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Política

A história na chapa quente (119)

Onde os esqueletos

estavam em 1964?

(Artigo publicado no Jornal Pessoal 301, de maio de maio de 2003)

O jornalista, professor e escritor Osvaldo Coimbra deverá provocar muita polêmica com o livro que deverá lançar dentro de um mês sobre o movimento militar de 1964 no Pará. A rigor, não diz nada de novo. Mas simplesmente pelo fato de reunir as informações que coletou numa rápida e simples pesquisa nos arquivos de jornais e colocá-las em letra de forma, deverá desagradar a gregos e troianos, que se unem para fazer esquecer o passado, iludir sobre o presente e poder continuar a mandar no futuro.

O resultado do levantamento de Coimbra haverá de apresentar suas falhas, como já se pôde constatar na avant-prémière de suas entrevistas. Evidentemente, espera-se que as pessoas habilitadas se apresentem para as erratas. Pior que tudo é esse silêncio, marcante na crônica paraense. Agitando as águas, Coimbra pretende desencadear a necessária oxigenação para o diálogo, como deixa claro na carta que me enviou, antecipando alguns dos pontos do livro.

Segue-se seu depoimento.

Aceitei o seu estímulo para que fosse adiante na busca dos esqueletos (na verdade, as informações) escondidos no armário (na verdade, o noticiário) de 1964. O resultado desta busca vai ser publicado no livro já em fase de revisão final, a ser editado pela PakaTatu, sob o título de “A denúncia de frei Betto contra o arcebispo do Pará, em 1964: Dom Alberto Ramos mandou prender seus padres”.

No livro, me concentro na atuação dos membros da Igreja Católica, que, estimulados pelas encíclicas do papa João XXIII, se engajaram na luta por Justiça Social, e se sentiram abandonados e traídos pelo arcebispo do Pará. Mas, através deste livro, gostaria de poder estimular outros colegas jornalistas a prosseguirem na pesquisa de um tema – o Golpe Militar de 1964 – que afetou tanto o destino do Brasil e de várias gerações de brasileiros. Um tema já quase exaurido fora do Pará e aqui, estranhamente, ainda é pouquíssimo pesquisado.

Como retribuição a seu estímulo, estou enviando para o Jornal Pessoal um primeiro roteiro, bastante fácil de ser seguido, por quem queira encontrar rapidamente nas coleções dos jornais de Belém guardadas na Biblioteca Pública – algumas já microfilmadas – algumas das matérias mais relevantes sobre este assunto.

Dom Alberto Ramos – O mês de abril de 1964 foi o das colaborações públicas que prestou aos golpistas. Na coluna da arquidiocese, na Folha do Norte de 2 de abril de 1964, ele elogiou a iniciativa dos organizadores da marcha que, invocando Deus, a família e a liberdade, teve como objetivo dar a impressão de apoio popular aos golpistas. No dia seguinte, o arcebispo deu uma entrevista ao mesmo jornal pedindo as bênçãos de Deus para os militares que tinham derrubado João Goulart.

A 7 de abril, A Província do Pará divulga as três duras medidas que ele havia anunciado diante de seus padres, cônegos e monsenhores, no dia anterior, numa matéria que mostrava  ter o arcebispo quebrado o sigilo das reuniões do clero com  a intenção de tornar públicas aquelas suas ações. As medidas eram as seguintes: 1a.) nenhum religioso, sob pena de perder imediatamente suas ordens, poderia dar asilo a alguém perseguido pelos militares, sem comunicar isto ao arcebispado; 2a.) ficava suspenso o funcionamento do Movimento de Educação de Base (MEB), criado e mantido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, e, no Pará, colocado sob responsabilidade do padre Aloísio Neno, que havia sido preso pelos militares. 3a.) nenhuma dependência do prédio da Ação Católica poderia ser usada, sem autorização por escrito do próprio arcebispo ou de seus dois bispos auxiliares. Esta medida visava, obviamente, evitar, a reinstalação do MEB.

No dia 9 de abril, na coluna da arquidiocese de O Liberal, dom Albert anuncia que mandara um telegrama para o general Castelo Branco externando sua satisfação por saber que ele havia sido indicado para o lugar de João Goulart. Seis dias depois, a 15 de abril, na coluna da arquidiocese da Folha do Norte, reivindica para si o mérito da iniciativa da celebração, por ele próprio, com toda a pompa, na Catedral, de uma missa em louvor do governo do general Castelo Branco, que tomaria posse naquele dia. Isto porque o governador Aurélio do Carmo mandara anunciar no jornal que a missa era uma iniciativa oficial de seu governo. Na coluna, dom Alberto convoca para a missa as agremiações católicas, as comunidades religiosas, o cabido metropolitano e todo o povo. E diz que a missa ia rezada “para que o novo presidente da república seja feliz na árdua missão que hoje a Nação lhe confere”.

Na catedral reuniram-se chefes do golpe militar no Pará e políticos que queriam agradá-los, tentando manter seus mandatos. Neste mesmo dia, 15 de abril, O Liberal, imprimiu uma edição com amplas notícias daquele evento. No dia seguinte, foi a vez da Folha do Norte. Este jornal registra o uso na missa até do Hino do Congresso Eucarístico Nacional, realizado havia pouco tempo, em Belém. O jornal mostra também que, diante dos chefes golpistas, como o general Orlando Ramagem, comandante militar da Amazônia, do almirante Milton Coutinho Marques, comandante do 4o. Distrito Naval, e do representante do general Bandeira Coelho, que logo iria chefiar uma devassa no governo de Aurélio do Carmo, dom Alberto não só elogiou demoradamente o golpe militar como admitiu que a “intriga comunista havia se infiltrado até nas famílias cristãs”, abrindo caminho para novas repressões contra católicos.

No dia 23 de abril, na coluna da arquidiocese na Folha do Norte, dom Alberto diz que iria viajar até o Rio de Janeiro para convidar o padre Peyton a trazer a Cruzada do Rosário – outra manifestação de ruas em apoio aos golpistas. O padre norte-americano suspeito de trabalhar para o serviço de inteligência norte-americano, CIA, seria, depois, anualmente homenageado pelos governos do ciclo militar.

Monsenhor Faustino de Brito – Dom Alberto diz na coluna da arquidiocese publicada pela Folha do Norte, no dia 21 de abril, que designou o monsenhor, vigário da Catedral, na Marcha da Família, com Deus pela Liberdade, para “interpretar o sentimento da população católica”. O discurso do religioso é programado para encerrar a marcha, diante da Basílica de Nazaré, como mostra a própria Folha do Norte, numa ampla cobertura, no dia seguinte, 22 de abril.

Diante da multidão reunida pelos golpistas, ele faz um discurso violentíssimo, tripudiando sobre os estudantes e sindicalistas que estavam presos. Diz que se os militares não tivessem salvado o Brasil do regime comunista, as igrejas seriam transformadas em estrebarias e as freiras violentadas. Chama o comunismo de “flagelo de Deus”, e “baba pestilenta da traição a Deus e à Pátria”. Quando o religioso acabou de falar, as portas da basílica foram abertas para acolher os manifestantes. Quinze anos depois, monsenhor Faustino renegaria aquilo que ele havia dito então, numa matéria publicada pelo jornal O Estado do Pará, no dia 8 de abril de 1979.

Cônego Ápio Campos – Escreveu dois artigos na Folha do Norte. No dia 19 de abril era “A Igreja entre dois mundos”, e, a 26 de abril, “Descomunização”, adotando uma posição ambígua e desagradável, como ele dizia seria a da própria Igreja Católica, caso a instituição tivesse de se definir politicamente. Ao mesmo tempo em que parecia compreender a posição dos padres que estavam sendo perseguidos pelos militares, considerava a “descomunização” do país uma tarefa necessária. Isto num momento em que membros da Igreja Católica, engajados na luta por Justiça Social, estavam presos e eram apresentados à opinião pública como comunistas.

Avelino Henrique O radialista apresentado por Jarbas Passarinho no seu livro “Na Planície” como um dos colaboradores dos grupos clandestinos de civis golpistas de Belém, atuou como apresentador dos oradores da Marcha da Família, com Deus, pela Liberdade, segundo a Folha do Norte, edição de 22 de abril

Coronel José Lopes de Oliveira (“Peixe Agulha”)O homem de confiança de João Goulart, nas Forças Armadas na Amazônia, como o presidente teria confidenciado a Benedito Monteiro (dito no livro do escritor, “Transtempo”), surpreendeu os universitários reunidos na sede da União Acadêmica Paraense, na avenida Governador José Malcher. No dia 2 de abril invadiu a sede da UAP, numa operação de guerra, comandando pelotões da polícia do Exército que portavam fuzis metralhadoras, lança-chamas e cassetete. Com a invasão até um “teatro de bolso” dos estudantes foi destruído. Isto está numa matéria de página inteira em O Estado do Pará, ¾ de junho de 1979, com o título “A esquerda de sonhadores acabou no tapa”.

Pedro Galvão. Era o presidente da União Acadêmica Paraense. Foi preso, na invasão da sede da sua entidade (O Estado do Pará, ¾ de junho de 1979).

Rui Barata – Advogado e professor da Faculdade Filosofia da Universidade do Pará, foi preso na casa de um parente na Braz de Aguiar, no dia 2 de abril. A Folha do Norte noticiou sua prisão no dia 3 de abril. Em outra matéria, de 15 anos depois, Barata revela que em 1964 houve tortura do “pessoal que foi preso na orla marítima”, e ficou sob responsabilidade da Marinha. Disse então: houve “muita pancada, muito choque elétrico, muito pau-de-arara”. E concluiu: “Quem sofreu tortura foi gente anônima da beira do cais” (O Estado do Pará, 2 de abril de 1979)

Cláudio Dias  – Apresentado como o pecuarista que foi “um dos mentores” do golpe no Pará, pelo O Estado do Pará, numa reconstituição feita pelo jornal em 1979 (edição de 8 de abril). Nesta matéria, o pecuarista fala dos contatos dos que os fazendeiros do Pará mantiveram permanentemente com os de outras regiões do país e revela: “percebi que todos os fazendeiros estavam se armando e distribuindo armas por todas as suas propriedades para serem usadas na eventualidade de termos que enfrentar as esquerdas organizadas da época”. Revela também que entregou um relatório completo sobre os principais líderes  esquerdistas do Pará no Quartel General da  8ª Região Militar, de Belém. Diz que fazia reuniões diárias na sua casa para conseguir adesões “e estabelecermos o plano final para o levante”. Entre os conspiradores, ele mencionou “Jarbas Passarinho, Alacid Nunes, Clóvis Morais  Rego, José Alberto Couto da Rocha, Laércio Franco”. Por fim, acrescentou: “Concomitantemente nossas esposas organizavam junto à Igreja a famosa marcha por todos conhecida como ‘Deus pela família’”.

Juiz Levy Hall de Moura  O juiz, colega de faculdade e amigo da educadora Maria Anunicada Chaves e irmão do desembargador Sílvio Hall de Moura, foi preso na comarca da Conceição do Araguaia, segundo a Folha do Norte, de 11 de abril. No dia seguinte, dia 12, o mesmo jornal trazia uma grave ofensa a ele numa matéria intitulada “Juiz comunista não merece fé”. Nela o jornal dizia que Evandro do Carmo, primo do governador e secretário de Segurança Pública, tinha recebido um ofício de Levy pedindo providências contra o delegado de polícia de seu município, que estava cometendo atos de extrema violência. O ofício, segundo o jornal, mereceu um um despacho do secretário, no qual ele afirmava que juiz comunista não merece fé, e que Levy era um “péssimo elemento que envergonha a toga, que veste, desmoralizando com seus atos a soberania da Justiça”.

Hélio GueirosComo já vimos, ele tinha viajado com o então governador do Pará para assistir à posse do general Castelo Branco. Em 15 de abril, O Liberal anuncia na capa a cassação do mandato do deputado Benedito Monteiro, pela Assembleia Legislativa, numa sessão que tinha sido transmitida por todas as rádios da cidade. Benedito, naquele momento tentava escapar com vida, nas matas próximas de Alenquer, de uma perseguição movida contra ele por uma patrulha que tinha ordens para matá-lo. Seu pai tinha sido detido.

Benedito, na condição de líder do Partido Trabalhista Brasileiro, aliado do PSD, havia servido ao governo de Aurélio do Carmo, como Secretário de Obras e chegara a viajar com ele e com o líder do governo na Assembleia Legislativa, Hélio Gueiros, à Tchecoslováquia, conforme o livro “Transtempo”.  Hélio era também o diretor de O Liberal, naquela fase pré-Rômulo Mariorana. Esquecido de tudo isto, Hélio, segundo o jornal que ele mesmo dirigia, naquela sessão, “em nome da maioria disse que a Assembleia Legislativa estava  agindo corretamente eliminando de seus quadros um elemento que não escondia, sua crença na ideologia comunista, e portanto subversiva, ao regime democrático”.

Na mesma edição, também na capa, Hélio era elogiado num longo artigo assinado apenas com as iniciais C. R. O autor chamava-o de “jovem e brilhante” líder do PSD, “cuja pena de jornalista jamais se arreceiou de profligar as manobras em que se distendiam sobre a nação os tentáculos do polvo vermelho que quase nos chega a estrangular”. Seu discurso na sessão de cassação é classificado no artigo de  “vibrante, exato e fiel aos postulados, do regime e da lei”. O artigo aparentemente visava reduzir as resistências que Hélio encontrava entre os comandantes do golpe militar, apesar de seu empenho em agradá-los.

Quando O Liberal noticiou a intervenção militar nas secretarias do governo de Aurélio do Carmo, no dia 25 de maio, e, quatro dias depois, a recusa do então governador de depor na Comissão de Investigação Sumária, chefiada pelo general Bandeira Coelho, Hélio foi chamado pelo telefone para conversar com o coronel José Lopes de Oliveira, no quartel do Exército. Chegando lá recebeu ordem de prisão, a qual se prolongou por sete dias, seis dos quais ele ficou em regime de incomunicabilidade (O Liberal, edições de 2, 6 e 8 de junho). No dia 7, ele foi libertado. No dia seguinte, 8, Aurélio teve seu mandato cassado. Dois dias depois (10), o jornal dirigido por Hélio saía com esta manchete: “O PSD do Pará apoia o nome de Jarbas Passarinho ao Governo”. E em uma de suas páginas internas registrava, em outra matéria, os “Novos cumprimentos a Jarbas Passarinho”.

Aurélio do Carmo – Considerado um governador democrata, capaz de atender em audiência, no palácio do governo, até os jovens representantes dos alunos secundaristas de Belém, embora sempre fosse acusado por eles de ser corrupto, fez o que pôde para ser aceito pelos golpistas entre 1º de abril até 8 de junho quando foi cassado. Foi assistir a posse de Castelo Branco, mandou rezar missa por ele na catedral, publicou anúncio oficial nos jornais apoiando o golpe, e, sobretudo, colocou sua polícia para perseguir e prender quem os golpistas quisessem afastar da vida pública.

Nada disto adiantou. Mas saiu com dignidade do seu cargo. Recusou-se a ceder às imposições do general Bandeira de Coelho, que queria humilhá-lo fazendo-o depor perante a comissão que ele chefiava. No dia 29 de maio, O Liberal trazia como manchetes duas frases suas: “Resistirei às baionetas no meu peito”, e “Recuso-me a depor. Não sou réu. Só tenho de prestar contas ao legislativo”.  

Gerson Peres. Foi o único deputado a ensaiar a se preocupar com o direito de defesa de Benedito Monteiro, na sessão de cassação de seu mandato na Assembleia Legislativa, embora tenha proposto algo completamente inexeqüível: que Benedito fosse convocado através de edital a se manifestar. Mesmo não tendo sido ouvido, terminou votando a favor da cassação (O Liberal, 15 de abril). Foi visto acompanhando a Marcha da Família com Deus pela Liberdade pelo colunista Odacyl Catette, que registrou isto, em O Liberal, 22 de abril.   

João Reis – Era o vice-líder da bancada de deputados liderada por Benedito Monteiro, a do PTB. Comensal da casa de Benedito, liderou seus companheiros de partido na traição a ele. Todos aprovaram a sua cassação, assim como Dionísio Bentes de Carvalho, que presidiu a sessão da Assembleia Legislativa, Álvaro Kzan, José Maria Chaves, Geraldo Palmeira, Gérson Peres, Flávio César Franco, João Reis e mais 28 deputados não identificados. (O Liberal, 15 de abril). Dois dias depois, (17), a Folha do Norte revelou que cada deputado recebeu por aquelas poucas horas que durou a sessão de cassação – convocada extraordinariamente, de modo desnecessário – mais do que ganhava num mês.

Ana Diniz – Jovem aluna de colégio católico, respeitada no movimento estudantil por sua inteligência precoce, foi presa acusada de contribuir com o Movimento de Educação de Base, comandado, no Pará, pelo padre Aloísio Neno. A Folha do Norte desrespeitou também sua privacidade ao noticiar sua prisão, de modo falseado, no dia 19 de abril, em matéria de título “A jovem de 17 anos era comunista”, na qual revelava seu endereço completo.

Discussão

5 comentários sobre “A história na chapa quente (119)

  1. Essa chapa é quente, mesmo. Retrata a covardia de muitos ‘santos’ da época, lutando para se bem posicionarem em um governo de golpe, enquanto outros eram perseguidos, sem direito de defesa e nem de compaixão.
    O que levou a esse quadro de horrores?

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    Publicado por JAB Viana | 4 de maio de 2017, 09:26
  2. Nossa história do Pará e do Brasil é feita de covardia, oportunismo, esperteza, incompetência e muita canalhice. Exemplos? Adesão do Pará à independência do Brasil e a Cabanagem.

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    Publicado por JAB Viana | 4 de maio de 2017, 13:49
  3. Coimbra tem uma boa coluna no Diário escrevendo sobre interessantes assunto.
    O livro 77 anos de CREA-PA Os 4 séculos de exercício das suas profissões é um excelente livro que fala não só sobre a profissão de engenheiros no Pará, mas como um todo na construção da cidade, edificações em geral, formas construtivas, principais edificações, organização urbana, e planos urbanísticos, principais edificações, construções navais, personalidades, influencias militares, politicas e religiosas ao longo de seus quatrocentos anos de existência. É um livro que gostei muito é que vai além da temática dos princípios da engenharia na região, pena que não foi muito divulgado e estigmatizado como restrito a uma profissão. Não que fale de tudo, mas abrange um bom panorama da cidade.

    Há muitos livros que falam sobre a ditadura no Pará. A série do Alfredo Oliveira, alguns relatos de Rui Barata, Pedro Galvão, Paes Loureiro e dos comunistas que sofreram coma as perseguições. Ou mesmo a humilhação Jocelyn Brasil.
    Ainda que as tramas pareçam centrar em fatos como o posição firme de Dom Alberto Ramos a favor dos militares, culminando na invasão a UAP e cassação de Benedito Monteiro acho que deve ser um bom livro para as pessoas conhecerem e debaterem mais o que houve.

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    Publicado por Fabrício | 3 de julho de 2017, 17:00

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