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Justiça, Polícia

A vez da justiça?

A Operação Lava-Jato e as operações dela derivadas contra a corrupção podem estar começando a bater na porta do poder judiciário. A expectativa (e a surpresa) era de que isso já tivesse acontecido. Os poderes executivo e legislativo estão sendo profundamente devassados. A justiça estaria incólume, livre do vírus da corrupção no serviço público?

Por enquanto, os primeiros sinais são revelados internamente. No confronto nas cortes superiores, sobretudo na mais excelsa delas, o Supremo Tribunal Federal, a opinião pública sabe agora que filhos e filhas dos magistrados (e também de procuradores) atuam na linha fronteiriça entre o permitido e tolerado e o vedado, em escritórios particulares de advocacia.Devem ter qualidades, mas fica implícito, ao menos como suspeita, o tráfico de influência.

O principal incidente envolveu o ministro Gilmar Mendes e o procurador-geral da república. Rodrigo Janot pediu o afastamento de Mendes dos processos tendo o ex-bilionário Eike Batista como parte porque a mulher do ministro do STF atua no escritório de Sérgio Bermudes, defensor de Eike.

Mendes mandou publicar, em represália, que a filha de Janot advoga para a principal empreiteira da Lava-Jato, a Odebrecht. e ainda para a OAS, do amigo de Lula, Léo Pinheiro. E o chefe do Ministério Público Federal não se deu por impedido de atuar nos processos envolvendo as duas empresas.

A sociedade será bem servida se os figurões continuarem nessa lavagem de roupa. Sujeira, ao que parece, não falta. A dose, por enquanto, ainda é pequena.

Discussão

3 comentários sobre “A vez da justiça?

  1. Claramente o judiciário precisa de uma limpeza também. É impressionante como essas famílias todas segue uma mesma prefissão. Ou porque o negócio é muito bom (que deve ser mesmo) ou porque falta criatividade na famlia. Sou do ponto de vista que os filhos deveriam sempre seguir carreiras bem diferentes dos pais.

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    Publicado por Jose Silva | 12 de maio de 2017, 17:23

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