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Internacional

Fogo contra o incendiário Trump

O protesto de um homem, ontem, que se incendiou em frente a um tribunal de Nova York, como protesto contra o ex-presidente Donald Trump, que ali está sendo julgado por diversos crimes, me fez lembrar de ato semelhante praticado em junho de 1963 pelo monge budista vietnamita Thich Quand Du. Ateando fogo ao seu corpo, ele ficou imóvel até morrer, num trecho movimentado no centro de Saigon, a capital do Vietnam do Sul, protestando contra o governo corrupto do país.

O mundo ficou chocado. O presidente John Kennedy também. Diante do fato, ele decidiu começar a retirada da tropa americana, que ele mesmo havia mandado para o Vietnam. Não teve tempo. Três meses depois, foi morto a balas, que atingiram a sua cabeça, em uma rua movimentada de Dallas, no Texas, onde iniciava a sua campanha pela reeleição.

O homem que protestou em Nova York sobreviveu, apesar das graves queimaduras. Espera-se que os julgadores de Trump se sensibilizem pelo autossacrifício do cidadão. Do contrário, Trump incendiará – não a si, mas ao mundo.

Discussão

Um comentário sobre “Fogo contra o incendiário Trump

  1. Pra que Trump não incendeie o mundo, é preciso que os americanos, mesmo com todos os defeitos, reelejam Biden ou elejam quem ele indicar. Agora, vamos supor que Biden esteja em dúvidas quanto a sua candidatura a reeleição, afinal, estando com uma popularidade decrescente, há a possibilidade de que ele possa desistir, já que uma parte do partido dele o vê como um líder fraco. Ou seja, parece que todo esse ambiente deixam Biden e seu partido assolados por dúvidas cruéis, e nisso ele ganha tempo pra pensar. Vamos supor também que Biden aceite o desafio e consiga registrar sua candidatura no mês de agosto, e assim consiga, como candidato a reeleição, participar das propagandas eleitorais, e assim consiga divulgar ideias que cheguem ao povo através da televisão (no horário nobre) e da internet. Vamos supor que, por algum tempo, Biden consiga resistir aos ataques ferozes de Trump, dos Republicanos, da extrema-direita, de setores de seu próprio partido, de parte da esquerda americana, do Putin, e diante de tantos tiros por parte deles, um desses tiros acaba acertando Biden, e assim, até o dia da eleição em novembro, ele pode desistir de ser candidato, sair e ser substituído pela sua vice Harris ou outro que ele queira indicar. Ele pode fazer isso, se levar um tiro mortal. É possível que isso aconteça, e sendo assim, não creio que vá acontecer.

    Em outras palavras, essa eleição que vem aí nos EUA considero o Dia D pra democracia. E mais: o risco desse país mergulhar numa segunda guerra civil (que pode não ser igual a primeira, entre nortistas e sulistas confederados pró-escravidão), com o Trump de volta a cena do crime, é grande.

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    Publicado por igor | 20 de abril de 2024, 13:55

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