A um leigo, mas atento observador da atividade do judiciário, a opção mais técnica para a escolha do novo relator da ação da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal deveria ser a redistribuição do processo por sorteio. Mas não apenas entre os quatro membros remanescentes da Segunda Turma, onde militava o falecido ministro Teori Zavascki.
Diante da gravidade da questão e da abertura dada pelo regimento do STF, deviam estar habilitados no sorteio os nove integrantes da corte, excetuada a sua presidente, dona do voto de minerva, e sem o substituto de Teori, que o presidente Michel Temer se comprometeu a só indicar depois da definição sobre o novo relator da Lava-Jato.
Foi também esse o caminho seguido originalmente pelo processo, quando subiu à instância superior em função do privilégio de foro dos réus mais notáveis. Do pleno baixou para a turma. Nada mais lógico do que recomeçar da mesma maneira: através de sorteio geral.
Esse critério também pouparia a nação do dissabor de que um processo dessa gravidade fosse parar com Dias Toffoli ou Ricardo Lewandowski, tendenciosos pró-PT, ou Gilmar Mendes, pró-PSDB. A única alternativa mais técnica seria a do decano, Celso de Mello, embora ele dificilmente viesse a manter o ritmo necessário para a mais breve definição sobre essa ação, para o bem de todos e felicidade geral do país.
Meu palpite é que para quaisquer das formas de sorteio possíveis para a escolha do relator, o sorteado será o excelentíssimo ministro Gilmar Mendes, para o bem da nação e, principalmente, do PSDB.
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Não acredito que a ministra Cármem Lúcia entre numa jogada dessas. O próprio Temer adotou uma atitude correta: só indicar o novo ministro depois da decisão sobre a relatoria da Lava-Jato.
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E se a ministra Carmem Lúcia avocasse para si a relatoria?
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Seria um grande erro, por mais que ela se considere a melhor.
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As provas são tão fortes que qualquer um desses ministros não teria coragem de fazer o óbvio: enviar os culpados para a cadeia.
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erro meu: não teria coragem de não fazer o óbvio..
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Talvez seja o melhor momento, ainda que simbólico, para demonstrar a independência e autonomia do STF ante o Legislativo.
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E, principalmente,e o executivo.
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Evidente.
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