Há algum tempo uma das principais fontes de angústia na minha vida é o jornalismo, meu ofício há 53 anos, iniciado aos 16 anos de idade e praticado com intensidade e paixão ininterruptas desde maio de 1966. Por várias vezes anunciei o fim do Jornal Pessoal ou deste blog, mas acabei voltando atrás e retomando o exercício da profissão. Infelizmente, porém, essa capacidade de renascer se exauriu. Meu médico voltou a me advertir que a composição de stress com ansiedade e angústia, que me dominam, é um veneno para um parksoniano, conforme fui diagnosticado.
Tenho tentado reduzir esses componentes, ao mesmo tempo genéticos, efeitos da função que exerço ou resultados da minha formação, mas os efeitos são inevitáveis no jornalismo crítico que pratico, especialmente num ambiente de extremismos, irracionalidades e absurdos, como o que estamos vivendo. Só há uma saída: suspender o jornalismo cotidiano, de linha de frente, de front mesmo. É o que faço neste momento, com profundo pesar, mas certo de ser a única maneira de conter o avanço acelerado da doença, como tem ocorrido recentemente.
Continuarei alimentando os outros blogs e utilizando este para inserir matérias que estão fora do universo digital, recuperando informações úteis que podem se perder. Talvez mantenha o Jornal Pessoal mensalmente. Espero contar com a compreensão e o acompanhamento dos leitores mais fieis.
Estava ausente, ao retornar fiquei, deveras, consternado quando li a nota sobre a complicação do teu padecimento físico que irá influir na tua produção intelectual. Espero que essa interferência seja indolor, bem lenta, ainda que o restabelecimento seja de longo prazo. O Napoleão Mendes de Almeida, no seu livro Dicionário de Questões Vernáculas, cita a expressão latina Mens agitat molem (do poema épico ENEIDA, de Virgílio), que significa “O espirito move a matéria”. Ele, o autor, comenta que o poeta, com essa frase, quis dizer:”ao mesmo tempo que atribui ao espirito superioridade, distingue-o da matéria”. Como sou parte integrante do teu imenso bloco de seguidores e admiradores, não desejo que o espirito seja tão somente superior à matéria, mas também que interfira na sua regeneração. Um grande abraço
Que Deus o abençoe sempre. Sua contribuição ao longo desses anos é quase comparada a uma missão sagrada. Eu me decepcionei muito com a profissão, muito embora quase nada tenha feito, mas VC foi um dos poucos que me encorajaram em acreditar. Se tiver a oportunidade gostaria de vê- lo pessoalmente, moro atualmente em Portugal e estarei no Brasil em agosto deste ano. Deixo meu apreço e votos de sua recuperação. Um abraço!
Já és imortal, não será a falta motora de teclar que irá abater um dos maiores heróis vivos da Amazônia. Há como fazer um blog falado, o you tube está ai para continuação da saga.
Meu caro Lúcio. Fica certo de que teu afastamento do bom combate pelo jornalismo não significa renúncia. Tampouco derrota. À hora devida temos todos q recuar. É o “memento mori” do Triumphus Romanus. Saúde.
Caro amigo-irmão, Lúcio Flávio!
Existem pessoas especiais que felizmente fazem parte integrante de nossas vidas. Às vezes até passamos longo tempo sem vê-las. Mas conforta sabermos que elas permanecem lá, firmes, fortes, sempre alertas e dispostas à luta pelos seus ideais, crenças e convicções. Prontas “a socorrer, a amar, a morrer se for preciso”. Possuem essa estranha virtude de se doar pelos seus semelhantes. Nunca desistem, mesmo diante das adversidades da própria vida ou mesmo das poderosas forças do mal. Não se dobram; possuem uma têmpera incomum, dotada de firmeza de caráter que as impede de recuar na defesa dos mais fracos ou injustiçados. Elas já nascem assim ( forçoso reconhecer) e carregam consigo esse irrenunciável dever que não raro lhes impõe sofrimento, embora procurem esconder dos outros esse sofrimento. Representam para nós uma espécie de símbolo de otimismo e esperança na humanidade. E você, meu querido amigo, Lúcio -lamento dizer-lhe- é uma dessas pessoas! Com a minha indisfarçável admiração e um afetuoso abraço!!!
Lúcio, és para mim um exemplo de honestidade, integridade, honradez, fidelidade às suas convicções, profissionalismo e um herói defensor da Amazônia. Posso ter tido alguma divergência de idéias mas nunca deixei de respeitar a sua inteligência e a defesa de suas idéias. É com tristeza que recebo a noticia de sua enfermidade e de suas agora limitações físicas. Acho que desde a 1° vez que o vi em uma palestra, na UFPa em fins dos anos 1990, que tenho por você essa admiração anônima e sincera. Continuarei sendo leitor do blog, do Jornal Pessoal ou de qualquer outro veículo que você continuar mantendo.
Desejo do fundo do coração o melhor pra você, que você possa manter uma vida plena, tranquila, da forma como uma pessoa da sua grandeza e humildade merece.
Manifestações como a sua, caríssimo Gleydson, me têm levado às lágrimas. Pela idade e a doença, hesito no diagnóstico? Alzheimer ou emoção? Felizmente, dose cavalar de emoção e ternura, essências oleosas que mantêm meu corpo em funcionamento. Obrigado.
Estava ausente, ao retornar fiquei, deveras, consternado quando li a nota sobre a complicação do teu padecimento físico que irá influir na tua produção intelectual. Espero que essa interferência seja indolor, bem lenta, ainda que o restabelecimento seja de longo prazo. O Napoleão Mendes de Almeida, no seu livro Dicionário de Questões Vernáculas, cita a expressão latina Mens agitat molem (do poema épico ENEIDA, de Virgílio), que significa “O espirito move a matéria”. Ele, o autor, comenta que o poeta, com essa frase, quis dizer:”ao mesmo tempo que atribui ao espirito superioridade, distingue-o da matéria”. Como sou parte integrante do teu imenso bloco de seguidores e admiradores, não desejo que o espirito seja tão somente superior à matéria, mas também que interfira na sua regeneração. Um grande abraço
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Muito obrigado, Rodolfo. Poder debater com você em alto nível tem sido uma graça para mim.
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Melhoras,meu caro amigo,jornalista! ________________________________
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Obrigado, Marcelo.
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Que Deus o abençoe sempre. Sua contribuição ao longo desses anos é quase comparada a uma missão sagrada. Eu me decepcionei muito com a profissão, muito embora quase nada tenha feito, mas VC foi um dos poucos que me encorajaram em acreditar. Se tiver a oportunidade gostaria de vê- lo pessoalmente, moro atualmente em Portugal e estarei no Brasil em agosto deste ano. Deixo meu apreço e votos de sua recuperação. Um abraço!
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Quando chegar, me mande um aviso para marcarmos essa conversa. Muito obrigado pelo apoio.
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Já és imortal, não será a falta motora de teclar que irá abater um dos maiores heróis vivos da Amazônia. Há como fazer um blog falado, o you tube está ai para continuação da saga.
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É verdade, Tarcício. A gente morre um pouco para renascer mais um pouco. O que não pode é desistir dos compromissos da consciência. Obrigado, amigo.
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Meu caro Lúcio. Fica certo de que teu afastamento do bom combate pelo jornalismo não significa renúncia. Tampouco derrota. À hora devida temos todos q recuar. É o “memento mori” do Triumphus Romanus. Saúde.
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Memento dos vivos, caro amigo. Obrigado.
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Caro amigo-irmão, Lúcio Flávio!
Existem pessoas especiais que felizmente fazem parte integrante de nossas vidas. Às vezes até passamos longo tempo sem vê-las. Mas conforta sabermos que elas permanecem lá, firmes, fortes, sempre alertas e dispostas à luta pelos seus ideais, crenças e convicções. Prontas “a socorrer, a amar, a morrer se for preciso”. Possuem essa estranha virtude de se doar pelos seus semelhantes. Nunca desistem, mesmo diante das adversidades da própria vida ou mesmo das poderosas forças do mal. Não se dobram; possuem uma têmpera incomum, dotada de firmeza de caráter que as impede de recuar na defesa dos mais fracos ou injustiçados. Elas já nascem assim ( forçoso reconhecer) e carregam consigo esse irrenunciável dever que não raro lhes impõe sofrimento, embora procurem esconder dos outros esse sofrimento. Representam para nós uma espécie de símbolo de otimismo e esperança na humanidade. E você, meu querido amigo, Lúcio -lamento dizer-lhe- é uma dessas pessoas! Com a minha indisfarçável admiração e um afetuoso abraço!!!
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Somos os amigos que somos porque trocamos admiração, respeito e carinho entre nós. É um patrimônio valioso tê-lo ao lado, Carlos.
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Lúcio, és para mim um exemplo de honestidade, integridade, honradez, fidelidade às suas convicções, profissionalismo e um herói defensor da Amazônia. Posso ter tido alguma divergência de idéias mas nunca deixei de respeitar a sua inteligência e a defesa de suas idéias. É com tristeza que recebo a noticia de sua enfermidade e de suas agora limitações físicas. Acho que desde a 1° vez que o vi em uma palestra, na UFPa em fins dos anos 1990, que tenho por você essa admiração anônima e sincera. Continuarei sendo leitor do blog, do Jornal Pessoal ou de qualquer outro veículo que você continuar mantendo.
Desejo do fundo do coração o melhor pra você, que você possa manter uma vida plena, tranquila, da forma como uma pessoa da sua grandeza e humildade merece.
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Manifestações como a sua, caríssimo Gleydson, me têm levado às lágrimas. Pela idade e a doença, hesito no diagnóstico? Alzheimer ou emoção? Felizmente, dose cavalar de emoção e ternura, essências oleosas que mantêm meu corpo em funcionamento. Obrigado.
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Essa sua despedida já está virando um novela mexicana sem sinais de chegar a um fim!
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Lúcio, força, rapaz….tua luz continuará forte. Abraço do extadao Daniel Pereira.
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Obrigado, Daniel.
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Melhoras, Flávio.
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Obrigado.
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