A Gelar, dos Haber, foi um dos projetos locais de melhor resultado da era Sudam. Parecia, como a Fasa, de Secundino Portela, que se estabeleceria, por sua competência, conforme o velho ditado lusitano. Mas tal não aconteceu, como na esmagadora maioria dos casos. Em 1968, a Gelar promovia o lançamento de novos sabores de sorvete e picolé, produtos que circulavam pela cidade nos carrinhos da empresa e eram vendidos nos postos autorizados.
Nosso sonho de consumo desses carrinhos era o gebol. Sorvete embalado em um recipiente em forma de bola de futebol. Época risonha e franca, ainda sem o sabor “pasteurizado” dos potes da kibom e assemelhados.
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Nunca gostei do sabor da Gelar. Bom mesmo era a Sorveteria Santa Marta. Depois apareceu o Cairu.
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Houve antes a Tip-Top, com seus 102 sabores. Inigualável.
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A Gelar vendia bem fora de Belém. Por volta de 1973, várias lanchonetes da “área de fronteira” entre Copacabana e Ipanema, vendiam Gelar pra quem não se importava em pagar um pouco mais, por algo muito melhor que os produtos da Kibon.
Eu morava bem em frente a uma dessas lanchonetes, na Raul Pompéia, e por lá tratava o banzo de Belém. Pelo que me disseram, o sorvete da Gelar era, de longe, o mais vendido, embora mais caro.
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Agora, a “memória gustativa” trouxe-me o sabor do picolé de cupuaçu, derretendo no palito!
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Boas memórias, George. Uma autêntica madeleine proustiana.
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A Gelar havia expandido para além da área metropolitana. Em Marabá, na década de 1970, havia lanchonetes com os freezers de cor amarela da Gelar, vendendo os seus gostosos picolés de açaí, cupuaçu, taperebá, dentre outros.
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