O porto da Ponta da Madeira, em São Luís do Maranhão, pelo qual escoa a produção de minérios de Carajás, no Pará, liderou a movimentação de cargas entre janeiro e julho deste ano. Com 98,5 milhões de toneladas, representou 15,4% do total de carga movimentada por todos os portos brasileiros. Superou o tradicional porto de Santos, em São Paulo, que era o maior do continente. Em sete meses, por lá passaram 65,9 milhões de toneladas (10,3% do total), quase três milhões a menos.
Ponta da Madeira é concessão da Vale, que transporta a sua produção pela ferrovia de Carajás, também concessão federal da mineradora. Não surpreende então o predomínio dos terminais privados, que movimentaram 65,3% do total, com 417,3 milhões de toneladas, enquanto nos portos públicos, o volume foi de 221,4 milhões de toneladas.
Também com o porto de Itaqui, além de Ponta da Madeira, o Maranhão registrou, no período, o segundo maior movimento de cargas pelo transporte marítimo, atrás apenas do Rio de Janeiro. Nos sete meses, segundo a Confederação Nacional do Transporte, os portos brasileiros movimentaram 638,6 milhões de toneladas de produtos, 3,9% a mais do que o mesmo período de 2019.
Considerando o perfil de carga, os granéis sólidos (minérios, frutos, oleaginosas, fertilizantes etc.) lideram em volume movimentado, com 386,5 milhões de toneladas. Vêm em seguida: granéis líquidos e gasosos (combustíveis, óleos etc.), com 157,1 milhões de toneladas, cargas conteinerizadas (64,8 milhões de toneladas) e carga geral (30,2 milhões de toneladas). O perfil de um país exportador de commodities.
Na soma da carga movimentada entre 2010 e 2020, até julho, o Pará ocupa o 5º lugar, com 630 milhões de toneladas, depois do Rio de Janeiro (1,9 bilhão), Maranhão (1,75 bilhão), São Paulo (1,73 bilhão) e Espírito Santo (1,6 bilhão).
Na Amazônia, o Estado do Amazonas é o 10º (256 milhões), Rondônia o 14º (72 milhões), o Amapá o 16º (35 milhões) e o Acre o 21º (14 mil).
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