016, 00:08
      • José Silva.

        Não é um prefeito sozinho que vai resolver os problemas da cidade. Não surgirá um salvador da pátria. O resgate da cidade passa por um trabalho que tenha contribuição de nosssos vereadores, deputados estaduais e federais, senadores e do próprio governador do estado que não trabalhou até agora. Temos que pensar também em que tipo de pessoas o Pará e sua capital estão elegendo para esses cargos. Você mesmo falou a respeito de recursos. O que eles têm conseguido até agora de recursos?

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        Publicado por jonathan | 5 de outubro de 2016, 15:15
      • Concordo com você que o prefeito sozinho não resolve todos os problemas. Entretanto, se o prefeito(a) for politicamente hábil e competente, ele(a) pode ser capaz de recuperar a auto-estima da população e fazer uma revolução na cidade.

        Governar hoje significa fazer parcerias com setores fora do governo para resolver os problemas sociais. Em outras palavras, ter capacidade de convencer e mobilizar recursos de várias fontes como contrapartida aos investimentos municipais.

        Infelizmente, como você ter perecebido nos debates, nenhum dos dois candidatos tem a mínima capacidade e credibilidade para mobilizar parceiros tanto dentro da cidade como fora da cidade.

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        Publicado por Jose Silva | 5 de outubro de 2016, 16:46
  21. Enquanto aqui acontece este debate caloroso e esclarecedor, a população da periferia, que não teve a oportunidade (ou a vontade) de ter uma boa instrução, telespectador assíduo do Barra Pesada e cliente fiel ao sangue e à mulher gostosa no verso do jornal Amazônia, lendo-o de trás para frente a deixar qualquer estudante de língua japonesa com inveja, continua a viver sua vida comum, monótona e triste. São essas pessoas que vão levar um dos dois candidatos àquele palácio azul. Mesmo que todas as discussões que ocorrem neste blog acerca das eleições, são outras pessoas, sem instrução política, que têm mais poder em comparação a nós.

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    Publicado por Rafael | 5 de outubro de 2016, 13:36
    • Rafael,

      A vida da população mais pobre em Belém pode ser comum, mas certamente não é monotona. Viver nas condições adversas que a cidade proporciona é uma aventura diária, cujo final ninguém sabe prever.

      Sobre as preferências de voto dos diferentes segmentos da população, eu prefiro ver a estatistica primeiro. Lúcio, há alguma informação organizada sobre a votação dos candidatos a prefeito por bairros?

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      Publicado por Jose Silva | 5 de outubro de 2016, 14:33

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