A Fundação Cultural do Pará é um sangradouro (e um sumidouro) de dinheiro público. Seu orçamento não para de crescer, ano a ano. Nunca tanto recurso foi destinado para essa autarquia:

No Portal da Transparência do Governo do Estado é possível verificar que em torno de 80% desse orçamento foi destinado para pagamento de empresas (empresários) que contratam artistas para realização de shows, a maioria deles no formato de “live”. Veja-se na tabela a seguir os empresários que receberam recursos (de janeiro a julho de 2022):

Há indícios de que muito desse dinheiro tem origem em emenda parlamentar, mas a total falta de transparência sobre esses recursos não pode ser afirmada. Ao menos por enquanto.
Sem fazer juízo de valor sobre a qualidade e necessidade desses shows, não é possível achar normal o total de recursos destinados para esse tipo de evento, considerando a situação pós-pandemia e a falta de recursos da população para atravessar esse período extremamente difícil – e com a ameaça de uma quarta onda da covid.
Só para comparar, o Programa Bora Belém, que é fruto da cooperação entre o governo do Pará e a prefeitura de Belém, foi criado para garantir um auxílio de até R$ 450 a famílias em situação de vulnerabilidade social e que tiveram as condições financeiras agravadas pela pandemia. A Secretaria de Emprego, Trabalho e Renda repassa recursos para a prefeitura de Belém executar o programa. Em 2022, já repassou R$ 13.87 milhões. Portanto, menos de 15% do que foi destinado a esses shows, a esmagadora maioria deles apresentados pelo Youtube.
Vai continuar o silêncio cúmplice com esse escândalo?
É,Lúcio,esses vampiros do erário não estão pra brincadeira.
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A sociedade parece pensar que estão. Cala-se.
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Será que a Receita Federal fiscaliza o ganho desse pessoal? Será que eles declaram todo esse dinheiro que ganham?
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Duas perguntas bem pertinentes.
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