Transcrevo, a seguir, pelo seu valor, mensagem de um amigo, paraense que agora reside fora do Pará, sobre o Museu do Marajó, em Cachoeira do Arari. Espero que sensibilize a quem interessar possa.
Estive no Marajó também pelo natal e visitei Cachoeira do Arari pela 1ª vez. Queria ver a paisagem dos campos e o Museu do Marajó. Fiquei muito triste ao ver o estado do museu, decrépito, apesar dos esforços heroicos da Dona Zezé e equipe. Eles administram o Museu por uma cooperativa e conseguem uns parcos RS1000.00 para a manutenção do espaço.
Ela nos recebeu (mora numa casa em frente ao museu, onde também é dona dum restaurante), abrindo as instalações para nós. Quando terminamos a visita, ela explicou toda a dificuldade que tiveram para obter o direito de administrar o espaço desde 2010, salvo engano. Ela vem tentando há quase dois anos contato com o Museu Goeldi, para estabelecer parcerias, mas nunca foi recebida pela atual Diretoria do Goeldi.
A situação é lastimável. Isso, como disse, apesar de todo o esforço que fizeram para recuperar o que estava ainda pior. Aquele museu podia servir para aumentar o turismo na cidade, o único motivo para estimular uma visita a Cachoeira…até agora. Acho uma causa muito justa defender o museu do Marajó, que sintetiza toda a cultura local e guarda artefatos dos sítios arqueológicos da ilha. Pelo que sei é o único museu do Marajó e no Marajó.
O pedido é para que tu fizesses alguma matéria sobre o assunto, indagando a opinião pública o porque do descaso e os meios para melhorar o museu, incluindo a cooperação pretendida pela Dona Zezé com o Goeldi, que viria sendo rejeitada pela direção do Museu. Vai que alguém reage e surge um bom resultado do debate.
Poderia criar um fundo para manutenção.
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Estranho. Deve ser falta de comunicação. O MPEG sempre teve um grande carinho pelo Museu do Marajó e pelo legado do Padre Gallo.
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Lastimável ver essa mesma situação em praticamente todo o Marajó. O que fez o Marajó para os nossos governantes? Sem saúde, sem educação e também sem cultura. Definha sob a displicência governamental. É repugnante, da mesma forma, o serviço de transporte prestado pelas empresas que fazem a travessia Belém-Camará. Não há contrapartida do valor que é cobrado – a preços desarrazoados – de pessoas que moram no arquipélago e que muitas vezes não tem nem dinheiro para se alimentar dignamente. As péssimas condições das embarcações faz saltar aos olhos a falta de segurança e o desconforto que os passageiros são obrigados a enfrentar.
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Como é PARADOXAL (Contraditório) isto. Vejo o MUNDO querendo ver e visitar O Museu do Marajó, tamanha sua importância como Patrimônio histórico, cultural e antropológico/arqueológico. Contudo, nossos gestores (municipal, estadual e federal) estão nem aí pra este patrimônio que é tombado pelo IPHAN (aliás, onde que fica o IPHAN, nesta história?) e é um dos mais valiosos legados deixados pelo amigo idealizador e realizador de sonhos, o nosso Balila (Pe. Giovanni Galo). Uma grande tristeza é o que sinto pela situação do nosso Museu do Marajó e pela falta de sensibilidades dos gestores municipais de ontem e de hoje, embora reconheço o esforço de todos os abnegados que emprestam parte de suas vidas para manter de pé o Museu do Marajó. INDIGNADO é como me sinto como filho Marajoara que sou. Um grande abraço (Valter Avelar)
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Você tem toda razão, Valter. Além do valioso museu, padre Giovanni realizou uma difícil revisão da cultura marajoara, mostrando a outra face da história oficial em relação ao vaqueiro,pescador e outros integrantes da legião dos “invisíveis”.
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essa questão do abandono do MdM precisa ser melhor pesquisada… fui diretor-executivo do MdM entre 2007 e 2009 e podem acompanhar algumas ações daquele período neste link – https://museudomarajo.wordpress.com
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