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Imprensa

Quanto custa a imprensa?

Entre 2007 e 2014, a Unimed acumulou quase 16 milhões de reais de passivo na sua relação com os dois maiores grupos de comunicação do Pará, o Liberal e o RBA: R$ 11,3 milhões com as empresas da família Maiorana e R$ 4,4 milhões com a família Barbalho.

A Unimed prestava o serviço, mas nada recebia. A contrapartida seria a veiculação de publicidade nos veículos de comunicação das duas corporações.

A atual direção da cooperativa médica decidiu encerrar esses contratos, como parte das medidas de correção dos erros administrativos e reequilíbrio econômico-financeiro da entidade, que estava em fase de insolvência. Conseguiu refazer a relação com o grupo RBA, em bases equiparáveis à dos demais clientes. Mas não com o grupo Liberal, que foi à justiça para tentar manter o contrato leonino em seu favor e desastroso para a Unimed.

A cooperativa se livrou desse peso nas suas contas, mas tem sentido os efeitos dessa atitude, através de um noticiário tendencioso que busca atingir sua imagem e credibilidade. Apesar de noticiar inverdades, a imprensa não aceita corrigi-las, nem concede o direito de resposta à Unimed. Por isso, sua diretoria divulgou ontem uma nota. Como, evidentemente, ela não será divulgada pela grande imprensa, decidi reproduzi-la para o conhecimento dos leitores.

O título da nota diz tudo sobre o seu conteúdo: “Quanto custa uma boa relação com a imprensa?”. Custa muito caro.
A pergunta pode parecer retórica para quem vivencia o cotidiano midiático da provinciana Belém, mas a mentira mil vezes repetida pode se tornar pós-verdade, parafraseando o ministro da propaganda nazista Paul Joseph Goebbels, política de imprensa catastrófica para a história da humanidade!

Essa realidade mais do que nunca marcou a ferro e fogo a Unimed Belém, em especial nos últimos doze meses, por razões óbvias para o cooperado da Unimed Belém em prejuízo à imagem da empresa junto a nossos clientes e stakeholders.
Já tivemos a oportunidade de externar aos Senhores as desvantagens da parceria outrora firmada com os Grupos de mídia ORM e RBA, contudo, sem contar o desfecho dessa história para que nos sirva de paradigma na condução do nosso métier para nunca mais termos que nos contentar com uma Vitória Pírrica!

Ao assumirmos a gestão, identificamos que havia dois contratos de prestação de serviços de assistência à saúde desde 2007 firmados com o Grupo ORM e RBA, que estabeleciam o pagamento do plano de saúde em troca de utilização de mídia (permuta), relação esta que resultou acúmulo de prejuízo que poderia ser direcionado para outras prioridades ou investimentos, mas que ao contrário ajudaram a aprofundar o déficit das contas após a intervenção da ANS.

Imediatamente após constatarmos essa situação, abrimos a oportunidade de ambos os grupos sentarem à mesa de negociação para alcançar uma solução boa para todas as partes. No entanto, somente tivemos êxito com o Grupo RBA, haja vista que este se dispôs a nos emitir cartas de crédito para lançamento nos nossos balancetes, documento este que fora aceito pela Diretora Fiscal à época, Sra. Ercileide Santos de Oliveira Lins, como hábil à reversão dos expurgos que ela determinara em Instrução Diretiva de 24 de julho de 2014, consistentes nos valores acumulados dos Grupos ORM (R$ 11.315.525,67) e RBA (R$ 4.382.091,84).

O Grupo RBA também firmou novo contrato com a Unimed Belém, desta feita, um contrato vantajoso para a Unimed Belém, pelo regime de execução em custo operacional, através do qual não há possibilidade de prejuízo, já que a fatura do contratante sempre vai ser o valor gasto, acrescido de uma taxa de administração.

Por outro lado, o Grupo ORM além de não lançar mão da relação de permuta, não aceitou emitir cartas de crédito para dar suporte ao crédito junto à contabilidade e assim atender às exigências da então Diretora Fiscal, como também não firmou qualquer contrato.

Preferiu aquele grupo ingressar em juízo contra a Unimed para restabelecer a nefasta relação herdada. Inicialmente obteve medida liminar (Processo judicial 0015040-69.2016.814.0301), porém, conseguimos reverter todas as decisões e por isso hoje não mais prestamos serviços àquele Grupo.

Nesse sentido, esses exemplos evidenciam que num cenário econômico adverso e recessivo, a manutenção de contratos sem liquidez, não contribui para a recuperação de nossa empresa, de modo que a inclinação à recomposição do reequilíbrio econômico-financeiro foi salutar para a continuidade de uma relação comercial saudável com o Grupo RBA, e por outro lado, de rescisão com o grupo ORM.

De nada vale se ter um milhão de clientes se os seus contratos dão prejuízo (as Unimeds Rio e Paulistana estão aí pra provar isso). E o exemplo do Grupo O Liberal é muito apropriado para mostrar isso. Outros exemplos podem ser dados de contratos com prejuízo que refletem essa perda de vidas, tal como foi dado na AGE de 11.02.2017 pelo representante da Unimed do Brasil, Dr. Adriano Soares, o qual exemplificou que uma das medidas sugeridas à Unimed Paulistana após esta aceitar a oferta de ajuda da Unimed do Brasil, foi a determinação de rescisão de 140.000 vidas referentes a contratos com prejuízo, eis que tinham alta sinistralidade, o que ocorre quando a utilização em serviços de saúde é maior do que 100% do valor do pagamento.

Diante disso, a manutenção de uma carteira qualitativa de clientes se afigura muito importante para a garantia de solvência geral e liquidez de uma operadora de plano de saúde, busca esta que deve ser um objetivo comum de todos os cooperados.

Nos últimos dias têm sido fuzilantes os ataques da imprensa, o que particularmente ganha notoriedade em razão do processo eleitoral em curso, pois se a intenção da Grande Mídia é desestabilizar a gestão, o efeito adverso apenas recai sobre a moral e a imagem da empresa no mercado.

De todo modo, institucionalmente é nosso dever prestar esclarecimentos ao cooperado acerca das infundadas investidas da imprensa como tem sido nossa conduta ao longo destes anos, de transparência e prestação de contas de todos os atos.

Foi dito por determinado veículo que os aparelhos de Raio X da Unimed nas unidades Doca e Batista Campos não estão funcionando; que melhor seria procurar uma UPA: MENTIRA!! Todos estão em perfeito funcionamento!
Também foi propagado pelo Jornal O Liberal que uma decisão do Juiz de Dom Eliseu, Thiago Escórcio, determinara que a Unimed deveria restabelecer o atendimento aos servidores da Prefeitura daquela Comarca, o que desencadearia uma avalanche de ações judiciais contra a Cooperativa, uma vez que os contratos com o Poder Público estariam eivados de irregularidades.

Embora a matéria não cite diretamente a Unimed Belém, esta é capciosa em não identificar qual singular do sistema Unimed é a responsável por esse contrato. Mas de uma coisa podemos asseverar. Não se trata da Unimed Belém e não temos contrato coletivo em Dom Eliseu, área de atuação de outra co-irmã.

Determinado blog veicula que continuaria calamitosa a Unimed, apondo uma foto da Unimed Doca, o que indica se tratar da Unimed Belém sua referência. Segundo o factoide faltaria esparadrapo na Unidade da Almirante e dia desses o Raio-X não funcionava em duas unidades: MENTIRA !
No último domingo, matéria de O Liberal, e ontem (21.03.2017) veiculação na TV do programa Balanço Geral noticiam que haveria supostas irregularidades na contratação da empresa Medcare, responsável pela gestão do prédio Belém Health Center, onde funciona a Polilclínica Unimed.

Ressaltamos que a escolha do local se deu em razão da sua sede na Almirante Barroso ficar em posição estratégica para nossos clientes, e, na celebração do contrato de dois andares do prédio, foram apresentados e avaliados pelo departamento jurídico da Unimed Belém todos os documentos necessários, sem quaisquer vícios.

O local dispõe de infraestrutura hidrossanitária e acesso adequados para o projeto, sem necessidade de qualquer investimento inicial da Unimed Belém, nem obras, tendo a Cooperativa recebido o prédio em perfeitas condições de uso, padronizado, incluindo mão de obra qualificada, estacionamento próprio, fornecimento de luz e água, além de mobiliários adequados.

A Unimed Belém é apenas inquilina de dois andares do referido prédio, onde diversas outras empresas locatárias se utilizam, de modo que eventual presença de interposta pessoa no registro de propriedade ou no contrato social não compete a apuração a nenhum dos inquilinos daquele prédio, muito menos à Unimed Belém, mas sim às autoridades, até porque esse tipo de prática não é aferível mediante os documentos necessários para uma locação para fins comerciais. Como de praxe, os contratos da empresa foram objeto de análise pelo Conselho Fiscal da Unimed Belém, conforme suas atribuições de acompanhar os atos da Diretoria Executiva.

Após o exame dos documentos foi constatada a regularidade da documentação. A Unimed Belém não promoveu a abertura de investigação na esfera policial e desconhece qualquer queixa-crime apresentada em juízo ou representação perante a autoridade policial, antes da referida matéria ser veiculada.

A Unimed Belém tomou conhecimento da representação criminal formulada pela Sra. Rosângela Maria Serra Neves, uma das sócias da empresa Medcare (gestora do prédio Belém Health Center, onde está instalada a Policlínica) por meio da intimação expedida pelo delegado Aurélio Walcyr Rodrigues de Paiva, da Delegacia de Ordem Administrativa e Divisão de Investigações e Operações Especiais (DOA/DIOE), para apurar a conduta de um terceiro que, estaria supostamente investigando sua residência, e fora confirmado se tratar do Sr. José Luiz Faillace, médico cooperado e um dos membros do Conselho Fiscal da Unimed Belém.

Por sua vez, o Conselho Fiscal intimado pela autoridade policial para manifestar-se quanto à referida diligência, os três Conselheiros foram unânimes em esclarecer que a ação partiu de deliberação pessoal do Dr. José Luiz Faillace, sem a anuência e conhecimento dos demais Conselheiros.

Reafirmamos que não há por parte da Unimed Belém ou de quaisquer de seus órgãos, participação em apuração na esfera criminal, mas sempre que for chamada colaborará com eventuais investigações, posto que não tem nada a esconder. Nesse caso o único investigado é o referido conselheiro fiscal por conduta adotada em seu próprio nome, o que restou inclusive por ele reconhecido perante as autoridades.

Esses eventos têm nos chamado a atenção cada vez mais para a necessidade de mudança do nosso estatuto social. Todos os cooperados sabem que fora empreendida uma convocação geral para coleta de sugestões para alteração do nosso estatuto, mas uma alteração particularmente se impõe, a de que veículos da imprensa que infundadamente se utilizem de inverdades para atingir a cooperativa, sem direito de defesa, não podem contratar com a Unimed Belém, porque se alguma esperança estes maus jornalistas, que constrangem sua profissão esperam ter espaço dentro da Cooperativa, estes dias têm nos ensinado a lição de que uma relação boa com a imprensa é aquela que não se pauta pelo toma lá dá cá, mas sim uma relação de respeito recíproco e compromisso com a verdade.

A nosso sentir esse é o verdadeiro valor e sentido da liberdade de imprensa, jamais esconder os problemas, mas checagem da fonte e das provas, preceito basilar do jornalismo sério.

A Direção

Discussão

12 comentários sobre “Quanto custa a imprensa?

  1. Então pelo visto toda aquela grande propapaganda de anos atrás dizendo que a UNIMED-Belém era muito bem gerenciada e um modelo para outras do sistema UNIMED era falsa? Tudo isso com apoio dos dois jornais que a cobriam de elogios porque recebiam muito bem para propagar as mentiras. Nada espanta mais na aldeia tupiniquim!

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    Publicado por Jose Silva | 23 de março de 2017, 17:55
  2. Não sei se por má redação ou covardia, refere-se à ORM, com quem tem litígio, como imprensa. Não é a imprensa!

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    Publicado por Edyr Augusto | 24 de março de 2017, 15:50
  3. Se não fui claro, chama de imprensa, como se todos os órgãos de informação agissem da mesma maneira que provocou litígio com a ORM

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    Publicado por Edyr Augusto | 24 de março de 2017, 16:28
  4. Em nome dessa forma irresponsável de relação entre mídia e anunciantes, baseada no que de pior se produz do binômio propaganda/lucro, milhares de pessoas contrataram os serviços da Unimed. Hoje apelidada de Unimedo por aqueles que foram lesados pelo mau, desrespeitoso e desumano atendimento desse plano de saúde. Foi em uma UTI da Unimed onde minha mãe agonizou até a morte depois de ter sido recebida no Pronto Socorro de forma irresponsável .Ela estava fazendo um clássico quadro de aneurisma rompido que foi interpretado pelo médico de plantão como intoxicação alimentar.

    Anos mais tarde o pai de minha melhor amiga foi atendido no Pronto Socorro sob as mesmas circunstâncias de aneurisma e horas mais tarde foi mandado de volta para casa. Ele morreu duas horas depois de chegar em casa.

    A Unimed nunca se responsabilizou pelo caso de minha mãe, embora tenhamos feito uma denúncia que dizia respeito ao médico especificamente e também às condições do hospital onde foi feito o “tratamento”.
    Nesse sentido, os meios propagandísticos são responsáveis por esse processo de mistificação do leitor/consumidor sobre os produtos anunciados. Lamentável. Espero que essa prática seja revista e que essa denúncia, embora tardia, produza algo.

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    Publicado por Paloma Franca Amorim | 24 de março de 2017, 17:28
  5. Uma cooperativa em especial de saúde deveria ser proibida de gastar com propaganda.E isso q fez idolatrado Cesar Neves ….e, nós cooperados
    Pagamos caro por essa extorsao da midia .Isso é um caso de justcjustiça.Na verdade muitos acontecimentos importantes em Belem, que inclusive foram reportagem do fantástico, em Belém não se vou uma único comentário na grande mídia.

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    Publicado por Ana neusa | 25 de março de 2017, 05:42
  6. Lembro-me de tantas propagandas exaustivamente, inclusive nos dois times de futebol, veiculo de comunicação e etc… Mais o que me deixou pasmo foram patrocinios para ser a Patrocinadora Oficial do Círio do então presidente da época. Mais nem Maquiavel poderia imaginar algo bem planejado, um ano depois deste patrocínio, o mesmo se tornou um grandão se não me fale a memória no Paisandu e foi o Diretor do Círio! Hoje nesse processo de reestruturação sofrem todos, mais principalmente clientes e funcionários, com enxugamento, fusão de setores e demissão de funcionários (principalmente os antigos). Uma mal necessário, que porém poderia ser evitado.
    Médicos relatam certo descontentamento, ameaçam sair da cooperativa, ligamos para algumas especialidades e quando tem a resposta q o convenio é Unimed, o atendente logo diz que não tem vaga e muito menos previsão!
    Cooperados reclamando que a porcentagem por consulta baixou muito. Alguns mandaram embora até secretários de seus consultórios. Certamente os recursos diminuíram e o treinamento também, porque o que tenho visto é um mal atendimento por atendentes e tecnicos, a gestão passada poderia ter seus erros mais nesse aspecto não deixava a desejar.
    Agora fica aqui um apelo, Unimed deixe de ser provinciana em contratar funcionários que são parentes ou amigos de cooperados, pois quando cometem erros é usado o famoso “passar mão na cabeça”. Os casos de agressões contra seus funcionários deem apoio irrestritos a eles. Deem mais atenção no SAC e Ouvidoria tem médico querendo cobrar por consultas e laudos. Um absurdo se já pago plano como posso pagar duas vezes?! E a desculpa é a mesma a crise q a empresa esta passando. Com toda sinceridade revejam quem quer continuar na cooperativa, pois a pessoa ainda comete a ação anti-ética de falar da empresa e com isso falar de si mesma como cooperado.
    Eu vi umas duas vezes gerente, supervisor sei lá quem (uma liderança), humilhar funcionário (já não basta certos clientes?!). Então fiquem de olho nessa gente se realmente fazem jus a liderança que foi dada a eles, se tem perfil. Porque mais tarde serão mais processos na costa e não vai ser da liderança e sim da empresa.
    Neste dia conversei com aquela moça que me disse: “Amo trabalhar aqui, me dá orgulho, um certo glamour, as pessoas me olham até diferente sabe? E também entendo que a empresa me deu uma oportunidade e por isso me empenho, porém tem certos setores com certas chefias que estão fazendo cair por terra toda esse orgulho e vontade em trabalhar aqui!”
    Que esta diretoria saiba realmente avaliar, honrar, gratificar quem trabalha sim pelo dinheiro mais com gosto, indo do cooperado, passando pelo colaboradores e chegando até os terceirizados.

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    Publicado por O Observador | 28 de março de 2017, 13:08

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