Por Eduardo Vargas / Agência Suno Notícias
Em recuperação judicial, a Paranapanema (PMAM3) reportou um prejuízo de R$ 1,2 bilhão no acumulado do quarto trimestre de 2022, sendo 544% maior do que os R$ 188 milhões registrados em igual etapa do ano anterior.
Com isso, o prejuízo da Paranapanema em 2022 chegou a R$ 1,9 bilhão, sendo mais do que o dobro dos R$ 807 milhões vistos no ano nterior.
Sobre a base do prejuízo, foram ajustados R$ 16 milhões de OCI, R$ 29 milhões de depreciação e amortização, R$ 466,4 milhões de ajuste a valor de mercado dos ativos, R$ 556,5 referentes a provisão para Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL, em virtude do posicionamento firmado pelo STF de dois recursos extraordinários, R$ 779,4 milhões de ajuste de avaliação Patrimonial, além da variação cambial.
Já a receita líquida da empresa foi de R$ 166 milhões no acumulado do quarto trimestre de 2022, representando um recuo de 8% na base anual.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado da companhia foi negativo em R$ 151 milhões.
No quesito não ajustado, o Ebitda da Paranapaenema no 4T22 foi de R$ 929 milhões no trimestre, ante R$ 22,3 milhões em igual etapa do ano anterior.
“Nesse 4T22 o principal foco principal da companhia foi o de assegurar a continuidade das operações em meio as dificuldades de obtenção de crédito para capital de giro”, disse a empresa.
As despesas operacionais da companhia foram de R$ 550 milhões, representando alta de mais de 2.600%.
Segundo a companhia, esse salto se dá pelo ajuste a valor de mercado dos direitos creditórios da exclusão do ICMS da base do PIS/COFINS em R$ 466,4 milhões, pela provisão para CSLL, que impactou as despesas operacionais em R$ 311,1 milhões.
(Espero que a advogada da mineradora Buitirama, do grupo Paranapanema, não queira excluir esta notícia)
Lúcio Flávio Pinto 
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