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Política

Bolsonaro e (é) Dilma

No melancólico epílogo do governo de Dilma Rousseff, apreciei muito o comportamento de Joaquim Levy no ministério da Fazenda. Foi boicotado e caluniado pelos petistas, como inimigo, mas não se perturbou. Parece não ter se perturbado também pelas grosseiras ameaças que Bolsonaro lhe fez, de demiti-lo na segunda-feira, com desonra, no grito, se ele não mandar embora o diretor de mercado do BNDES, que Levy preside.

Os bolsonaristas alegam que Pinto é petista, por isso inconfiável. A advertência foi feita várias vezes, mas foi inútil. Se for exonerado na segunda, Levy crescerá no meu conceito. Talvez consiga provar que uma pessoa pode ser técnica em governos que, apesar de distintos e opostos, como os de Dilma e Bolsonaro, são semelhante num ponto: na sua inacreditável incompetência. Por isso, são incompatíveis com quem, bem ou mal, pensa pela própria cabeça.

Discussão

2 comentários sobre “Bolsonaro e (é) Dilma

  1. quem tem essa esquerda, não precisa de inimigo de classe!

    ou os de baixo conhecem e reconheçam isso, pra reagirem, ou continuaremos escravos que amam seus chicotes

    o dramaturgo e poeta nazareno tourinho me repassou, de um outro poeta, esta pérola: quem não sabe raciocinar, é um tolo, quem não quer raciocinar, é um fanático e quem não ousa raciocinar, é escravo

    disto tiro minha própria conclusão, que o pior escravo é quem não quer aprender, inclusive a desaprender

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    Publicado por felipe puxirum | 15 de junho de 2019, 19:05
  2. Joaquim Levy fez, mesmo, um grande trabalho. Mergulhou o país numa recessão braba, e acabou de ferrar com a Dilma que, só por tê-lo nomeado, não merecia outra coisa.

    Agora, se Joaquim Levy esperasse a demissão pelas mãos do Bolsonaro, já seria bsixeza demais, mesmo pros padrões dele.

    E ele não esperou. Pediu demissão. E não pediu ao Bolsonaro, mas ao Guedes, a quem ele é diretamente subordinado.

    Mas o fez em termos inadequados. Quem sai nas condições em que ele está saindo, não deve “pedir” demissão. Simplesmente entrega o cargo, em caráter irrevogável. Presidente do BNDES é um cargo diferente de ascensorista de elevador. Joaquim Levy parece não ter percebido.

    Ele disse que pediu demissão ao Guedes. E completou: “Espero que ele aceda”.

    Ora, Levy… passa mais tarde!

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    Publicado por Elias Granhen Tavares | 16 de junho de 2019, 10:46

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