Encontro este delicioso anúncio em edição do Correio da Manhã de junho de 1963. Era lindo ser pequeno e provinciano. Faz-me lembrar de quando ia ao aeroporto de Belém catar portador conhecido que levasse carta ou encomenda para Santarém. Ou, nas voltas, com mais correspondência e encomenda do que um carteiro, igualmente recebida no aeroporto. Como uma mão lavava a outra, não rejeitava – nem aceitava rejeição.
VIAJO . À EUROPA Semana próxima, aceito encomendas. Tel: 42-4246 — das 12 hs às 18 hs. 29932 Rio de Janeiro. 22 de junho de 1963.
Esse anúncio e a foto que você postou outro dia do Luiz Braga, de um alfaiate, me lembrou Manoel de Barros.
“Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as nossas).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado.
Sou fraco para elogios.”
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Assino embaixo desses versos, Cristina.
A foto do Luiz é tão autêntica que nos faz lembrar da velha Havana, nos detalhes das inscrições nas paredes (telefone 229426 da livraria e o endereço dos advogados Platão Barros e Hélio C. Lopes, e das tubulações de águia expostas).
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