Um dos bons programas em Belém entre as décadas de 1950/60 eram os leilões de mercadorias contrabandeadas apreendidas, que aconteciam na alfândega. Eram sandálias japonesas, uísque, perfumes e até automóveis americanos. Um dos itens que mais revelava certa relação entre a repressão e o reprimido eram produtos apreendidos sem peças ou componentes essenciais.
Os próprios contrabandistas costumavam fazer essa intervenção estratégica e depois até se davam ao luxo de denunciar a muamba para ser apreendida. Só eles estavam em condições de arrematar o objeto, de muito maior valor, por terem em seu poder um elemento essencial.
Assim se deu em 1962, quando um motor Ford foi arrematado – e a preço relativamente baixo – porque estava sem algumas peças.
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