Às três e meia da tarde de hoje o jornalista Carlos Mendes postou no seu blog, o Ver-o-Fato, um artigo assinado, no qual o autor, professor e presidente de uma associação de concursados, faz uma gravíssima acusação: a falta de água por três dias anunciada pela Cosanpa, como providência programada, se deve a um acidente mantido oculto até agora; e que podia ter sido evitada se os responsáveis pelo acidente o tivessem notificado quando ele aconteceu, quase um mês atrás.
Como ninguém do governo se manifestou sobre a grave acusação a respeito de uma gravíssima situação, reproduzo o artigo, juntando minha indignação e exigindo resposta das autoridades ao menos formalmente competentes sobre a matéria.
Diz o artigo deJosé Emílio Almeida – professor e presidente da Associação dos Concursados do Pará (Asconpa)
Eis a verdade por trás da operação da Cosanpa, que deixará a população de Belém e região metropolitana sem água por três dias. Trata-se de mais uma história de desrespeito com a população honesta e trabalhadora da nossa cidade. O governo do Estado está tentando esconder o verdadeiro motivo da falta de água, que ocorrerá a partir desta sexta-feira, dia 20 de janeiro e que se prolongará até domingo, dia 22, em toda a Região Metropolitana de Belém.
Na coletiva que deram ontem (17), à imprensa, os dirigentes da Cosanpa e do governo do Estado, se limitaram a falar de como será feito o serviço de conserto da adutora e outras providências que serão tomadas para tentar minimizar o grave problema. A verdade é que todo esse transtorno foi provocado pela obra faraônica, que está sendo construída no Parque do Utinga, de responsabilidade da Secretaria de Cultura (Secult).
O problema ocorreu ainda na semana anterior ao Natal, quando operários faziam a terraplanagem de uma área próxima ao manancial e a retroescavadeira cravou a pá em uma adutora de água de 1.500 mm. Tudo seria rapidamente resolvido se a empresa responsável pela obra e pelo dano tivesse imediatamente relatado o fato aos engenheiros da Cosanpa. Mas não fizeram. Os dirigentes da Secult sabiam e ficaram quietos.
O abacaxi só foi descoberto quando funcionários do Setor de Operação da Cosanpa notaram a redução na pressão da água e foram até o local verificar. Um enorme chafariz desperdiçava água no local. Indiferente aos infortúnios que causariam à população, somente agora, quase um mês depois, o governo autorizou o reparo na adutora.
Todos sabem que a Cosanpa está longe de ser considerada uma empresa modelo e que seus dirigentes, todos cabos eleitorais do partido do governador do Pará, Simão Jatene, parecem ter sido selecionados entre os mais incompetentes do mercado. A intenção dos tucanos é precarizar a Companhia, para em seguida “justificar” a sua privatização, como mercadoria sem valor.
Há quatro anos a Cosanpa fez concurso público, após acordo assinado com o Ministério Público do Trabalho (MPT), quando finalmente a empresa pode admitir profissionais competentes, mas sem nenhum poder dentro da companhia, que é dirigida há décadas pelos mesmos ineptos.
Mesmo assim, as nomeações só ocorreram após intervenção da Associação dos Concursados, numa luta que terminou com todos os concursados nomeados.
Mais uma história para o festival de erros administrativos básicos que assolam o Grão-Pará. Qual será a próxima?
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Ninguém é concursado para ser diretor em repartição pública. O professor deve ser de um partido aliado dos Petralhas, e estão tentando denegrir os atuais diretores da Cosanpa.
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Não precisa ser petralha pra afirmar que a Cosampa tá sucateada. Grande parte da RMB sofre com falta de água,em muitos bairros a falta do líquido precioso é recorrente.
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Que tal se trocassem os “erros administrativos” e a “incompetência” por medidas, digamos, estranhas? Afinal, toda instituição tem seus departamentos de planejamentos e projetos.
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