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Polícia, Segurança pública, Violência

O fruto da impunidade

As vítimas de assaltos já sabem: não podem reagir, têm que carregar consigo algum objeto de valor, além de dinheiro, para entregar ao agressor; devem cumprir automaticamente as ordens dadas, precisam se comportar da forma mais submissa possível – e, agora, a novidade na escalada de agressões dos bandidos aos cidadãos: não pode reconhecer o assaltante ou os assaltantes.

Parece que o borracheiro Adalto Oliveira dos Santos, de 40 anos, reconheceu o assaltante que invadiu a sua casa, na ilha de Cotijuba, no domingo, 5, e levou seu aparelho celular. Dois dias depois, Adalto foi executado, com dois tiros, em Icoaraci, por dois homens encapuzados, um dos quais pode bter sido o assaltante reconhecido. Significa que os bandidos atacam qualquer um, inclusive conhecidos, amigos e até parentes. Reconhecidos, decretam a pena de morte à vítima.

Contra essa selvageria só há um remédio eficaz: o empenho e o rigor máximo da polícia para impedir a impunidade de quem comete crime.

Discussão

3 comentários sobre “O fruto da impunidade

  1. Lúcio, por muitos anos, antes do advento das cameras de segurança, ou destas se tornarem tão abundantes, os casos de homicídio eram contados por testemunhas, repórteres, advogados e promotores; o que nunca correspondia a realidade absoluta dos fatos. A morte do professor em Marabá, gravada por uma daquelas, mostra a execução de um ser humano com a simplicidade e praticidade de quem converte o ressarcimento de pequenos danos em seu veículo (aparentemente causados pela vítima), numa outra forma de pagamento: com a vida do devedor. Os disparos foram feitos pelo algoz de forma calma, após uma conversa tranquila com a sua companheira, a qual deu a chave do carro para que o esperasse, embora esta tenha ido e voltado para ver o professor já morto. Matar é errado? Matar é crime? Parece que não. Ai recordo a morte daquele motorista de ônibus em Belém que desceu para conversar com o motoqueiro e lá ficou… morto. Será que está preso ou algum juiz já soltou?

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    Publicado por J.Jorge | 8 de agosto de 2018, 19:14
    • O tamanho do problema é imenso. Não há como subestimá-lo. Exige ação enérgica da polícia, principalmente contra homicidas. Enérgica, dentro da lei, sem confundir com violenta. Quem mata não merece consideração alguma. Tem que experimentar o máximo de punição que a lei prevê. E a polícia tem que ser inteligente, adestrada, sempre reciclada, com as melhores condições de trabalho possíveis. É prioridade máxima.

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      Publicado por Lúcio Flávio Pinto | 8 de agosto de 2018, 19:23
  2. “Policial que matou homem durante discussão de trânsito é preso no Maranhão”
    Salve-se quem puder!!

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    Publicado por Volva | 10 de agosto de 2018, 01:20

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