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Governo

Os “não-convidados” do crédito consignado

O governo vai discutir mais uma novela que criou ou assiste, do baixa-não baixa sobre a redução do teto da taxa de juros do crédito consignado do INSS (a partir da diminuição de 2,24% para 1,70% ao mês, fixada pelo ministro da área, Carlos Lupi, e “desfixada” pelo Planalto). Serão chamados para reunião “representantes do sistema financeiro, dos bancos [ou seja, os banqueiros terão dupla representação] e do próprio governo.

As vítimas do crédito consignado, principalmente aposentados, ficarão no sereno, sob sol ou debaixo de chuva. Como sempre.

Discussão

7 comentários sobre “Os “não-convidados” do crédito consignado

  1. “Os livros de economia estão superados”, diz Lula, que nunca os leu

    Lula da Silva, ainda que seja alguém esperto e ousado politicamente, é intelectual e confessadamente apedeuta. E se orgulha dessa condição. Em tempo: apedeuta, segundo o pai dos burros, é “quem ou aquele que é ignorante, sem instrução”. Duvidam? Pois em diversas entrevistas ao longo de sua jornada política, o chefão petista confessou que não lê nem gosta de ler. Nisso, só dá pra se lembrar de Dilma Rousseff, nossa eterna estoquista de vento e saudadora da mandioca, que dizia estar lendo um livro, mas não se lembrava qual. Nada mais Dilma, hehe.

    Em sua pregação pública diária contra os economistas, o presidente resolveu criticar os livros de economia, decretando sumariamente sua desnecessidade: “os livros de economia estão superados, é preciso criar uma nova mentalidade de a gente governar”. Oi? Isso não lembra o Bolsonaro, que disse que “os livros tinham muita coisa escrita”? Pois bem. Sem medo de errar, eu afirmo: o Sapo barbudo jamais leu um livro de economia em toda a sua vida (no caso do Bozo é ainda pior, pois este nunca leu nenhum livro de nenhum assunto na sua medíocre vida). E se leu, não entendeu. E se entendeu, já esqueceu. Lula, que parabeniza a inflação de 100% ao ano na Argentina, imagina-se sábio na matéria.

    Podem dizer que tenho má vontade com a “alma mais honesta deff paíff”. Mas pergunto: não é para ter? Não há um dia que este senhor não fale, ou faça, alguma bobagem. E não, eu não posso admitir que seu antecessor é ou era melhor, tampouco sentirei saudade do Coiso. O seja, dá enxergar o óbvio sem se amasiar com o devoto da cloroquina, outro que é incapaz de passar 24 horas inócuo a comportamentos estúpidos. Parece estranho, né? Pelo menos posso dizer que, ao contrário do pai do Ronaldinho dos negócios, do ex-verdugo do planalto e da Dilma, leio algo de vez em quando.

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    Publicado por igor | 21 de março de 2023, 12:39
  2. Um exemplo do que Lula gostaria de fazer com a taxa SELIC, Baixar de uma canetada. Inda bem que o BC, é independente. Mas, os petistas acreditam : “…os ltvros de economia, estão defasados”, como disse o “guru” que já se gabou de não ser um leitor contumaz

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    Publicado por Jose Otavio Figueiredo | 21 de março de 2023, 15:52
    • Não se conhece um único livro que o Lula tenha lido. Seu companheiro de sindicato e de partido, o modesto e respeitado Vicentinho, leu bastante para se formar em direito pela Universidade Bandeirante, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, em 2003. Foi nesse mesmo ano que conquistou o primeiro dos sucessivos mandatos de deputado federal.

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      Publicado por Lúcio Flávio Pinto | 21 de março de 2023, 16:39
  3. Lúcio, o Lula é um leitor compulsivo. Quem teve um mínimo de convivência pessoal com ele, sabe disso.

    O pessoal da PF no Paraná disse, numa matéria sobre ele, que Lula lia, em média, um livro por semana.

    Antes, o esquema de leitura dele era completamente anárquico. Ele simplesmente se interessava por um livro, comprava e lia. O pessoal da Fundação Perseu Abramo é que, por um tempo, organizou e direcionou a leitura dele. Era um treco bem rigoroso.

    Como é que você pensa que — sem educação formal e sem muita leitura, mas muita mesmo! — seria possível ao Lula sustentar, como de fato sustentou, em condições de igualdade, debates públicos com pessoas com nível de escolaridade infinitamente superior, como Serra e Alckmim, e exaustivamente treinadas por pessoas altamente qualificadas (e muito bem pagas), pra massacrá-lo?

    Como cristão, vc deve acreditar em milagre. Pela mesma razão, não acredita em mágica. No caso, não houve uma coisa nem outra.

    E, no caso da taxa básica de juros, uma multidão de economistas — entre eles, um americano, Nobel de economia — acha que Lula tem razão. Será que essas pessoas são, também, “apedeutas”?

    E os economistas “neolibs”, que por mais de 10 anos deram as cartas na economia brasileira (começou com Joaquim Levy, no governo Dilma), com resultados medíocres, são o quê?

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    Publicado por Elias Granhen | 22 de março de 2023, 15:20
    • Não critiquei o Lula pela opinião que tem. Mas por ter dito que não é preciso ler livros para buscar fundamentação para o que se pensa de economia. A frase me lembra um senhor de Santarém, orgulhoso do filho, com carreira pública. “O Edilson sabe palavra que não tem nem no dicionário”, declarava ele. Como o Lula.

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      Publicado por Lúcio Flávio Pinto | 22 de março de 2023, 19:20
  4. Só acho que é muito pesado — e pouco jornalístico! — dizer que não se conhece um livro que o Lula tenha lido. Quem não conhece, é porque nunca procurou saber. O cara lê pra caramba! Ou lia (duvido que, agora, ele tenha tempo pra isso).

    E Lula está correto quanto aos juros do consignado.

    Os bancos estão cobrando uma taxa altíssima, para empréstimos que, a bem da verdade, praticamente não geram custos: não dão inadimplência, não atrasam, não necessitam de cobranças judiciais ou extrajudiciais. O único risco é a morte do aposentado, que não afeta tanto a carteira e é bancado pelo seguro (que, por seu turno, é bancado pelo resseguro).

    Custo e risco menor, taxa de juro menor. É tão difícil entender isso?

    E ainda tem quem, não sendo rico, ainda bate palminha pros bancos e — quem sabe? — até chama o Lula de analfa, apedeuta… Ora, nenéns: quem é mesmo que tá pagando de otário, nesse lance?

    O que está acontecendo agora, foi anunciado em cifra pelo Lula, há alguns meses, quando ele disse que quer o Banco do Brasil no consignado. O jogo é esse: (i) juro menor no consignado; (ii) se os bancos privados saírem, o BB entra; (ii) ao ver o que podem perder, os bancos privados voltam (alguns nem vão sair…).

    Qualquer coisa acima de 2% no consignado, é extorsão!

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    Publicado por Elias Granhen | 22 de março de 2023, 22:34

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