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Economia

Ainda a crise da Yamada

A resposta de Fernando Yamada, aqui reproduzida, foi dada não para o blog de O Estado do Tapajós, como interpretei, mas a O Estado online. Feita a correção, mutatis mutandi, as considerações aqui feitas continuam valendo. Mas para esclarecer bem, reproduzo a nota que os editores de O Estado divulgaram em seu blog e algumas das mensagens dos seus leiteores. Espero que assim o debate prossiga, para o bem geral.

NOTA DE ESCLARECIMENTO DO BLOG

Em vista da ampla repercussão da informação veiculada no grupo Estado Online a respeito de uma suposta saída de mercado do grupo Yamada, viemos trazer à opinião pública informações que se fazem necessárias.

Primeiro, em momento algum o site Estado Online pretendeu se comparar a outros veículos de comunicação, tanto que de acordo com a publicação do senhor Abner Lopes, onde diz que o jornal Estado de São Paulo deu notícias sobre o fim das atividades do grupo Yamada, fica evidente que não houve a preocupação de procurar ver como está classificado e definida a posição do site Estado Online na Internet. Trata-se de um site que em momento nenhum busca se confundir com outro veículo de comunicação.

Não houve a intenção de divulgar noticia tendenciosa, mentirosa e arquitetada por pessoas do “quanto pior, melhor”, porque a matéria publicada define uma situação que vem se prolongando ao longo do tempo e que representa uma realidade.

Em momento algum fechamos a questão em dizer que a Yamada já fechou todas as suas atividades, apenas foram repercutidas opiniões de consumidores, fornecedores e funcionários.

Por fim, o interesse do site Estado Online é informar cada vez melhor o seu público. Em momento nenhum tivemos a intenção de trazer informações infundadas, pois nossa preocupação é trazer informações reais aos seguidores que são crescentes.

O grupo Yamada agiu de forma precipitada quando acusou o Estado Online de forma maldosa, pois nosso objetivo é levar informações sérias ao público.

Com este esclarecimento, damos por encerrada qualquer discussão a respeito desta situação, pois nos utilizamos do direito de emitir opiniões e reportar o que acontece na nossa cidade.

Jornal Estado Online

 

Grupo Yamada encerra suas atividades e funcionários serão incluídos na massa de desempregados

O grupo Y. Yamada, um dos maiores grupos da região norte do país, vem encerrando suas atividades nos locais de domínio. O grupo durante muito tempo cresceu, modernizou-se com desenvoltura, figurando entre as maiores redes de supermercados e magazine da região norte do Brasil, com mais de 2 milhões de clientes cadastrados no Cartão Yamada; são 35 lojas no Estado do Pará e 1 no Amapá, com um quadro funcional que ultrapassava 8 mil colaboradores. O grupo fecha suas portas em vários locais onde predominava como uma das principais redes de magazine. No estado do Amapá, o grupo encerrou suas atividades no último dia (26), local onde empregou um grande número de pessoas no estado.

Uma loja em Marabá foi fechada, assim como a de Santarém (que estaria sendo redefinida para voltar a funcionar). Todas as lojas têm claros sinais de desabastecimento. Em algumas o movimento caiu bastante, em torno de 50% na loja da Senador Lemos, e os fregueses estão fugindo porque só podem comprar a prestação em outros cartões, mas não no Yamada. Dentro desse retrato desanimador, se encontram funcionários que serão incluídos na massa de desempregados, o que pode gerar mais desconforto para a população paraense. De acordo com informações, apenas permanecerão abertas as Yamadas que se encontram na Augusto Montenegro, Yamada Plaza em São Brás e a Yamada Matriz na Rua Manoel Barata.

COMENTÁRIOS DOS LEITORES

Franklin – Crescer sem planejamento e dando emprego a níveis de executivos para filhos e netos da nisso. Virou um cabide de empregos para os familiares. Também tudo isso aliado à voracidade fiscal do governo só reside que sonega. O governo tributa [tudo] e se não pagar te fome mais ainda. A saída é quebrar. Vender. Estou na mesma situação.

Lucio Costa – Conheço e respeito muito o Grupo Yamada, do qual sou Fornecedor desde 1973! Na verdade, no Brasil,qualquer Empresa,de qualquer RAMO, não pertence aos seus Donos, mas sim ao GOVERNO – nas suas diferentes esferas, municipal , estadual e federal ! TODOS,NAS SUAS SANHAS ARRECADADORAS,”MATAM” QUAISQUER EMPRESAS QUE NÃO SONEGAM, OU SE DÃO A ATITUDES DESONESTAS NO DIA A DIA!..

Por isso, Empresas serias e comprometidas continuaram a “quebrar” pela inépcia e “gula” tributária dos seus verdadeiros donos: o GOVERNO .!.

Enquanto isso nossos “políticos” dilapidam os recursos arrecadados nas suas maracutaias e trambique habituais!.

Urge que façamos uma “Delação Premiada” contra esses políticos corruptos – pleonasmo- – a fim de que esse descalabro tributário desapareça pois dele advém o absurdo dinheiro arrecadado que ,ao invés de se destinar as obras públicas tão necessárias ao nosso imenso BRASIL.!!
São, essas astronômicas quantias surrupiadas, habitualmente utilizadas em mordomias inacreditáveis, “fantasiosas” de tão reais e constantes!

E, se a grana falta?

Simples: aumentam-se os Impostos… Fácil não? Tanto quanto mandar esses sacanas todos pra cadeia; lugar do qual jamais deveriam sair!

Brenda HelenaÉ triste ver isto acontecer, um enorme patrimônio do sr. Y.Yamada, construído ao longo dos anos com grande esforço, indo por água abaixo. Não é só triste por ele, mas pelos funcionários, clientes e pelo estado que perde uma grande loja.

Alba Lima – Muito triste quem nunca foi escolher seu presente de natal na Y Yamada ou ponto de referencia para o encontro das compras porta da Y Yamada. Fez parte da historia de todos as gerações paraenses.

Ryan Felipe Cardoso CoimbraÉ, a da Augusto Montenegro já não funciona

Cassio Queiroz – Qual Yamada permanecerá funcionando na Augusto Montenegro , se o Atacadão Yamada foi uma das primeiras umidades a fechar?

Daniel NascimentoTriste demais, tenho muitas recordações de minha infância indo até a Yamada do comércio com minha falecida mãezinha, faz parte da história de muitos paraenses, uma notícia realmente desalentadora…

Maria – Triste. Pelos funcionários, e pelo fim em si da Y Yamada. O lucro era deles, mas ser um grupo de nossa região pertencia de coração um pouco a cada um de nós.

Alberto – Augusto Montenegro será loja do armazém Mateus.

Frank – Aqui em Barcarena a Yamada tá faltando de tudo da pra ver que tá quase acabando tudo pra poder deixar de vez!

Discussão

11 comentários sobre “Ainda a crise da Yamada

  1. Lúcio,
    Apenas morcegando o “último post”……

    Nova York mapeou todas as suas árvores. E é possível saber a importância de cada uma delas.
    Matheus Moreira
    08 Dez 2016 (atualizado 08/Dez 20h49)
    Projeto mostra arborização das ruas da cidade em detalhes e calcula seus benefícios ecológicos e econômicos.

    Acho que a Celpa junto com a Prefeitura já fizeram o mesmo aqui em Belém, e estão praticando todos os finais de semana seus planos de dizimar todos elas o mais breve.

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    Publicado por Sou daqui. | 9 de dezembro de 2016, 11:41
    • Minha experiência.
      Eu morava em Gainesville, cidade de 150 mil habitantes na divisa da Flórida com a Georgia, sede de uma boa universidade, das melhores dos Estados Unidos sobre a América Latina, o Brasil e a Amazônia.
      Um dia batem à minha porta. Era da empresa de energia. O funcionário me mostrou um croquis da poda que ia realizar em árvores no meu terreno (minha casa ficava numa rua sem saída, cercada por bosque, com um riacho ao fundo). Autorizei a poda depois de ele me indicar quais eram as árvores. Voltei ao trabalho em casa. Meia hora depois ele bate de novo, me leva ao local, mostra o que fez, seguindo o croquis, pergunta o que acho, aprovo o serviço. Quando ia voltar para casa, ele puxa outro papel da prancheta e me diz para assinar. Estava doando os galhos à municipalidade.
      Algo que jamais experimentarei em Belém.,

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      Publicado por Lúcio Flávio Pinto | 9 de dezembro de 2016, 11:51
      • Nem pretendo chegar próximo disso.

        Queria apenas uma reação da “cidade” .

        Uma reação efetiva e imediata para que a prefeitura ao invés de derrubar ampliasse a arborização.

        Sem grandes estudos “viagem na maionese” ou coisas mirabolantes de faculdades e ambientalistas.

        Bastava escolher a melhor espécie para cada local ou via e tratar de plantar, simples assim, na medida que fosse evoluindo iria se ajustando cada situação.

        Mas parece que a grande “grita” por aqui foi mesmo a sala da Sthil na UFRA. O dia a dia da falta de “sombra” na cidade não importa.

        Em tempo:
        A Celpa que dê o jeito dela, tecnologia existe de sobra para se adequar a rede elétrica à áreas arborizadas.

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        Publicado por Sou daqui. | 9 de dezembro de 2016, 12:10
      • Nos projetos do prefeito virtual, que fui, o tema está previsto.

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        Publicado por Lúcio Flávio Pinto | 9 de dezembro de 2016, 13:11
      • Esse é o problema….

        Estamos vivendo virtualmente.

        Presidência do Temer é virtual, realidade é o mando do Calheiros….

        BRT/Uber em Belém é virtual, realidade é o conchavo das empresas de taxi e ônibus com a prefeitura…

        Lula é um pobre virtual, realidade é sua vida nababesca ancorada nos amigos que lhe emprestam tudo….

        Nossa (“dos indignados”) reação é virtual, no blog, no face, no JP, tem alguns que até “protestam do exterior” via redes sociais, realidade é a pouca presença numa passeata para mostrar a cara, como no domingo passado. (eu fui).

        Como diz a música: “…. e assim nós vamos vivendo de amor….”

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        Publicado por Sou daqui. | 9 de dezembro de 2016, 13:35
  2. Precisa, ainda, atualizar os posts Yamada em Santarém e Yamada: qual a verdade?, onde aparece o nome do Site de O Estado do Tapajós como sendo o site ao qual Fernando Yamada se refere. Rsrs

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    Publicado por blogdoestado | 9 de dezembro de 2016, 11:45
  3. O GRUPO YAMADA E A EXPLICAÇÃO QUE AINDA NÃO VEIO
    Ainda me lembro de quando fiz quinze anos, dia em que minha mãe me levou à Mesbla e me presenteou com um sonzão Polyvox, o sonho de quase todo moleque da época. Até hoje o tenho em casa, funcionando perfeitamente. Lembro-me também das Casas Pernambucanas lá do comércio, “lá embaixo”, como dizia minha avó. Éramos também cativos das Lojas Brasileiras, antes de virar Lobrás. E quando alguém em casa pensava em sapatos, Carrapatoso era da moda. Mas nenhuma tinha o tamanho e importância da Y. Yamada para o comércio local de Belém.
    Hoje é com tristeza que vejo a decadência de mais uma grande rede de lojas de departamentos, a Yamada, ou melhor, Y. Yamada, responsável por boa parte do meu conforto. De repente, fui conferir e quase todos os eletrodomésticos que tenho foram comprados lá. Da geladeira ao fogão. Da máquina de lavar à tevê. Do guarda roupas ao colchão. Sempre a Yamada ganhava no preço. Várias vezes fui à loja central e apresentei um cartão da concorrência, com o preço do ‘eletro’ que queria comprar, e ‘eles’ cobriam a oferta. Não perdiam uma venda assim tão fácil.
    E assim a Yamada me seduziu durante muitos anos. Era um processo de fidelização – os japoneses entendem muito bem de mercado, de capitalismo; e, dizia-se, sabiam aplicar os recursos a juros baixos que recebiam de sua terra natal.
    Ainda não se sabe por quais motivos esse gigante entrou em franco processo de dissolvência. Como num acidente de avião, certamente deve haver várias causas, da má administração à crise econômica atual. Certo é que a Yamada está numa espiral praticamente irreversível de quebra. Ou encolhe significativamente, propondo sua recuperação junto aos seus credores e passa alguma segurança ao mercado, ou irá mesmo amargar o epitáfio de redes como Mesbla, Casas Pernambucanas, Lojas Brasileiras, dentre outras.
    Redes do porte da Yamada não sobrevivem sem a confiança do mercado, conjugados seus credores e consumidores. Credores, por quebra de segurança jurídica para firmar negócios. Com a desconfiança da insolvabilidade instalada, não terão mais tanta certeza de que irão receber. Por outro lado, consumidores, também desconfiados, geralmente “abandonam o barco” quando tudo indica que podem não receber o que compraram, ou mesmo não conseguirem realizar a troca ou ter compensações cíveis por eventuais danos por parte de uma empresa que opera claramente indicando estar à beira da falência. Afinal, quanto maior o gigante, maior é o tombo.
    A nota de seu sócio-diretor, Fernando Yamada, nada explica, seu teor sequer tangenciou alguma explicação para a evidente decadência de suas lojas, em respeito aos seus colaboradores, credores e consumidores. Acrescente-se que Fernando é o presidente do Conselho Deliberativo Estadual do SEBRAE, entidade de fomento às atividades empresarias do Pará.
    Não há como negar, basta “ver com os próprios olhos” a decadência: lojas fechando e prateleiras vazias. Seus clientes, que tanto contribuíram para seu sucesso durante seis décadas, merecem consideração, uma explicação plausível para a iminente derrocada do que todos juntos ajudaram a construir.
    A história da Y.Yamada requer, neste momento, considerações ao distinto público, resguardando-se o legado de seus co-fundadores, fruto de muito trabalho sério e dedicado, em respeito a todos os que ajudaram a construir essa história de sucesso empresarial, a qual tanto contribuiu com a sociedade paraense.

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    Publicado por Frederico Guerreiro | 9 de dezembro de 2016, 16:19
  4. Calma, Lúcio. O silêncio mais significativo seria o seu e do JP. Não subestime sua importância para o jornalismo e sociedade paraenses. Verifique o counter do blog para comparar e ter uma ideia. Que outro interesse tem a outra imprensa que não, acima de tudo, a conta da publicidade e os créditos já firmados? Os tempos são outros e nem mais o que pensamos que sejam. Abraço

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    Publicado por Frederico Guerreiro | 9 de dezembro de 2016, 17:00

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