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Cultura, Memória

Memória – Paraenses, os primeiros a encenar Morte e Vida Severina

Emocionado, o pai do poeta João Cabral de Melo Neto foi aos bastidores do Teatro Derbi, em Recife, naquele dia, 24 de julho de 1958, abraçar Benedito Nunes e sua mulher, Maria Sílvia Nunes. Eles acabavam de conduzir o Norte Teatro Escola na primeira apresentação teatralizada do famoso auto Morte e Vida Severina, do poeta pernambucano.

O grupo paraense chegara no anonimato para participar do Festival Nacional de Teatro dos Estudantes, mas conseguiu lotar o teatro e ser ovacionado pela plateia, emocionada pela forma simples e direta da encenação da poesia. Ela foi tão fiel ao original que levou o pai de João Cabral a agradecer, emocionado.

Terminado o espetáculo, Pascoal Carlos Magno, que realizava o festival, ofereceu uma bolsa de um ano no Rio de Janeiro a Carlos Miranda e outra a Wilson Penna, prevendo que Carlos seria uma revelação como fora Sérgio Cardoso, 10 anos antes. Um momento de rara glória para o teatro do Pará.

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