Ao reafirmar como posição do seu governo isolar apenas as pessoas do grupo de risco do coronavírus e liberar as demais para retornar às atividades normais, o presidente Jair Bolsonaro admitiu que se essa política não der certo, o resultado cairá no seu colo.
O raciocínio faz pensar em frase semelhante do então presidente Lula, ao reagir às críticas feitas às duas hidrelétricas do rio Madeira, em Rondônia (Santo Antônio e Jirau), que, entre outros problemas, iriam prejudicar a reprodução de peixes. Ele usou a mesma metáfora: não aceitava jogarem bagres no seu colo.
Convenhamos que o que cairá no colo de Bolsonaro se a covid-19 continuar a se multiplicar, contagiar, hospitalizar e matar pessoas, incrementando essa incidência com o isolamento vertical, seletivo,será muito mais do que bagres. Será uma bomba capaz de devastar o Brasil. E reduzir a pó o significado de Bolsonaro na história nacional.
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