Um ator de cinema de Hollywood de 26 anos convidou um adolescente de 14 para uma festa em seu apartamento. No final da noite, embriagado, colocou o jovem sobre sua cama e se pôs em cima dele. O rapaz conseguiu escapar da situação e fugiu.
Esse fato, de 32 anos atrás, está sendo usado contra Kevin Spacey, de 58 anos. Ele admite o que aconteceu e imediatamente pediu desculpas a Anthony Rapp, que está com 46. Kevion garantiu que não lembrava do episódio, mas admitiu que, embriagado, teve um comportamento “profundamente inapropriado”.
Fim de história? Não. Um dos melhores atores contemporâneos e uma das mais premiadas séries de televisão, a House of Cards, estão ameaçados por esta revisão inqusitorial e o ímpeto punitivo dos Torquemadas politicamente corretos.
A produção da sexta e última temporada de uma das mais profundas abordagens da política no império americano está suspensa, até segunda ordem, ao crepitar da fogueira dos inquisidores. Spacey, com interpretações memoráveis no currículo, teve que admitir publicamente, pela primeira vez, ser homossexual.
Vamos precisar de um novo Petrônio, em edição revista e atualizada, para, na versão americana de Sairicon, vergastar o puritanismo esnobe e farisaico das elites? Gay, abusador e ator, talvez Kevin Spacey fosse melhor presidente para os Estados Unidos do que Donald Trump. Ao menos ele admite seus erros, ainda que nem com isso faça parar a máquina insensata do revisionismo estúpido e da falsa moral dos caçadores de incidentes históricos.
Exato. Quem está atacando o ator é o planeta Hollywood e o universo lgbtqwxyz.
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Bons-costumes, pois!
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A propósito, segundo terceiros, o pt, via Humberto Costa, vai propor a limitação do YouTube e do Google.
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O Estados Unidos sempre foi assim. Moralista por fora, mas sacana por dentro. O Brasileiro era o inverso: sacana por fora, mas moralista por dentro. Agora tudo indica que o brasileiro está se tornando norte-americano. O risco maior seria se tornar sacana por dentro e fora. Felizmente, esta personalidade parece ter ficada restrita aos políticos. Serâ?
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O brasileiro é filho do estupro, praticado desde a invasão destas Terras sob a tutela da educação jesuíta.
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Pena que não deram certo as invasões franco-batavas.
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Ficaria pior. Basta ver a Indonesia, o Suriname, a Guiana Francesa e vários outros paises ex-colônias espalhados pelo mundo.
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Eu conheço o Surinam. Tirando o Bouterse, o país é muito interessante. Pobre, é verdade, mas sem a violência tupiniquim. A Guiana Francesa eu não conheço mas todo mundo que atravessa o Oiapoque diz que a diferença é da água pro vinho. Sobre a Guiana é ruim mesmo mas foi colônia britânica. A propósito do post, pegaram o Dustin Hoffman.
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Pois é..Suriname é um pais narco, controlado por um ditador, cuja unica aliança importante é com a Guiné Equatorial. A unica coisa que se produz é bauxita e o dinheiro vem todo de fora via repatriação de recursos dos expatriados que vivcem na Holanda. A Guiana Francesa ainda é colônia. Vive de subsidios da corte.
País bom para comparar é Madagascar, um pais que já foi rico em biodiversidade e que hoje parece mais a lua de tanta erosão. Ou a Indonésia, que nunca conseguiu se estabilizar depois das confusões que os holandeses fizeram por lá.
Eta..a lista é longa demais.
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Que tal esticá-la?
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Hipocrisia no país que é o maior produtor de pornografia do mundo.
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Não é não, Edyr. É os EUA. Aqui a gente só vulgariza ainda mais o “negócio”, para torná-lo um deboche.
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Não existe pornografinômetro. De todo modo, a moral ainda é (extremamente) importante. Exemplo? Vamos extinguir as polícias e todos podem matar e roubar. Assim acabam-se com dois dos mandamentos moralistas da cultura judaico-cristã. Alguma sociedade moderna sobreviveria a isso? Portanto a praga moralista deve ser ampliada, já que a ruína da sociedade pós-moderna vem justamente da relativização daquela.
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