A Ferrogrão, a ferrovia projetada para ligar Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, a Miritituba, no Tapajós, teria sido um dos temas da conversa que o presidente mundial da Cargill, Dave MacLennan teve, na semana passada, em Davos, na Suíça, durante o Fórum Econômico, com o presidente Michel Temer.
A condição inicial para mais investimentos da multinacional americana no Pará no escoamento de grãos pela Amazônia seria a definição de um marco regulatório para a infraestrutura. O que pode significar mais vantagens para a empresa assumir o projeto da ferrovia. Mas a Cargill também quer que seja concluída a pavimentação da rodovia Santarém-Cuiabá, que complementaria o fluxo ferroviário.
Traduzindo: vem mais soja por aí. A cultura já ocupa quase 4% da área do Brasil.
Tanta soja para suprir a demanda chinesa. É o Brasil se afundando cada vez mais no extrativismo. A agricultura (incluindo pecuária) usa quase 30% do território nacional e produz menos de 11% do PIB. As contas não fecham. Se incluirmos os custos ambientais diretos e indiretos de tal atividade, então a sociedade brasileira está praticamente subsidiando a comida dos porcos chineses. Somos muito altruístas mesmo..Quem diria, estamos erodindo o nosso patrimônio natural para subsidiar o fome zero dos porcos chineses. Que maravilha!
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