Quatro das cinco maiores empresas com sede no Pará são controladas pela norueguesa Norsk Hydro. A maior delas, segundo o ranking divulgado pelo jornal Valor, de São Paulo, é a Hydro Alunorte, que produz alumina em Barcarena.
Em 2015 ela foi a 92ª maior do Brasil, caindo para 96ª no ano passado, com receita líquida de 5,7 bilhões de reais e lucro líquido de quase R$ 800 milhões.
A segunda maior do Estado e a 220ª do país (era a 193ª em 2015) é a Albrás, que produz alumínio metálico também em Barcarena. Faturou 2,8 bilhões, com lucro líquido de R$ 60 milhões.
A quarta é a Mineração Rio do Norte, que extrai bauxita em Oriximiná. É a 387ª maior empresa brasileira (foii a 342ª em 2015), com receita líquida de R$ 1,3 bilhão e lucro de R$ 430 milhões.
A quinta é a Hydro Paragominas, que lavra bauxita. Foi a 439ª no ano passado (426ª em 2015), com receita líquida de R$ 1,2 bilhão e lucro de R$ 195 milhões.
Assim, o faturamento líquido somado das quatro empresas com controle acionário da Norsk Hydro foi de R$ 11 bilhões em 2016, com lucro líquido de R$ 1,5 bilhão.
A única empresa realmente local no meio delas é o grupo Líder, o único a conquistar posições no período (de 299º para 256º), com receita líquida de R$ 2 bilhões (mas não declarou liu lucro líquido).
O Pará se toprnou um pouco norueguês, sem os paraenses perceberem.
Entretanto, estas empresas todas devem ser gerenciadas por brasileiros, dada a precariedade das ações de responsabilidade social e ambiental que elas dizem desenvolver. Estão mais para padrões sub-saharianos do que padrões noruegueses.
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Desses bilhões, quanto fica para o povo do Pará?
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pois é, e a Helga, numa desfaçatez, ainda , como diz o cabloco, “escroteou” o Temer, sobre a política ambiental do presidente
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digo é Erna, não Helga
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Caro Edyr, das cinco empresas, somente o Líder não exporta. As outras, que atuam na extração de minérios, faturam no exterior e não contribuem para a arrecadação do principal imposto, o ICMS, cobrado pelo Pará. Isso desde 1996.
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A lei Kandir, de 1996, entrou em vigor em 1997, ano da privatização da Vale, maior beneficiária da iniciativa, de um deputado paulista, que foi ministro do Collor, e era do PSDB.
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São empresas que pouco deixam de bom no Pará. Tanto a Vale como a norueguesa empregam apenas pessoal capacitado e de fora do Estado, mas funcionam como ímã de atração de migrantes desempregados e sem qualificações profissionais adequadas às mineradoras e à região, que acabam engrossando os contingentes de excluídos. Grande parte deles fluem aos acampamentos de sem terra, teto ou de outros movimentos. Nesse círculo destruidor e multiplicador de mais misérias, as famílias antes pobres, são destroçadas em suas concepções originais, sendo que parte acaba cooptada pelo narcotráfico, outro pela prostituição ou escravidão em suas mais variadas formas, sem falar nos efeitos negativos que essa gama de tragédias humanas causa sobre a cultura das regiões e seu meio ambiente.
Ficam uns royalties ínfimos mal investidos pelo Estado e Prefeituras, que queimam dinheiro em gastanças sem controles sociais e institucional; devastação e buracos, além da sensação que somos idiotas e estamos sendo roubados.
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