As aparências indicam que O Liberal decidiu: apoiará Bolsonaro. É claro que o jornal deveria dar uma boa cobertura à visita de ontem que o presidente fez a três municípios paraenses, agora que descobriu o tamanho do Brasil, muito maior do que o espaço entre Brasília e o Rio de Janeiro. A abordagem festiva e ampliada consagrou um tratamento que já vinha se inclinando para o lado do ex-capital. Os Maiorana parece que embarcaram na campanha antecipada pela reeleição.
Se o O Liberal apoiar o Bolsonaro, certamente ganhará uma boa grana do DESgoverno federal em verbas de publicidade. E sabe por que? Acabei de saber que jornalistas bolsonaristas receberam cachês exorbitantes do DESgoverno em troca de falar bem dele, bem como defender a cloroquina e o inexistente “tratamento precoce”. Por exemplo:
– Sikêra Jr., aquele do “CPF cancelado”, recebendo R$ 120 mil da SECOM por causa de ste campanhas publicitárias que fez pro DESgoverno;
– Bernardo Kuster recebendo verba federal via anúncios da Petrobras;
– Luís Ernesto Lacombe recebeu R$ 20 mil.
Para os se dizem “patriotas” eu pergunto: a mamata acabou mesmo? Quando antes eram os blogs sujos patrocinados pelo governo lulopetista, agora são os blogs sujos e mamatas versão “patriótica” e “verde e amarela”. Ninguém apoia esse DESgoverno genocida de graça!
“Acabou a mamata”, “Rede Globo vai sofrer sem a Rouanet”, “Quero ver se sustentar agora”. Palavras ao vento vindas de um canalha hipócrita que destinou cachês exorbitantes a jornalistas amiguinhos dele.
Sobre o comício de ontem, o Genocida Bolsonaro exibiu camiseta promocional em evento com dinheiro publico no Pará, o que é um crime eleitoral. Pra piorar, Jair Bolsonaro repetiu um crime de responsabilidade que já havia cometido ao usar a TV Brasil (a “TV do Lula” a qual o mentecapto disse que iria extinguir, alegando traço de audiência e desperdício de dinheiro público) para transmitir um culto evangélico comemorativo pelos 110 anos da Assembleia de Deus. Não é a primeira vez que o DESpresidente faz isso. No último dia 9, o capitão bunda-suja praticou o mesmo ato ao participar de uma de uma cerimônia religiosa que durou mais de uma hora.
Diferente de outros eventos, Bolsonaro estava calmo e falou baixo. Defendeu seu DESgoverno, dizendo que não foi registrado nenhum caso de corrupção. E as candidaturas laranja? E o Queiroz? E o caso do Ricardo Salles?
Bolsonaro também voltou a dizer que sempre defendeu o equilíbrio entre saúde e economia na pandemia. Vangloriou-se por “não ter fechado nenhum comércio” e defendido isolamento social apenas para grupos prioritários. Parece que o DESpresidente se esqueceu das aglomerações que causou durante seus comícios políticos antecipados ou da demora na compra de vacina. Assim, o Brasil caminha para ter meio milhão de mortos.
E mais: a antiga “TV do Lula” resolveu criar um telejornal com boas notícias! O programa chamará “bom de ver” e visa combater notícias ruins sobre o DESgoverno. Típico da ditadura socialista-bolivariana-chavista da Venezuela. Mas se eu disser que não foi a Venezuela de Maduro, mas Bolsonaro, um cara da extrema-direita, que fez isso? Eis o que o Brasil virou.
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Esse questão do O Liberal mostra uma coisa: há algum tempo o que há de bom e relevante aparece em sua maioria nos veículos de comunicação estrangeiros ou na chamada mídia alternativa, como este blog no qual estou comentando.
Por que é difícil ver notícias, reportagens ou matérias de excelência publicadas na mídia estrangeira ou alternativa nos grandes veículos de comunicação brasileiros? Os jornalistas empregados nas TVs, nas rádios, nos jornais e revistas tradicionais não tem capacidade intelectual para fazer boas matérias ou se conformam, adestrados, à ideologia de seus patrões e ao padrão jornalístico que eles impõem aos seus subordinados? Ou será que eles têm medo que o governo de plantão corte a gorda verba de publicidade estatal (uma tipo de censura velada) que tais TVs, rádios, jornais e revistas tradicionais recebem?
Podem os brasileiros sobreviver à mediocridade do jornalismo praticado na grande mídia brasileira?
A responsabilidade, obviamente, não é dos empregados nos veículos tradicionais. Mas não há motivos para otimismo quando se analisa o jornalismo brasileiro nas grandes corporações.
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