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Cidades, Saúde

O mau cheiro do lixão

O grupo Revita alega que foi surpreendido pelas chuvas recordes que assolaram a região metropolitana de Belém nos primeiros três meses deste ano, provocando a emissão de odor forte pela deterioração acelerada do aterro sanitário de Marituba, por ela administrado.

De fato, em três meses e 5 dias, choveu em Belém 68% da média anual de chuva. Caíram 1985 milímetros de 1º de janeiro a 5 de abril. A média anual é de aproximadamente 2922 milímetros. Mesmo que a precipitação ficasse na média, o efeito seria menor, mas não seria diferente: um forte mau cheiro. Parece que a empresa não se preparou para chuva alguma. Queria economizar o máximo possível.

Com a reação da população de Marituba, teve que rever seu plano de tratamento do lixo. Diz que já gastou 10 milhões de reais desde que, no mês passado, o governo ajuizou com uma ação civil pública contra  a Revita e suas derivadas e associadas.

Três interventores foram indicados para atuar na cogestão do lixão. Quinze dias depois. eles conseguiram identificar “avanços, principalmente na cobertura dos resíduos. A própria diminuição da intensidade do odor já pode ser percebida”, segundo relatório que encaminharam à Procuradoria Geral do Estado, que coordena sua atuação. e à justiça.

A comissão verifica se os 25 exigências feitas pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade estão sendo cumpridas. Garantem que as prioritárias, como a cobertura das lagoas de chorume, líquido formado pela decomposição do lixo, estão sendo atendidas. Das duas lagoas de chorume ainda descobertas. O chorume, o principal causador dos problemas dos moradores de Marituba, estaria diminuindo.

São boas notícias, surpreendentemente rápidas e eficientes, em contraste com a arrastada ineficiência (e mesmo má vontade) anterior. Boas e verdadeiras? A população de Marituba, em especial, mas todos os interessados no grave problema o lixo da grande Belém devem acompanhar com rigor o trabalho dos agentes externos.

Discussão

5 comentários sobre “O mau cheiro do lixão

  1. Há algum acompanhamento por instituições independentes? As universidades estão medindo alguma coisa? Se pode confiar em tais relatórios?

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    Publicado por Jose Silva | 15 de maio de 2017, 18:57
  2. kkkkk.” monitorar a UFPA” .Candidatos (as) ,quem habilita-se …

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    Publicado por Marly Silva | 15 de maio de 2017, 23:20
  3. A UFPA e mais precisamente a Faculdade de Engenharia Sanitária e Ambiental , através do seu programa de pós-graduação devia , sim, abrir um Fórum de debates com amplo chamado à comunidade atingida pelo lixão de Marituba & outros lixões públicos de rua , como o escandaloso caso da Avenida Visconde de Inhaúma , para fazer um amplo e profundo apanhado da situação municipal/metropolitana , à luz do que diz a Politica Nacional de Resíduos Sólidos e das tecnologias mais apropriadas ao caso dos nossos solos , clima, chuvas etc.

    Aberta a audiência pública, todos os segmentos da própria instituição e da sociedade , poderiam tomar conhecimento objetivo da situação, dar as suas contribuições de pesquisas no debate e isso já seria um grande avanço na tomada de uma consciência critica do problema , e no encaminhamento de eixos e princípios de ação pública-governamental .
    Mas quem disse ….?

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    Publicado por Marly Silva | 16 de maio de 2017, 22:10

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