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Imprensa, Justiça, Violência

Maiorana vai ao júri?

Em setembro do ano passado, Giovanni Maiorana foi preso em flagrante, às quatro e meia da madrugada. Dirigindo um Jeep Compass, aparentemente alcoolizado, atropelou e matou Gabriela Cristina Jardim da Costa e Alexsandro Guedes Silva, ambos com 19 anos de idade. Os dois jovens foram atingidos numa calçada da avenida Gentil Bittencourt, no centro de Belém. Antes, Giovanni feriu um taxista e danificou quatro veículos que estavam estacionados na via pública.

Na audiência de custódia, o juiz Heyder Tavares da Silva Ferreira, da 1ª vara de inquéritos policiais e medidas cautelares, reconheceu o flagrante, mas substituiu a prisão preventiva por diversas medidas cautelares. Uma delas foi o pagamento de fiança no valor de 500 mil reais, que duplicou posteriormente para R$ 1 milhão, quando da morte da segunda vítima. Giovanni foi posto em liberdade provisória.

A ação, na verdade, sequer começou. Depois da audiência de custódia, o inquérito policial, concluído, foi sorteado para a 2ª vara criminal. Atendendo ao pedido do ministério público, a juíza Blenda Nery Rigon Cardoso se declarou incompetente, por se tratar – em seu entendimento – de homicídio doloso e não culposo, e encaminhou o processo para o tribunal do júri.

A defesa de Giovanni recorreu, mas a juíza manteve a sua decisão, no último dia 30, e encaminhou a ação para o tribunal de justiça decidir pelo prosseguimento da demanda. Ao fazer o enquadramento, a juíza reconheceu que ao dirigir em alta velocidade, bêbado, o filho do empresário Romulo Maiorana Jr., que foi um dos donos do grupo Liberal (afastado da empresa pelos irmãos), assumiu o risco de matar, com o dolo eventual, não apenas acidentalmente. Se o tribunal confirmar a decisão, ele será julgado pelo júri popular.

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