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Imprensa, Política

Sem democracia

Bia Caminha

 13613 PT 

 beatrizcaminhasantos@gmail.com 

Beatriz Caminha dos Santos
  • NOME COMPLETOBeatriz Caminha Dos Santos
  • Nº / PARTIDO13613 / PT
  • NOME DO PARTIDOPartido Dos Trabalhadores
  • COLIGAÇÃOPT
  • CARGOVereadora
  • SITUAÇÃOApto
  • DESPESA MAX. CAMPANHAR$ 438.043,03
  • GRAU DE INSTRUÇÃOSuperior Incompleto
  • OCUPAÇÃOEstudante, Bolsista, Estagiário E Assemelhados
  • IDADE21 (12/03/1999)
  • CIDADE DE NASC.Belém
  • ESTADO CIVILSolteiro(A)
  • GÊNEROFeminino
  • COR/RAÇAPreta

Com base nesta matéria, publicada em O Estado de S. Paulo, informei neste blog que a vereadora Bia Caminha gastou R$ 438.043,03 na sua campanha eleitoral, o que daria a média de 100 reais por voto. Considerando expressivo o valor, escrevi: “Quem a apoiou acredita em você. Aposta em você como verdadeira novidade e esperança de mudança”.

Obviamente, o valor se torna secundário diante dessa observação: de que os apoiadores da vereadora eleita estariam dispostos a aplicar esse dinheiro, se necessário, para tê-la como representante na Câmara Municipal de Belém.

Mas não foi esse o dinheiro que ela efetivamente gastou. Era o limite máximo. Cometi um erro ao tomar o limite maior permitido pela legislação eleitoral pelo gasto efetivamente feito. Penitencio-me pelo erro, que, não sendo doloso nem de má fé, não serviu para atacar, diminuir ou ofender a vereadora recém-eleita, como qualquer pessoa destituída de prevenção ou partidarismo pode perceber.

A assessoria de comunicação do mandato de Bia Caminha informa que o valor aplicado foi de 26 mil reais, equivalente a 5% do que ela poderia ter gastado. Mas não disse isso em mensagem ao blog, no exercício do direito de resposta, mas através de uma postagem, de responsabilidade não dela, mas de sua assessoria, da qual só tomei conhecimento agora, pela gentil iniciativa de terceiros.

NOTA PÚBLICA

Em carta aberta publicada no seu jornal, o jornalista Lúcio Flávio Pinto teceu comentário sobre a eleição da vereadora eleita Bia Caminha (PT) informando que ela teria arrecadado 440 mil reais para sua campanha eleitoral. Na verdade, a vereadora eleita arrecadou R$26.276,10, como consta na sua prestação de contas parcial, que é de acesso público. Pelo dano que esse tipo de informação pode causar a imagem pública da vereadora, a coordenação de seu mandato irá interpelar judicialmente o jornalista.

Assessoria de Comunicação

Infelizmente, Bia imita o seu ídolo, Edmilson Rodrigues. Edmilson não mudou. Continua intolerante, autoritário e antidemocrático por trás de aparência em contrário. Anos atrás, ao invés de responder a críticas que lhe fiz, ele foi diretamente à justiça com duas ações. O objetivo era evidente: me perturbar, me intimidar, me calar. Mas perdeu as duas ações, tão sem fundamento elas eram.

A vereadora ameaça me interpelar judicialmente, achando que assim me constrange e prejudica a minha imagem. Lamento que não tenha recorrido ao instrumento cabível numa democracia, exercido por alguém verdadeiramente democrata, que é o direito de resposta. Jovem, bem votada, alternativa, corajosa – estas e outras virtudes ela possui. Convicção democrática, tudo indica que não.

O que eu esperava dela era que respondesse à carta aberta que lhe enderecei. Mas não precisa mais. Desisti de valorizar a sua resposta. Assunto encerrado para mim.

Corrigi dois errinhos de digitação, um deles no nome da vereadora; Para quem interessar possa.

Discussão

21 comentários sobre “Sem democracia

  1. Bom dia.

    Não seria o caso de o blog, antes de publicar matéria, ouvir as pessoas a serem citadas? Me parece que tal cuidado teria evitado tantas injustiças.

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    Publicado por Ghyslaine Almeida e Cunha | 9 de dezembro de 2020, 10:37
  2. É uma questão sensível.

    A análise do gasto de campanha de qualquer político deve ser feita com base na prestação de contas da campanha, e não no limite máximo autorizado pela Corte Eleitoral.

    Qdo li neste blog, a informação de que Bia havia gasto mais de R$ 400 mil na campanha, a primeira coisa que me veio à mente foi: “Quem será que está bancando a Bia?”

    Depois é que ficou claro: quem banca a Bia é a militância, ou seja, o trabalho político da própria Bia, como tem de ser. Os mais de R$ 400 mil foram produto de erro do Lúcio, que usou a informação indevida, por desconhecer o básico da legislação eleitoral (que, aliás, é bem antiga): “limite máximo de gasto” é uma coisa; “gasto efetivo”, outra.

    Aí vem a questão do “direito de resposta”. Alguns jornalistas acham que podem dizer o que decidirem dizer, a respeito de qualquer pessoa, uma vez que garantam, nos respectivos veículos, o direito de resposta.

    Esse entendimento representa apenas a metade da verdade. Será assim, se essa for a escolha da pessoa atingida. Mas essa pessoa também tem, querendo, o direito de responder por meio de outro veículo, ou de interpelar judicialmente o jornalista. As três alternativas são perfeitamente legais, e nada há de errado na escolha de qualquer delas.

    Errado é o jornalista pensar que só existe uma alternativa: exatamente aquela que lhe é mais favorável. Lamentavelmente, essas pessoas estão fadadas a entender o mundo em que vivem pelo método difícil.

    Algumas há que nem pelo método difícil conseguem entender. Teimam em se portar como se fossem o centro do mundo, ou os monopolistas das boas intenções (aquelas que superlotam a casa do diabo que as carregue).

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    Publicado por Elias Granhen Tavares | 9 de dezembro de 2020, 10:50
    • Nçao digo o que quero sobre qualquer pessoa. Qunado digo, analiso, usando principalmente os fatos. Mas uma coisa é a análise crítica, que admite mais subjetividade. Outra é a matéria informativa. Sempre estamos sujeitos a erro. Mas quantos realmente eu cometi numa carreira que já vai para 55 anos contínuos? Quantas vezes fui injusto ou realmente ofendi pessoas.
      Estes são os que me processaram na justiça e as vezes que o fizeram:
      Ronaldo e Momulo Maiorana Júnior – 15 vezes (todas as ações propostas depois que fui agredido covardemente por Ronaldo).
      Rosângela Maiorana – 5 vezes (depois que recusei permitir que ela tivesse acesso prévio à matéria de interesse dela).
      Cecílio do Rego Almeida – 2 vezes (por eu tê-lo acusado de pirata fundiário e provado que ele era grileiro, contribuindo para a anulação judicial daquela que seria a maior grilagem de terras do mundo).
      Desembargadora Maria do Céu – 2 vezes (por eu ter mostrado como ela foi conivente com o crime de apropriação de terras do Estado).
      Desembargador João Alberto Paiva – 2 vezes (idem).
      Madeireiro Wandeir dos Reis Costa – 2 vezes (da grilagem do Xingu).
      Edmilson Rodrigues – 2 vezes.
      Eder Mauro – 1 vez.
      Errei. Sempre que erro reconheço meu erro. E peço desculpas, quando cabível.
      Meu erro nenhum dano acarretou à vereadora, como o trecho que citei assegura.
      Respeitar o direito de respposta nem sempre é mera desculpa ou gesto fácil. Publiquei na íntegra carta do ex-governador Hélio Gueiros que começava assim: “Lúcio, por que tu não vais chupar o cu da puta que te pariu?”.
      Não vou mais responder a provocações. Aos 71 anos, mais de 54 como jornalista profissional, o que fiz responde por mim. O que farei não negará, não envergonhará nem modificará o meu jeito de ser e de fazer.

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      Publicado por Lúcio Flávio Pinto | 9 de dezembro de 2020, 11:24
  3. Que pena, Lúcio! Lamento que essa nova geração de políticos estejam reproduzindo velhas práticas autoritárias daqueles que não respeitam a liberdade de expressão e o bom diálogo. Espero que ela reveja essa decisão que não se coaduna com seu discurso.

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    Publicado por Marilene Pantoja | 9 de dezembro de 2020, 10:54
  4. Lucio, o que acabamos de ver, nao é uma novidade para uma democracia que sabemos que existe, onde a mesma ainda está recheada de hipocrisia que se apresentam travestidas e incorporadas em rótulos carimbados de “novidade”. Um erro editorial se corrige com um reparo editorial. principalmente por parte de quem tem CRÉDITO em termos de jornalismo. agora invocar o instituto judicial num contexto deste, representa, para todos os que são de bom senso, a tentativa de mandar para a justiça algo que a consome e lhe abarrota, como se a justiça nao estivesse acima do nivel de seus limites com causas realmente JUSTAS, ONDE AS PARTES NÃO SE ENTENDERAM. O que não foi o caso, pois voce sempre utilizou o direito de respostas e sempre que foi preciso, reconheceu suas limitações e possibilidades de erro. Entao, uma atitude dessa, só nos faz acreditar que a quilo que se apresenta como novidade na verdade é o resultado da obra de seus criadores que, comunente, usam da desfaçatez para tentarem imprimir uma imagem de injustiçados para DEVORAR quem lhe passar pela frente, recorrendo ao sempre mal utilizado comportamento da hipocrisia. Lamentavel para quem será um (uma) legislador (a) em nossas terras. Eu prefiro continuar acompanhando (e lendo) quem tem crédito e repelir uma atitude impensada (ou mal aconselhada) de uma incógnita!

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    Publicado por Alvaro Maia | 9 de dezembro de 2020, 11:47
    • Muito obrigado por renovar a sua confiança, Álvaro. Espero nunca perdê-la, mesmo tremendo ao digitar os meus textos, velhinho, embora sem barbas brancas (continuo quase imberbe).

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      Publicado por Lúcio Flávio Pinto | 9 de dezembro de 2020, 12:16
      • Reproduzo o comentário que Miguel Oliveira não conseguiu postar no blog:
        Lúcio.
        Até os que atacam aqui neste espaço se traem em argumentos. Preferem o detalhe, esquecem o essencial. Também escolhem o caminho mais fácil da argumentação sectária.
        Recebe meu abraço fraterno.
        Tua história de vida e trajetória profissional são limpas.
        Miguel Oliveira
        Editor do Portal OESTADONET

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        Publicado por Lúcio Flávio Pinto | 9 de dezembro de 2020, 12:36
  5. Lendo esta postagem, me veio à lembrança o que dizia um antigo chefe que tive no serviço público:”Quem trabalha muito,erra muito;quem trabalha pouco,erra pouco;quem não trabalha,não erra e quem não erra é promovido”.

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    Publicado por Wilton Almeida | 9 de dezembro de 2020, 12:28
  6. Lúcio,
    O jornalista SEMPRE diz o que ele decide dizer, a menos que outro decida por ele… o que sei que nunca foi o teu caso.

    Então, pelo menos pensa um pouco, antes de rebater certas críticas.

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    Publicado por Elias Granhen Tavares | 9 de dezembro de 2020, 13:20
  7. Lúcio publiquei esse texto no perfil da futura vereadora. Parece que ela não gostou porque ele foi sumariamente APAGADO dos comentários. Parece que a vereadora não aprecia a o direito à liberdade de expressão.
    “Bia, como vereadora eleita, você deve conhecer o direito de resposta. Responda o Lúcio, faça a correção, que agora se tornou desnecessária porque o jornalista já o fez. Mas ameaçar de processo sem que vc tenha exercido seu direito de resposta, parece um pouco de má-fé. Respeite a carreira e a história de um jornalista da estirpe do Lúcio. Ao contrário do que os desinformados estão falando aqui, nunca se vendeu a ninguém, tampouco se deixou corromper pelos poderosos deste Estado eticamente miserável. Não é da direita e nem da esquerda, pois no Brasil não conhece essas ideologias, que esbarram nos interesses pessoais dos políticos. Lúcio é apenas um defensor da verdade e denunciador de injustiças e da corrupção sistêmica nesse país. Daí porque ele é atacado por bolsonaristas, lulistas, dentre outros “istas”. Quem é sério e torce para que este país dê certo deveria, em vez desses discursos de ódio (que não são privilégios da direita- nós estamos vendo), incentivar o Lúcio a continuar a denunciar violações a direitos humanos e centenas de casos de corrupção desses engomados, que se locupletam do dinheiro público. Lúcio é um dos jornalistas brasileiros mais premiados, inclusive fora do Brasil, está com sua saúde debilitada e ainda assim não desiste de ler, todos os dias, o Diário Oficial (quem faz isso? nem os que deveriam fazê-lo por ofício),onde encontra fraudes e desvios de dinheiro público. Interpreta esses dados de difícil linguagem e análise complicada. Denuncia as inconsistências, fraudes e corrupções que identifica e nada acontece, pois quem deveria interpelar o poder público para corrigir tais fraudes não o faz. Ainda assim ele não desiste. Entende que esse é um dever moral dele. Portanto, antes de você e seus eleitores jogarem pedras, reflitam perguntem aos pais de vocês quem é o Jornalista. Leiam o que ele já produziu e produz, identifiquem seu acervo intelectual e moral, demonstrando que são pessoas informadas para, então, julgar. Mas não julguem usando a própria régua; antes, antes recorram a critérios éticos e morais. Se assim você não fizer, já começará muito mal. Chega de discurso de ódio, por gentileza! Ninguém aguenta mais!”

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    Publicado por Marilene Pantoja | 9 de dezembro de 2020, 14:59
  8. “Não digo o que quero sobre qualquer pessoa. Quando digo, analiso, usando principalmente os fatos.”

    Não foi o caso.

    O que disseste: a vereadora Bia gastou mais de R$ 400 mil na campanha. Cada um voto dela custou R$ 100.

    O fato: a vereadora Bia gastou pouco mais de R$ 26 mil na campanha. Cada um voto dela custou pouco mais de R$ 6,50.

    Problema: notícia não apurada. Ferrou com a análise. Era só ter entrado no site do TST. Lá terias quanto a Bia, gastou, como ela gastou, e qual a proveniência de cada centavo que ela gastou.

    Na pressa, foste pegar o dado no lugar errado, e sem se dar conta de conceitos básicos que devem estar na cabeça de quem quer que queira fazer análise de custo de campanha eleitoral. Pra fazer isso, tem que dar uma olhada nas regras legais que, por sinal, são bem velhinhas (o que mudou mais recentemente foram as regras de financiamento).

    Foi isso, Lúcio. E só isso.

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    Publicado por Elias Granhen Tavares | 9 de dezembro de 2020, 15:15
  9. Claro que ferrou com a análise!

    Ao afirmar que uma vereadora de Belém gastou R$ 100 pra cada voto que obteve, você desqualifica a vitória política: foi eleita porque gastou muito.

    Será que é tão difícil, pra você, reconhecer algo que ficou tão transparente no seu post?

    Lúcio, é o seguinte: não concordo com a reação da Bia. Acho que, no caso, a interpelação judicial é — como disse Jarbas Passarinho, sobre o malfadado Decreto 477 — uma “lei de Newton depravada”: a reação está desproporcional à ação…

    Creio até que a Bia está passando um recado, do tipo: “eu quero que você saiba que eu acho que sei o que você quer fazer com que eu faça e, pra seu governo, saiba que não vai rolar”.

    Pra bom o entendedor que você certamente é, aí está muito mais que meia palavra…

    No mais, um pouquinho só de humildade, às vezes pega bem… mesmo pra quem é Lúcio Flávio Pinto.

    Há uns posts atrás, você titulou: “Mal começo”.

    Antes de mim, o Kléber corrigiu: “MAU começo”.

    Lá veio “carteirada”: “As duas formas estão corretas. Consulte um dicionário.”

    Ora, Lúcio: nenhum dicionário da língua portuguesa admite que um advérbio qualifique um substantivo. Advérbio qualifica verbo. Fim.

    Mas você, só pra não reconhecer um erro que todo mundo que leu já sacou, diz pra pessoa ir consultar um “pai dos burros”, como se você tivesse uma informação sobre o idioma, que ninguém mais tem.

    Não dá, meu caro! Com a internet, não dá. Isso é coisa de antigamente, do tempo do jornal impresso. Hoje, esse tipo de coisa não dá jogo…

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    Publicado por Elias Granhen Tavares | 9 de dezembro de 2020, 18:32
  10. Edmilson Rodrigues pede desculpas a Eguchi por informação falsa durante debate. Entenda!

    https://www.romanews.com.br/noticias/edmilson-rodrigues-pede-desculpas-a-eguchi-por-informacao-falsa/100492/

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    Publicado por Rubem | 9 de dezembro de 2020, 20:08
  11. Como não conseguiu postar seu comentário, Ronaldo Passarinho me pediu para incluí-lo, o que faço, juntando meu agradecimento.
    Um comentário digno de registro na história do jornalismo sério, como é o praticado pelo Lúcio Flávio.
    Em seu blog, como no JP, Lúcio sempre publicou comentários contrários ao que afirmava. E, muitas vezes, corrigiu sua opinião, como no caso presente.
    Nada disto importa.
    O ódio é a força motriz de pessoas impregnadas por doutrinas falidas.
    O único lema como estrela guia é o “nós contra eles”.

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    Publicado por Lúcio Flávio Pinto | 10 de dezembro de 2020, 07:08
  12. Caro Lúcio,
    Você tem sua história.
    A esquerda brasileira tem a sua.
    Ou seja, sem surpresas.
    De sua parte, integridade correção da informação tempestiva e adequada.
    De parte da eleita…

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    Publicado por Fagner Henrique | 10 de dezembro de 2020, 08:08

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