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Cidades

A “atualização” do prédio da justiça federal

A justiça federal do Pará vai gastar 5 milhões de reais na obra de “atualização” da fachada da sua sede, na rua Domingos Marreiros. Não sei se a expressão é apenas uma variação sinonímia de restauração, conservação, recuperação, etc. Hoje foi a primeira vez que prestei atenção à placa do serviço, já em andamento.

Se a declaração de que se trata de uma atualização (só de engenharia ou de arquitetura também?), é uma inovação preocupante, por descaracterizar a construção original para atualizá-la (ao novo estilo arquitetônico? à moda? ao gosto de quem manda?). Nesse caso, seria o fim da história arquitetônica e de engenharia do prédio. Ou não?

Quando o arquiteto Paulo Chaves, o mais notável (e longevo) de todos os secretários de cultura do Estado), mandou derrubar o muro em frente ao ao Forte do Castelo, para restaurar a paisagem original (em relação à presença do colonizador europeu), protegendo o local do surgimento de Belém, protestei. Paulo dizia que o muro descaracterizava o cenário do século XVI. É verdade. Mas o alto e bonito muro de pedra já possuía mais de dois séculos de existência. Logo, era também histórico.

Citei como exemplo de como entender e bem proceder a igreja de São Zenão, em Verona, na Itália que incorporou vários estilos, a partir do românico, sem perder a beleza, todos eles respeitados.

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