Quem foi comprar hoje o seu exemplar do Diário do Pará teve uma surpresa: a edição não era de sábado, mas de domingo. Se a cronologia fosse respeitada,o invés de desembolsar um real pelo jornal dos Barbalhos teria que pagar R$ 3. O leitor terá mais páginas para manusear, mas é uma edição muito mais fria, composta por matérias produzidas antecipadamente ao longo da semana, do que se fosse realmente a edição do dia.
Com esse procedimento, de fundir duas edições numa só, as duas empresas costumam se irmanar – o que não fazem de nenhuma outra maneira – para ludibriar o consumidor. Poupam papel e outras despesas suprimindo a edição de sábado e ganham mais dinheiro. Desta vez, porém, apenas o Diário adotou essa prática. O Liberal manteve a edição normal, ao contrário do que informei na postagem original.
Admitindo-se que a tiragem efetivamente paga do Diário seja de 16 mil exemplares (numa circulação de 22 mil), a receita obtida num dia de semana é de R$ 16 mil. No domingo a venda cresce uns 30%. Logo, o Diário (a R$ 3 a unidade) arrecadará R$ 75 mil. Assim, por ter vendido no sábado sua edição a preço dominical, o Diário elevará o faturamento em mais R$ 59 mil. Além de praticarem falsidade ideológica, o jornal explora o consumidor para aumentar seu lucro (ou reduzir sua despesa).
O comprador de rua, ao perceber que levará gato por lebre, pode se recusar a comprar. Mas e o assinante, que comprou jornal diário e, portanto, um número certo de edições e já terá uma a menos no cumprimento do contrato com a empresa?
O novo procurador geral de justiça do Pará, Gilberto Valente Martins, podia se interessar por essa esdrúxula prática e, se for o caso, tomar uma providência, que podia começar por impor um termo de ajuste de comportamento. Forçando as empresas jornalísticas a romper com esse surrealismo oportunista: fazer o jornal de sábado circular no sábado e a de domingo, no domingo, no domingo.
Se assim decidir, o novo chefe do sonolento Ministério Público do Estado mostrará que está ao lado do seu verdadeiro chefe: o povo, não os (tu)barões da imprensa – ou da política.
Você está enganado Lúcio. A edição de hoje de O Liberal é de sábado sim. Inclusive o Repórter 70 da edição de hoje comenta que “o jornaleco dos Barbalhos sai com duas datas, hoje, quer dizer, uma edição para dois dias.”
Quanto à crítica de O Liberal ao concorrente, esquece que já fez o mesmo no passado.Tornou-se prática rotineira no Círio e no natal, por exemplo.
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Obrigado, Júnior. O jornaleiro me informou que só havia as edições de domingo. Então fica retificado. Peço desculpas ao leitor.
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O seguinte trecho que aparece no meu comentário acima não foi escrito por mim: “Quanto à crítica de O Liberal ao concorrente, esquece que já fez o mesmo no passado.Tornou-se prática rotineira no Círio e no natal, por exemplo.”
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Desculpe, Júnior. Por algum mistério ficou como sendo de você. É meu, Lúcio Flávio Pinto, o desastrado operador de computador (dá rima rica, pelo menos).
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Então o crime foi só do Diario? Mais um na conta dos Barbalhos?
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Mais um.
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Mas Lucio , a crítica do jornal O Liberal ao Diário é a de que essa edição pra dois dias é prs fugir do assunto da semana : o Helder cavanhaque e, agora , o Jader jacaré , envolvidos até o pescoço nas denúncias do lava jato.
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Pode ser procedente a crítica. O que ressaltei é a falta de autoridade do crítico, que adotou o mesmo procedimento no passado, em conjunto com seu rival.
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Senhores, existem as tais manutenções feita nas maquinhas dos jornais até ai tudo bem uma ou duas vezes ao ano, porém se passar disso podemos meter o pau
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