Na melhor das hipóteses, o reajuste na tarifa dos ônibus de Belém, a ser decidida na segunda-feira, será de 15%, que é a proposta do Dieese, o órgão que analisa a questão em nome dos trabalhadores. A passagem passaria de 2,70 reais para R$ 3.10. Pela reivindicação dos donos das empresas, pularia para R$ 3,40, 30% a mais. Todos garantem que é o seu é o valor justo, sustentando-o com base em planilhas técnicas, que medem quantidades e as traduzem em números, que são fatos.
Mas agora há um componente mais qualitativo e de certa subjetividade: os reflexos da pior crise econômica vivida pelo país em muitos anos. Seu principal indicador para esse cálculo é o desemprego. Seu efeito sobre as empresas é a queda no fornecimento do vale transporte. Sobre os empregado, a busca de alternativa mais barata para a condução, como a bicicleta, quando o percurso não pode ser feito a pé. Segundo os donos de ônibus, o número de usuários ficou 11,5% menor nos últimos dois anos.
A nova situação requer uma análise mais rigorosa dos fatores, inclusive em relação ao universo de gratuidades, que abrangem 30% do total de usuários que pagam integralmente a passagem. É inevitável o aumento, mas ele não pode onerar seu custo sobre o orçamento individual e familiar. A conversa na mesa de negociação também precisa se reciclar.
Ue, cadê o prefeito amigo do trabalhador que não aumenta a passagem de ônibus?
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O número de usuários diminui por causa da qualidade do transporte prestado a população. Ainda estamos anos-luz de um serviço com um mínimo de conforto e civilidade. Agora quem paga as gratuidades? Como não há almoço grátis, alguém deve estar pagando esse custo. Com certeza não são os empresários. Sobra para o povo, não é? Tanto na forma direta (via passagens mais caras) como na via indireta (via subsidios ou transferencias do governo).
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Ano passado, eu ministrei aulas no Jurunas.Moro na Pedreira e utilizava a bicicleta para ir pra lá. Chegava em 30 min. De ônibus, eu levaria cerca de 1H e 20 min (no mínimo).
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Parabéns, Jonathan. Primeiro pela opção certa. Segundo, pela coragem. Terceiro, por ter sobrevivido para dar seu testemunho.
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É preciso quebrar os antolhos do politicamente correto para uma boa revisão das gratuidades. Por exemplo: por que carteiro tem direito à gratuidade? Quem devia pagar o transporte seria o Correios. Dinheiro não faltaria se não tivessem roubado desbragadamente a estatal, obrigando o empregado a ser descontado para manter de pé o Postalis, o fundo de pensão vitimado pelo apadrinhamento político de corruptos.
Mas também não precisa endossar sempre a tática das empresas, com a prefeitura. Sabe-se que elas propõem pelo teto, alguém contrapões pela base e o “conciliador” decide pelo ponto médio.
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Hahaha obrigado Lúcio. Mas tem uma ciclovia na Mundurucus que facilita um pouco o trajeto.
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Livrando um pouco o ciclista dos veículos automotores, mas não dos assaltantes.
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Acredite: o risco de assaltos são muito maiores em ônibus atualmente.
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Parece até um programa da gestão do Zenaldo: “Ladrão no meu ônibus”.
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E por falar em ciclovia, Belém deveria abrir mais ciclovias e fechar cada vez mais ruas para o tráfico de carros. Só isso melhoraria a qualidade de vida da população por 100…
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O tráfico está tão intenso em Belém que você, por ato sugestivo e reflexo condicionado, o usou no lugar de tráfego.
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É verdade. Perdão.
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O dinheiro entra todos os dias nas empresas e provavelmente sai após 30 dias, daí que…
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Caro Jornalista,
O sistema de transporte urbano coletivo permanece quase tal e qual há 60 anos atrás quando eu ia como minha tia para o Jardim da Infância no Floriano Peixoto, que tantas lembranças boas eu trago.
Os ônibus eram made in Belém, na fábrica do pai do Fernando Coutinho, que chegou a ser nosso Prefeito eleito e Senador.
Nessas priscas eras, quando havia o aumento da tarifa, não era automático o repasse da autorização às empresas, ou expressos, como se chamavam. Primeiro haviam de ser habilitados em perícia de qualidade dos ônibus, recebendo o selo apenas aqueles que estivessem pintados, sem goteiras, estofamento bom e janelas bem firmes. Quem não passava, era obrigado ficar com o preço velho, o que gerava uma boa situação aos passageiros menos aquinhoados, que usavam esses ônibus enquanto equilibravam o orçamento para enfrentar o novo custo.
Agora, não! O novo preço é repassado para todos, independente da rota e da qualidade dos serviços, o que acaba nivelando todos por baixo a um preço alto para o tamanho do serviço.
O sistema deveria ser revisto e feito um mais moderno, com as chamadas integrações em terminais de embarques e troca de veículos.
Deveriam acabar com as linhas tradicionais, trabalhando-se com 5 ou sei troncos, e ônibus de vizinhança e circulares, integrados a um só bilhete e/ou passagens avulsas, conforme o gosto e necessidade do cliente;
Não deveria haver donos de linhas, de troncos ou vizinhanças, mas sim um uma administração do tráfego, que definiria quem deve fazer o quê a cada momento do trânsito, sendo que os prestadores de serviços entrariam com seus veículos, conforme disposto em licitações, ganhando pelo que trabalhasse, proporcionalmente. Tudo automatizado e digitalizado, para permitir o controle e a transparência.
Isso deve haver em várias cidades e estou falando apenas o que observo e analiso que poderia ser bom para Belém, com suas devidas adaptações.
Agora, este sistema caótico e feudal, com senhores donos de linhas, mandando e desmandando e elegendo pessoas, só nos traz prejuízos e uma perda de produtividade imensa, cansando e empobrecendo nosso povo, reduzindo nossas vantagens em competir no mercado, tornando-nos cada vez mais distantes do desenvolvimento sustentável.
Abraços,
JAB Viana
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Está aí uma bo plataforma.
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