A polícia foi para frente das torrefações de café em Belém, em 17 de setembro de 1964, para fiscalizar se o acordo estabelecido na véspera com os comerciantes seria cumprido. As partes acertaram estabelecer uma cota de 500 gramas por comprador para evitar a falta do produto, em mais uma das suas crises de escassez.
O problema é que duas mil pessoas fizeram fila diante do Café Século XX, que só tinha estoque para atender a 800 delas. Começou então a confusão. Para evitar novos problemas, A Província do Pará pediu para a polícia “tomar medidas preventivas e enérgicas, providenciando cordões de isolamento para evitar invasões ou acontecimentos de maiores proporções”.
O belenense, quando tinha seu cafezinho de todos os dias, consumia produto de qualidade inferior ou adulterado. O melhor seguia por contrabando para as Guianas ou era manipulado por especuladores. A história do abastecimento de café na capital paraense, em conjunto com a trajetória do contrabando, ajuda a entender essa época.
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