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Política

Administrações inchadas

Junto com o prefeito e o vice-prefeito, 23 secretários ou equivalentes assumirão os seus cargos amanhã, em Parauapebas, o município que mais exporta no Brasil e o detentor do segundo PIB do Pará. É cargo demais para um primeiro escalão, que equivale ao da capital, Belém, que tem quase cinco  vezes mais habitantes. Tem sido a marca das administrações municipais interioranas, inchadas administrativamente e pagando salários incompatíveis com a receita pública.

Em municípios de intensa imigração, como Parauapebas, que mais do que duplicou a sua população no período intercensitário 2000/2010, a origem dos secretários reflete esse panorama humano. O maior contingente é de maranhenses, que somam oito, superando os sete paraenses. Ha três mineiros e dois goianos. E um paulista, um gaúcho, um catarinense e um carioca. Onde estão na faixa dos 40 anos de idade.

Discussão

7 comentários sobre “Administrações inchadas

  1. Pebas era a área se meretrício dos trabalhadores das minas de Carajás que depois se transformou um uma bela cidade. Infelizmente, pelo jeito, há alguns comportamentos daquela época violenta de fronteira que ainda não foram totalmente eliminados da gestão pública. Quem sabe um dia…

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    Publicado por José Silva | 31 de dezembro de 2016, 18:21
  2. Quando comecei minha vida profissional, a maioria das prefeituras tinha apenas um secretário, que era efetivo e fazia a máquina andar. O restante das atividades cabia ao Prefeito, que devia estar apto para obrar, no bom sentido, mas que muitos faziam no mal.

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    Publicado por José Americo Boução Viana | 31 de dezembro de 2016, 18:48
    • É a famosa regra do n+1. Se alguém não quer trabalhar, contrata-se pelo menos um assessor. O prefeito não quer trabalhar, assim aumenta número de secretários e transfere o trabalho. Os secretários não querem trabalhar, dai contrata mais assessores e transfere o trabalho. Os assessores não querem trabalhar, dai contratam sub-assessores e transferem o trabalho. Com tanta gente contratada sem saber o que fazer, o resultado não poderia ser muito bom, quem tem que fazer o trabalho é a própria população, que também tem que pagar por essa máquina inflada. Viva nós!

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      Publicado por José Silva | 1 de janeiro de 2017, 10:20
  3. Em alguns casos os cargos funcionam apenas como biombos para furto do dinheiro público.

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    Publicado por Luiz Mário | 1 de janeiro de 2017, 08:21
    • Quanta bondade ou eufemismo nesse “alguns”, não? Quisera tivéssemos respectivos currículos que justificassem esses 23 cargos tão importantes e bem remunerados…
      Secretário Social, um pastor da Universal. Na saúde, um cirurgião urologista até onde foi divulgado sem formação nem experiência de gestão, para Ouvidoria, um corretor de imóveis. É isso.

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      Publicado por Marlyson | 3 de janeiro de 2017, 08:23
  4. Os “alguns” são para diferenciar dos com certeza.

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    Publicado por Luiz Mário | 4 de janeiro de 2017, 09:21

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