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Justiça, Política

Novo relator

A um leigo, mas atento observador da atividade do judiciário, a opção mais técnica para a escolha do novo relator da ação da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal deveria ser a redistribuição do processo por sorteio. Mas não apenas entre os quatro membros remanescentes da Segunda Turma, onde militava o falecido ministro Teori Zavascki.

Diante da gravidade da questão e da abertura dada pelo regimento do STF, deviam estar habilitados no sorteio os nove integrantes da corte, excetuada a sua presidente, dona do voto de minerva, e sem o substituto de Teori, que o presidente Michel Temer se comprometeu a só indicar depois da definição sobre o novo relator da Lava-Jato.

Foi também esse o caminho seguido originalmente pelo processo, quando subiu à instância superior em função do privilégio de foro dos réus mais notáveis. Do pleno baixou para a turma. Nada mais lógico do que recomeçar da mesma maneira: através de sorteio geral.

Esse critério também pouparia a nação do dissabor de que um processo dessa gravidade fosse parar com Dias Toffoli ou Ricardo Lewandowski, tendenciosos pró-PT, ou Gilmar Mendes, pró-PSDB. A única alternativa mais técnica seria a do decano, Celso de Mello, embora ele dificilmente viesse a manter o ritmo necessário para a mais breve definição sobre essa ação, para o bem de todos e felicidade geral do país.

 

Discussão

9 comentários sobre “Novo relator

  1. Meu palpite é que para quaisquer das formas de sorteio possíveis para a escolha do relator, o sorteado será o excelentíssimo ministro Gilmar Mendes, para o bem da nação e, principalmente, do PSDB.

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    Publicado por Antônio Silva | 23 de janeiro de 2017, 16:11
  2. E se a ministra Carmem Lúcia avocasse para si a relatoria?

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    Publicado por Luiz Mário | 23 de janeiro de 2017, 18:00
  3. As provas são tão fortes que qualquer um desses ministros não teria coragem de fazer o óbvio: enviar os culpados para a cadeia.

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    Publicado por Jose Silva | 24 de janeiro de 2017, 00:44
  4. Talvez seja o melhor momento, ainda que simbólico, para demonstrar a independência e autonomia do STF ante o Legislativo.

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    Publicado por Luiz Mário | 24 de janeiro de 2017, 14:19
  5. Evidente.

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    Publicado por Luiz Mário | 24 de janeiro de 2017, 18:23

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