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Polícia, Política, Segurança pública, tráfico de drogas, Violência

Contradição grave

Trecho de matéria que O Liberal publicou ontem, sobre a chacina de domingo, 19, com a morte de 11 pessoas, no Bar da Wanda, no bairro do Guamá, em Belém:

“Foi o tenente-coronel Jorge Wilson de Araújo, um dos primeiros oficiais da Polícia Militar a chegar ao local, quem afirmou, ainda na tarde de domingo, que o bar era um ponto bastante conhecido da polícia para uso de entorpecentes e possuía rotas de fuga, o que dificulta o trabalho da polícia. ‘Já fizemos vários levantamentos aqui’, atestou. ‘Se vocês adentrarem, vão perceber que há várias rotas de fuga e por isso a gente nunca conseguia ter êxito nas prisões. Então o bar realmente é uma fachada e é utilizado para o consumo de drogas'”.

Trecho de matéria de O Liberal de hoje:

“Sobre a atuação anterior da Polícia Militar na área onde os assassinatos ocorreram, o comandante geral da PM, coronel Dilson Melo Júnior, disse que a instituição não tinha conhecimento de atividades ilícitas no estabelecimento até o dia do crime. Até o momento da chacina, explicou, não estava de posse da PM a informação de que o bar era um ponto de venda e uso de drogas. ‘O bar já havia sido fechado por poluição sonora, por perturbação do sossego, mas nós não tínhamos essa informação de que lá seria um ponto de venda de drogas, até porque, se tivéssemos, teríamos autuado’, garantiu”.

Num dia, um oficial superior da PM diz uma coisa. No dia seguinte, seu comandante o desmente por inteiro, sem se referir ao subordinado. Vai ficar por isso mesmo ou o comandante da Polícia Militar vai instaurar sindicância para que o tenente-coronel apresente as suas informações, de conhecimento negado pelo seu superior?

A contradição é grave. Exige uma providência oficial imediata.

Discussão

3 comentários sobre “Contradição grave

  1. mais do que uma contradição, através de alguns dos seus membros, o que é o estado senão, a negação da humanidade?

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    Publicado por felipe puxirum | 22 de maio de 2019, 16:18
  2. Realmente, uma contradição importante. Sabedora a Polícia Militar de um “ponto de droga” no tal bar, poderia esse fato induzir que a chacina poderia ter a participação de policiais militares. Negação providencial do comandante!

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    Publicado por George Hamilton Maranhão Alves | 22 de maio de 2019, 22:24
  3. É a surrada piada: no fim da rua há uma “boca de fumo” que só as autoridades não sabem da existência dela?

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    Publicado por Luiz Mário | 23 de maio de 2019, 12:21

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