O ano está chegando ao fim e foi inútil a campanh para evitar que a cultura servisse de biombo para a prática da “rachadinha” no Pará, através das emendas parlamentares. Deputados estaduais não identificados nos atos públicos destinaram milhões de reais do erário a artistas individuais e grupos artísticos, em geral completamente desconhecidos, pagando-lhes cachês muito acima do padrão do mercado onde atuaram.
A compra de livros para bibliotecas municipais foi outro estratagema desses parlamentares, que transformaram suas emendas num cheque ao portador, sem que a intermediária na transação, a Fundação Cultural do Pará, se lembrasse da sua razão de existir. A cultura oficial virou moeda de troca no jogo político e de interesses pessoais. Todos de olho na eleição municipal de 2020.
A audácia dos sacadores de dinheiro do tesouro estadual não teve limites, nem neste encerramento de exercício. Nada menos do que 680 mil reais foram para a Associação Beneficente e Esportiva Arte Suave (uma OSC) promover o “Fim de ano musical” na Marambaia e em Ananindeua. Por que esta entidade? Por que este evento? Não interessa: a emenda parlamentar é intocável, tem poder absoluto na área cultural.
Outros R$ 200 mil foram destinados à Associação Cultural do Pará WJ Produções Artísticas (outra Organização da Sociedade Civil) promover seu Projeto Divas do Pará, no Parque de Exposição de Castanhal.
E assim 2019 se vai e 2020 chega. Resta ao contribuinte bater o bumbo.
daqui há pouco está chegando o retardado que usa números no nickname chamando o Bozo de mito.
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