A renovação que a grande imprensa local vê em cada nova eleição é, quase sempre, apenas de nomes, como na de ontem. E nomes de famílias: Barbalho, Ferrari, Sabino, Vale, Barra. Um primeiro integrante se elege, descobre o caminho, afasta as pedras e pavimenta com dinheiro a trilha para os seguidores. Descobre-se que, além de instrumento de poder, a carreira política é também um excelente emprego.
Construindo reputações com argumentos sonantes, esses políticos gastam na eleição como um investimento para a formação de dinastias, mesmo que destituídas de raízes mais profundas na sociedade da qual extraem os votos como em uma transação comercial, prosaica operação de compra e venda, sem programa nem ideologia.
O problema é que a competição entre pessoas espertas e sagazes cresce e se torna pesada, exigindo cada vez mais recursos para fazer amigos e influenciar eleitores. Surgem como do nada, subitamente, lideranças. E outras desaparecem nesse lusco-fusco, nessa gangorra viciada.
A política se torna propriedade privada, um clube exclusivo, pouco tendo a ver com as demandas sociais. Num Estado com as características do Pará, que atrai grandes investimentos externos para a extração dos seus fabulosos recursos naturais, é garantia de que seu povo ficará entre deus (ex-machina, do capital) e o diabo (do viciado jogo político). O que muda? Nada.
Esqueceu de citar os Faro do Senador eleito com uma maõzona do Hélder.
Tá formando uma dinastia também.
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É verdade. E ainda elegeu a esposa, Dilvanda, deputada federal.
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