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Economia, Grandes Projetos, Minério

A penosa mineração

O empresário Lutfala Bitar está convencido de que o ciclo da borracha rendeu mais ao Pará do que o atual ciclo mineral. É uma constatação cruel. Mais ainda porque o meio século de opulência pela extração do látex já passou. O meio século de mineração ainda está em curso. Mas nada mudará se os paraenses não mudarem a si e a essa situação, como tem tentado fazer Lutfala. Ele enviou sua mensagem ao blog, a propósito da nota que aqui publiquei.

Registre-se: ele é um dos raros empresários a se manifestar publicamente, como Miro Gomes.

Grato pelas generosas referências, as quais recebo com simpatia.

Num segundo momento, por informação do prezado ministro Helder Barbalho, fiquei sabendo da presença de uma paraense, representante do Imazon, Andreia Pinto, na composição do Conselhão.

Convivemos com as consequências da lei Kandir e pacificamente com a realidade de que os quarenta anos do ciclo econômico  da borracha, trouxeram mais prosperidade à nossa região do que o atual ciclo mineral.

O nosso minério de ferro com hematita de 67% (o maior grau de pureza do planeta), paga ao Estado apenas 2% de royalty sobre o preço na mina, enquanto que na Austrália é de 7% sobre o preço da fatura de exportação, na Rússia é de 4,5%, e por aí vai.

Não temos visto empenho da nossa classe política em reverter essa realidade, como ocorreu na integração da região do Missisipi à economia americana, e ações ainda em andamento com relação ao sul da Itália.

O Conselhão era, então, um fórum nacional onde podíamos fazer barulhentos alertas e chamamentos de atenção para o fato de o Pará só possuir um representante de cada vez.

Primeiro o Alex, depois eu, e finalmente o Conrado e agora a Andreia, do Imazon, que certamente representará muito bem o Pará. Nessa discussão contávamos sempre com a competência da Tânia Bacelar, catedrática da Universidade de Pernambuco, e que felizmente continua a integrar o CDES. E assim meu caro Lúcio, como dizia aquele sindicalista, ¨e a luta continua¨.

Discussão

11 comentários sobre “A penosa mineração

  1. sem os motores sincronizados o avião na decola. Como, quando, quem, para sincronizar?

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    Publicado por valdemiro | 29 de novembro de 2016, 16:53
  2. Somos uma república federativa de verdade? Ou continuamos sendo apenas um conjunto de territórios desconectados geridos de forma incompetente pelo sudeste-sul do Brasil? É preciso urgentemente repactuar o federalismo brasileiro.

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    Publicado por José Silva | 29 de novembro de 2016, 18:38
  3. Quem espera alguma mudança efetiva, para melhor, ao estado do Pará, por iniciativa ou através do Conselhão ??

    Ora, façam-me rir…..

    Para deleite de vcs, o conselhão:

    Lista
    Veja abaixo os nomes dos 96 integrantes do “Conselhão”:

    – Abílio dos Santos Diniz
    – Ana Maria Malik
    – Ana Maria Martins Machato
    – Andreia Cristina Brito Pinto
    – Anielle Falcão Guedes
    – Anna Maria Chiesa
    – Antonio Fernandes dos Santos Neto
    – Ariovaldo Santana da Rocha
    – Armando Manuel da Rocha Castelar Pinheiro
    – Benjamin Steinbruch
    – Bernardo Rocha de Rezende
    – Chieko Nishimura Aoki
    – Claudia Sender Ramirez
    – Claudio Luiz Lottenberg
    – Clemente Ganz Lúcio
    – Dan Ioschpe
    – Dorothéa Fonseca Furquim Werneck
    – Edson de Godoy Bueno
    – Eduardo Eugênio Gouvea Vieira
    – Eduardo Navarro de Carvalho
    – Eliana Calmon Alves
    – Elizabeth Maria Barbosa de Caralhaes
    – Fábio José Silva Coelho
    – Francisco Carlos Teixeira da Silva
    – Francisco Deusmar de Queirós
    – Francisco Gaudêncio Torquato do Rêgo
    – George Teixeira Pinheiro
    – Germano Rigotto
    – Gilberto de Almeida Peralta
    – Gisela Batista
    – Guilherme Afif Domingos
    – Helena Bonciani Nader
    – Humberto Eustáquio César Mota
    – Jackson Medeiros de Farias Schneider
    – Jaime Lerner
    – Janete Ana Ribeiro Vaz
    – João Carlos Di Gênio
    – João Carlos Gonçalves
    – João Carlos Marchesan
    – João Martins da Silva Junior
    – Joel Malucelli
    – Jorge Gerdau Johannpeter
    – Jorge Luiz Numa Abrahão
    – Jorge Paulo Lemann
    – José Antonio Guaraldi Felix
    – José Calixto Ramos
    – José Carlos Rodrigues Martins
    – José Márcio Antônio Guimarães de Camargo
    – José Pereira de Oliveira Júnior
    – José Roberto Rodrigues Afonso
    – Josué Christiano Gomes da Silva
    – Laércio José de Lucena Cosentino
    – Lia Hasenclever
    – Lino de Macedo
    – Luiz Carlos Mendonça de Barros
    – Luiz Carlos Trabuco Cappi
    – Luiz Mona Yabiku Junior
    – Luiza Helena Trajano Inácio Rodrigues
    – Luzia Torres Gerosa Laffite
    – Marcos Antonio de Marchi
    – Marcos Antonio Molina dos Santos
    – Marcus Vinicius Furtado Coêlho
    – Maria Berenice Dias
    – Marie Anne Van Sluys
    – Marina Amaral Cançado
    – Maria Freitas Gonçalves de Araújo Grossi
    – Milton Gonçalves
    – Mônica Baumgarten de Bolle
    – Murillo de Aragão
    – Nizan Mansur de Carvalho Guanaes Gomes
    – Paula Alexandra de Oliveira Gonçalves Bellizia
    – Paulo Skaf
    – Pedro Luiz Barreiros Passos
    – Pedro Wongtschowski
    – Raí de Souza Vieira de Oliveira
    – Reginaldo Braga Arcuri
    – Renata Maria Paes de Vilhena
    – Renato Alves Vale
    – Ricardo Brisolla Balestreri
    – Ricardo Morishita Wada
    – Ricardo Patah
    – Roberto Setúbal
    – Roberto Luiz Justus
    – Roberto Rodrigues
    – Robson Braga de Andrade
    – Rosemarie Bröker Bone
    – Rubens Ometto Silveira Mello
    – Ruth Coelho Monteiro
    – Sergio Paulo Gomes Gallindo
    – Solange Maria Pinto Ribeiro
    – Sonia Guimarães
    – Tânia Bacelar de Araújo
    – Teresa de Jesus Costa D’Amaral
    – Viviane Senna Lalli
    – Zeina Abdel Latif

    Gustavo AguiarDa TV Globo, em Brasília.

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    Publicado por Sou daqui. | 30 de novembro de 2016, 10:40
  4. “……Não temos visto empenho da nossa classe política em reverter essa realidade,….”

    Poderíamos começar conversando com o “prezado ministro Helder Barbalho”…..

    Que, pelo sobrenome chegou agora na política paraense, portanto ainda não teve chance de atuar fervorosamente a favor das causas e pelo bem do Pará…..

    Da licença que vou tomar um Dramin….

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    Publicado por Sou daqui. | 30 de novembro de 2016, 11:19
  5. Comentar, falar, sem dar a cara, o nome?
    Bem escreveu um amigo: “Quem vai à chuva é para se queimar.”
    Lúcio te sugiro que bloqueis quem não se identificar.
    Navegar é preciso, viver ………..
    paz e saúde

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    Publicado por valdemiro | 30 de novembro de 2016, 12:33
    • Prefito deixar em aberto, Miro. É um teste de humildade e paciência para mim ser às vezes xingado por quem se protege no anonimato. Define também quem, por algum motivo, não pode assumir sua verdadeira identidade. Somos todos filhos de Deus, não? Duas coisas são relevantes neste blog: a quantidade e a qualidade dos comentários e a baixa representação de anônimos e insensatos. Ainda bem que tenho os leitores que tenho.

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      Publicado por Lúcio Flávio Pinto | 30 de novembro de 2016, 13:34
      • Pela quantidade de bobagens que esse tal “Sou Daqui” escreve, é completamente natural que goste de se manter anônimo. Eu até evito ler os comentários dele. Eles dão uma vergonha alheia desgraçada.

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        Publicado por Jonathan Pires | 8 de dezembro de 2016, 00:14
  6. Talvez o mudar do Pará só aconteça com sangue jovem, não contaminado…Como despertá-los ?

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    Publicado por valdemiro | 30 de novembro de 2016, 19:09

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