Babu foi a personagem da primeira busca de gata desaparecida pela internet., ao menos em Belém do Pará, aparecendo em Facebook, twitter e quetais, além de circular vrbalmente intramuros domésticos.
Na segunda-feira ela evadiu-se da propriedade dos seus amigos, vizinhos de fundos extensos (os quintais, evidentemente). Dois dias depois, ao fechar minha biblioteca, deparei-me com ela. Inutilmente tentei tirá-la do local. Desisti ao ver que um dos volumes da obra completa de Balzac estava sobre a mesa, aberto. No dia seguinte, sua dona (posso ainda usar a expressão sem ofender o politicamente correto em zoologia?) apareceu, aflita, à cata da jeitosa felina. Mesmo sob o chamado carinhoso da amiga do peito, Babu insistia em continuar na biblioteca,.
Não chamei a Força Nacional. Coloquei um prato com água no chão. Com olhar pressuroso voltado para a Comédia Humana, ela desceu do alto da estante e aninhou-se no regaço querido da companheira – e se foi de voltar ao lar, doce lar. Assim se encerrou sua jornada rebelde. Docemente rebelde. Parecia que estávamos na gostosa Belém de outrora, de modorrentos animais domésticos (sem o formalismo dos pets e o excesso das babás) e de boa vizinhança.
2 comentários sobre “A doce Babu e a Belém de outrora”
Dá para fazer um conto. Se não me engano, “Doce Babu” era como uma das meninas chamava Charlie Brown ou Linus, apaixonadamente. Mas isso faz muito tempo…
Dá para fazer um conto. Se não me engano, “Doce Babu” era como uma das meninas chamava Charlie Brown ou Linus, apaixonadamente. Mas isso faz muito tempo…
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Sou leitor de muitos anos do Schulz. Não me lembro desse detalhe. Dá um conto, sim. Quem se habilita?
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