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História – O dia da farsa

(Artigo publicado na Agenda Amazônica em janeiro de 2000) A cada 15 de agosto os paraenses comemoram oficialmente a adesão do seu Estado à independência brasileira. “Comemoram” é uma expressão forçada: simplesmente a data é lembrada e lançada no livro de ocorrências, sem maior indagação, nem interesse. A rigor, pouco paraense sabe o que significou … Continuar lendo

Memória – A carne dos paraenses

Em 1968, o matadouro do Maguari abateu quase 500 mil reses, resultando em 150 mil toneladas de carne, para o abastecimento de Belém. Como a população da capital paraense estava chegando a 600 mil habitantes, dava praticamente um boi por ano per capita ou 250 quilos anuais para cada papa-chibé (tão papa carne quanto), um … Continuar lendo

Memória – Navio russo no porto

Em janeiro de 1966, o Ishevki foi o segundo cargueiro russo a aportar em Belém, um mês depois da embarcação pioneira. Descarregou 250 toneladas de adubo químico, trazido desde Riga, na então União Soviética, numa viagem de 13 dias, com duas escalas na Europa. Levou para a Rússia 50 tambores com 30 toneladas de essência … Continuar lendo

Memória – Carnaval com prêmio

Um fundo de 4,5 milhões de cruzeiros (valor da época) foi formado para financiar os prêmios para os melhores do desfile carnavalesco de Belém, em 1966. Com cotas de 500 mil cruzeiros entraram o governo do Estado, escritório Alberto Bendahan, Jóias Laura e Sabino Oliveira, Produtos Vitória (Guarasuco e Pepsi), Nelson Souza (Óleo Dora), RM … Continuar lendo

Memória – A melhor toalete

Célia Leite foi premiada com uma passagem aérea Belém-Rio-Belém, “em um dos luxuosos Caravelles dos Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul”, por haver “ostentado a melhor toalete” do réveillon Três Séculos e Meio de Carnaval, realizado na Assembleia Paraense, em 1966. Alice Serruya entregou o prêmio. O  Caravelle, um raro e lindo jato aerodinâmico, saiu de … Continuar lendo

Memória – Livro dos “vermelhos”

Em fevereiro de 1966, o tenente Bezerra de Souza e alguns investigadores da Delegacia Política e Social mereceram elogios do secretário de Segurança Pública, major José Magalhães. Haviam realizado uma missão exitosa: atendendo a um chamado da gerência local da Vasp, apreenderam cinco pacotes enviados de São Paulo pela Editora Fulgor para o coronel Jocelyn … Continuar lendo

Memória – O trote dos anos 60

Numa época em que as faculdades se espalhavam pela cidade, um pouco antes do confinamento no campus do Guamá, os estudantes universitários faziam o trote com passeatas pelo centro, sempre fazendo uma parada em frente aos jornais para serem anotadas as placas que carregavam. Em 1966, quando o regime militar ainda não endurecera de todo, … Continuar lendo

A cultura viva de Portugal

Partilho com meus leitores o prazer desta mensagem, enviada pela jornalista paraense Vilma Reis, a partir de Coimbra, onde mora. __________ Em maio de 2012 eu trabalhava na CBN de Belém e, no plantão do domingo, 13 de maio, abri o Globo e fiquei paralizada diante da capa do Segundo Caderno: “Lisboa, uma janela sobre … Continuar lendo

Márcio Souza, o cosmopolita

O escritor de primeira linha no seu lugar de direito (ou: os iguais se aproximam) (Texto publicado na edição 279, do Jornal Pessoal, de março de 2002) Márcio Souza colocou o ponto final no seu último livro, Desordem (segundo volume da programada tetralogia sobre o Grão-Pará), no Delmonico Hotel, em New York (conforme escreveu), no … Continuar lendo

Márcio Souza, o imperador da Amazônia

O escritor Márcio Souza não é um bom ator. De forma inconvincente, ele simula me desconhecer. Interrompido na aula magna que proferiu na abertura do Programa de Pós-Graduação da UFPA, me dedicou curtíssimos minutos. Começou tentando se lembrar do meu nome completo. Saiu Lúcio, depois Lúcio Flávio. A memória onomástica parou aí. Márcio se enredou … Continuar lendo