A Secretaria de Cultura do Estado inaugurou, neste fim de semana, o que classifica como sendo “a segunda fase de revitalização do Memorial da Cabanagem”. Na cripta, foi aberta a exposição Memória Cabana e a “videoinstalação” Revolução Cabana, “junto a uma intervenção artística sobre os túmulos, com os nomes de 1.953 cabanos que participaram do levante popular”.⠀
Presumo que esses nomes foram extraídos do meu último livro, Cabanagem, o massacre, volume com 354 páginas, edição do Jornal Pessoal, inteiramente às minhas custas. Lá estão os 1.953 nomes dos presos que morreram a bordo da corveta Defensora, transformada em presídio flutuante, ancorado na baía do Guajará, em frente a Belém, e em vários hospitais da cidade. Trabalho de muitos anos de pesquisa em documentos oficiais, é a única fonte desses dados que existe.
Não fui consultado sobre a utilização dos dados, mas isso é irrelevante. Quero mesmo que as informações sejam usadas. Espero que tenha sido observado o princípio ético de citar a fonte. A Secult poderia me informar a respeito.
Realmente, não acredito que a Secut, mesmo gerenciando o Arquivo Público,tenha catalogaodo,bem época nenhuma, oara ter, de bate-pronto,a lista nominal dos cabanos, que constam do teu livro.
A inscrição desses nomes dá uma nova dimensão ao monumento, não são heróis, nem mártires, são demasiadamente humanos como os soldados oficiais. Também mataram e saquearam. Uma pena que os visitantes não saberão disso. Serão apenas nomes destinados ao mito. A história vai na direção oposta do monumento.
Realmente, não acredito que a Secut, mesmo gerenciando o Arquivo Público,tenha catalogaodo,bem época nenhuma, oara ter, de bate-pronto,a lista nominal dos cabanos, que constam do teu livro.
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O fato de não citar a fonte é grave. Seria o reconhecimento do seu trabalho por parte da SECULT.
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Vou esperar pela manifestação da Secult. O livro que escrevi é uma obra de consulta, de referência. O poder público deveria respeitá-lo.
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Lúcio, onde adquiro seu livro sobre a Cabanagem?
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Na Fox ou em bancas de jornais.
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A inscrição desses nomes dá uma nova dimensão ao monumento, não são heróis, nem mártires, são demasiadamente humanos como os soldados oficiais. Também mataram e saquearam. Uma pena que os visitantes não saberão disso. Serão apenas nomes destinados ao mito. A história vai na direção oposta do monumento.
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